terça-feira, 23 de outubro de 2007

Uma coisa é uma coisa...

Eis que a mesa diretora do senado livrou a cara do Azeredo.
Sobre o argumento de que o crime que ele cometeu foi na legislatura anterior... Tem cabimento tamanha hipocrisia?

Engraçado, quando José Dirceu afirmou que os crimes que ele supostamente haveria cometido não eram quando estava como deputado, e sim, como ministro, então, não cabia denúncia ao parlamento, ele foi enxovalhado pelo argumento. O que eu concordo, o argumento é muito hipócrita.

Mas agora é o Azeredo, não é?
É o PSDB, não é?

Está lá, tudo igual.... caixa-dois, Marcos Valério (Daniel Dantas?)... tudo igual.... a única diferença é que antes era o PT.

Os Grandes

O Magnífico judiciário brasileiro, na construção de três prédios, gastará a fabulosa soma de 1,2 bilhão de reais. Isto, mesmo. Em três prédios, mais de 1 bilhão de reais.
Um dos palácios será a sede do TSE, que custará 336, 7 milhões de reais. Este local servirá, basicamente, para que o senhor Marco Aurélio de Mello, O Grande, reine e dê suas entrevistas intermináveis e lamentáveis.

O Grande defendeu a construção dos rocambolescos palácios para os grandes de nossa pátria. Ele afirmou ao globo que a obra do TSE é necessária para “realizar a solenidade de posse do presidente eleito”.
Mais de 300 milhões de reais para dar posse ao presidente.
Uma vez a cada quatro anos.
O Grande Çábio não poderia imaginar em utilizar um dos inesgotáveis salões do congresso, ou do próprio STF para dar posse? Não poderia ter esta idéia brilhante?
Ele não poderia contratar um salão de eventos? Bem, digamos que alugassem o melhor salão do Brasil. E este salão, será alugado por um valor altíssimo, 1 milhão de reais. Ainda assim, teriam de alugar o salão 336 vezes. Supondo que o dinheiro não renderia, eles dariam posse a 336 presidentes, ou seja, demorariam mais de 1300 anos para gastar esta soma. 1300 anos!
Será que o senhor Marco Aurélio de Mello, O Grande, sabe contar?

“O Grande” não tem senso do ridículo?

Quem “os grandes” pensam que são, poderíamos perguntar?

São os nossos reis, os nossos califas, os nossos emirs, os nossos rajás, os nossos czares, os nossos faraós, os nossos xeques, os nossos margraves, os nossos grão-duques, os nossos senhores feudais, os nossos sultões, os nossos veneráveis, os nossos Yang di-Pertuan Agongs, os nossos nababos, os nossos marajás, os nossos infantes, os nossos mestre-conselheiros, os nossos aiatolás, os nossos tzares, os nossos voivodias, os nossos paxás, os nossos caisers, os nossos suseranos, os nossos césares, os nossos califas, os nossos xás, os nossos grão-mestres, os nossos samorins, os nossos daimyos, os nossos imperadores...
São os membros do judiciário brasileiro!

Dada sua arrogância inesgotável, eles precisam deste tipo de construção para que se sintam entronizados.

Tenho uma pergunta a fazer. Dada a exorbitância das obras, já não seria o caso, Marco Aurélio Mello, Ó grande magnificência, de que caso sua esposa venha a falecer, ser construído um Taj Mahal para ela?

Acho que “O Grande” não poderá me responder. Ele deve estar ocupado.
É lógico que não estará ocupado trabalhando. Deve estar ocupado dando a enésima entrevista para a mídia golpista.

domingo, 21 de outubro de 2007

Os Eleitos

Marco Aurélio de Mello, O Grande, anda legislando a torto e a direito. Não bastasse opinar sobre tudo, da bomba atômica à escalação do flamengo, ele ainda acha que tem de utilizar sua enorme capacidade intelectual para legislar.

Qualquer dia Marco Aurélio ainda diz que a convocação de algum jogador é inconstitucional.

Pois bem, eu tenho perguntas a fazer sobre este “Grande”.

Quantos votos Marco Aurélio de Mello teve para poder legislar? Quem o elegeu?

Bem, eu não queria responder, mas respondo. Ele teve um voto.
Do seu primo, Fernando Collor, O Breve, que talvez na pior, na mais trágica e desastrada de suas decisões enquanto presidente (¡e olha que foram muitas!), escolheu este senhor para ser ministro do Supremo Tribunal Federal.

Uma lástima.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Aos amigos, tudo...

Nosso querido Aécio Neves, que, ao que tudo indica, é o candidato de Lula para 2010 (desde que ele se mude para o PMDB, claro), acaba de promover mais um de seus geniais atos governamentais.

O PSDB enviou à assembléia legislativa um projeto de lei que efetiva 98 mil trabalhadores (!) sem concurso público. O projeto foi aprovado pela base de apoio do seu governo (ampla, geral e irrestrita, em todas as esferas possíveis).

Engraçadas são as coisas. Quando o presidente Lula contrata servidores por meio de concursos (conforme determina a lei), este próprio Aécio sai criticando-o, afirmando que não é assim que se faz “choque de gestão”, e outros impropérios mais, conforme foi escrito aqui neste mesmo espaço certo tempo atrás.

E agora, seu Aécio? É esta a falta do presidente? O concurso, em si?

Bem, mais uma informação para o tão propalado “choque de gestão”. Deve-se contratar, sim, profissionais para os quadros do serviço público. Só que para Aécio, esta contratação deve ser realizada sem concurso (¿eles sabem da existência da constituição de 88?).
Nem a farra do boi-bumbá possui tal bagunça entranhada em seu cerne como os desgovernos do PSDB.

Ah se fosse o presidente Lula que estivesse fazendo algo assim... ah se fosse... diriam que estavam efetivando somente petistas, etc, etc, etc.

E, com certeza, Antonio Fernando de Souza já teria ingressado com um processo contra o PT e o presidente. E Marco Aurélio Mello, O Grande, já teria julgado-o, mesmo antes de tocar nos autos.

Mas é o PSDB, né, gente?
É o Aécio, né, gente?
Queriam o que?
Que eles tivessem que cumprir leis?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Mico é pouco

Apesar de todo apoio que a mídia reacionária o dá, e apesar de toda divulgação que seu nome tem (dado ter sido presidente por oito longos anos), FHC, em recente pesquisa, aparece com 4,7% das intenções de voto para presidente em 2010.

Mico é pouco.

Verba, gestão e dúvida

O governo federal, através de José Gomes Temporão, belo ministro da saúde (o melhor do governo Lula, e o melhor que já esteve no governo federal desde Adib Jatene), aumentou em cerca de 30% o repasse per capita de verba para a saúde dos habitantes do Espírito Santo.
Ótima medida. Mas, para surtir efeito, o dinheiro que é investido na saúde tanto aqui, quanto no resto do país, deve ser mais bem administrado.
Normalmente, a área da saúde é chefiada por médicos, que, atuam corporativamente, em vez de socialmente.
O resultado é a calamidade que acompanhamos.

No Espírito Santo não é diferente. Com o senhor Anselmo Tose (que é médico) como secretário da saúde. Ele, profissionalmente, é um desastre como gestor. Numa administração anterior, quando foi substituído como secretário da saúde da prefeitura de Vitória por Luciano Rezende, este último vituperou a administração do seu predecessor com fartas críticas. Exprobrar antecessores é fato usual na política, é claro. O problema era que a crítica vinha de uma substituição feita no meio da administração (e não de um governo de oposição que acabou de se eleger) e, pior, o substituto era do mesmo partido do substituído! Isto não poupou de dizer as verdades sobre a gestão desastrada do colega de partido.

Como Anselmo Tose se mantém no cargo é uma pergunta de dificílima resposta.
Duvido até que o próprio governador a tenha.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Quem? Eu?

Membros do Denarc (Delegacia de Combate ao tráfico de drogas) teriam recebido 200 mil reais para soltarem o traficante Juan Carlos Abadia.
Serra não comentou o assunto.
Nenhum problema de São Paulo tem a ver com Serra.
E ninguém da imprensa o perturbará com estas efemérides.
E se algum incauto perguntar algo que o desagrade, ele ligará para o dono do jornal pedindo a demissão do jornalista.
E será atendido.
Costa e Silva não faria melhor.

Tentáculos do neoliberalismo

Paulo Renato Souza, o desastroso ex-ministro da educação de FHC foi escrever um “artigo”, que tem o nome de “Tentáculos da reestatização”.
No texto, o grande intelectual, critica a intenção do governo federal de passar o Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) para o controle do Banco do Brasil.

Mas há um detalhe. O texto foi enviado ao jornal por e-mail, antes da hora.

Por engano, o corpo da mensagem trouxe uma correspondência eletrônica anterior, na qual o parlamentar escrevera ao presidente do Bradesco, Márcio Cypriano: “Em anexo, vai o artigo revisto. Procurei colocá-lo dentro dos limites do espaço da Folha. Por favor, veja se está correto e se você concorda, ou tem alguma observação. Muito obrigado, Paulo Renato Souza”.

Ou seja, pediu autorização ao presidente de um banco para ver se o texto estava correto e se ele concordava.

Isto é que é ser submisso. Isto é que é ser neoliberal. O resto é resto.

Eu diria que este “pedido de aprovação” é uma vergonha. Mas de que adiantaria? Os tucanos não têm vergonha.

sábado, 6 de outubro de 2007

Choque de Gestão

Eu sempre procurei saber o que era este tal “choque de gestão” tucano. Será que eu o encontrarei perdido em alguma esquina, qualquer dia?

Enquanto não o encontro, faço minhas suposições.
Seria o tal “choque de gestão” tucano a FEBEM, com suas eternas rebeliões?
Seriam o tal “choque de gestão” tucano os problemas na educação, a aprovação automática, gerando garotos que estão na 6ª série e ainda não aprenderam a ler? Alunos que findaram o ensino médio e têm um desempenho intelectual menor que o de um de 8ª série de escola particular?
Seria o tal “choque de gestão” tucano a forma como tratam a segurança pública?
Seria o tal “choque de gestão” tucano a forma como lidam como o crime organizado (vide PCC), que a grande mídia, reproduzindo as palavras tucanas, disseram que havia sido exterminado?
Seria o tal “choque de gestão” tucano o caos penitenciário, que a grande mídia também disse que havia acabado?
Seria o tal “choque de gestão” tucano a crise da saúde, com médicos em greve por tantos dias, deixando a população morrendo pelas calçadas?
Eu só to falando do “choque de gestão” tucano estadual.... nem quero começar a tratar sobre o nacional... é melhor nem começar, não tenho tempo.

Funcionalismo Público

O Presidente Lula recentemente fez uma afirmação de que: “As pessoas passam para a sociedade uma idéia de que é possível fazer choque de gestão diminuindo o número de pessoas que trabalham, quando, na verdade, o choque de gestão será feito quando a gente contratar mais gente, mais qualificada, mais bem-remunerada, porque aí teremos também serviços de excelência prestados para a sociedade brasileira. Para reverter essa situação é preciso coragem de ser ousado”.

Olha, mesmo eu, particularmente refratário a funcionários públicos tenho considerações positivas a fazer sobre a fala.
Sem um salário digno, ninguém trabalha com toda a vontade, contentamento e disposição que trabalharia recebendo um salário adequado. Isto é fato.
Os funcionários públicos recebem, em sua grande maioria (particularmente os federais), um salário adequado. Os membros do judiciário não recebem um salário adequado. Seus salários são excessivos.

O que me dá asco nos funcionários públicos (não todos, que fique claro) é sua indolência, a forma como tratam mal as pessoas, a sua incompetência por causa da estabilidade, suas greves absurdas, etc.

Isto tudo me afasta e, não coaduno com a sua estabilidade. Não concordo, mesmo. Recentemente o governo Lula propôs contratar por meio de “fundações”, sendo que os funcionários não teriam mais estabilidade, seriam avaliados de maneira similar ao mercado privado, podendo até serem demitidos.
Não obteve grande apoio do PSDB, o partido que se jacta de ser portador do tal “choque de gestão”. Onde ele estava perante a proposta governamental?
A extrema esquerda, tão fascista quanto a extrema direita, acusou o projeto de ser a própria encarnação do demônio na terra.

A questão, é que os funcionários públicos têm de receber um salário digno, como todos os cidadãos também devem receber. Agora, ao não receberem o que esperavam, eles não têm o direito de tratarem mal, ou abusar da sua estabilidade, como muitos fazem. Não possuem este direito. Isto me enoja, e enoja muito.
Se o governo paga tão mal, se o serviço é tão ruim, se as condições são precárias, peçam conta, ora!
Sempre temos opções, e eu, diariamente, escolho as minhas. De continuar no meu emprego, de continuar meus relacionamentos, de continuar vivendo. Eu poderia não prosseguir, eles também podem. Se meu emprego estivesse tão ruim, eu pediria conta, obviamente. Se meu relacionamento estivesse ruim, eu terminaria. Se a vida estivesse ruim, eu alteraria meu comportamento, meu emprego, meu relacionamento.
Sempre temos opções. Os funcionários públicos também têm.

A fala do presidente tem total nexo, pois, recentemente o IPEA afirmou que o Estado brasileiro perdeu desde 1980, 2,5 milhões de vagas de trabalho. Se fosse pela pequena quantidade de funcionários que “choques de gestão” fossem dados, isto já teria acontecido.


Agora, uma coisa é fato. Ao tratarem a pão e água os funcionários, os tucanos e os Demos demonstram bem como gostam de pessoas.
Se o estado destrata àqueles que trabalham para ti, porque não destrataria todos os outros cidadãos?

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Fidelidade Partidária

O PT quando oposição tentou por várias vezes emplacar a fidelidade partidária [sem retroatividade], implorou ao STF, TSE e outras nobres instituições brasileiras. As nobríssimas casas sempre fizeram ouvidos moucos.
Mas agora... agora é o PSDB-PFL, que sempre boicotaram qualquer tentativa do PT de inserir a fidelidade...

E o STF e o TSE, sempre dispostos a socorrer os partidos da direita, não só querem inserir a fidelidade partidária, como caçar (!) o mandato dos parlamentares que mudaram de partido. Tem cabimento?

Posso afirmar convictamente que o judiciário é o pior poder constituído. De longe.
A mídia, poder obscuro, eu diria que é ainda mais putrefata. Mas ela não conta. Oficialmente.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Motivo de orgulho

O Senador Cristóvam Buarque, candidato nas últimas eleições, disse que o Brasil terá de “importar alunos” para que as recentes vagas que serão abertas nas faculdades públicas sejam ocupadas.
Engraçado, aqui no meu estado quase sai pancadaria por causa da instalação das cotas na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), tamanha a “sobra” de vagas.
Há vagas sobrando nas faculdades privadas, caro Buarque e nem todos podem pagar por ela, caso não saibas disto. Será que só você não vê isto, oh grande çábio da Educação?

O senador ainda pergunta quantas das que Lula criou nesses 5 anos, estão funcionando. O que eu sei, senador Buarque, é que a minha própria namorada trabalha numa destas extensões que o governo Lula criou, que segundo Vossa grande excelência, insinua, não estariam funcionando. Como se auto intitula especialista em educação, o próprio Cristóvam deveria vir com os números de quantas estão funcionando, não é mesmo?

Ah! O motivo de orgulho? Eu sinto imenso orgulho em nunca ter votado em Cristóvam Buarque e, tenho ainda mais orgulho em saber que nunca o farei.

Faz sentido

Nós temos na rede globo (a Vênus de laquê, segundo gente séria) grandecíssimos jornalistas. De uma competência, integridade e discernimento que dói nas vistas.

O senhor Arnaldo Jabor, o rebelde da direita. A senhora Miriam Leitão, a controladora-geral do Brasil. O Ancelmo Góis, o efeminado da direita (¿e pode alguém da direita ser gay?), dentre outros...

Este último, em uma nota em sua coluna, com o título de “faz sentido”, ele escreveu que o PSDB espera pra ver se o nobre senador Eduardo Azeredo será processado pelo caixa dois que afirma ter feito e que, afirma que também beneficiou a campanha de FHC.
Pois, segundo ele, como Lula não foi processado, Azeredo também não pode ser. Caso este último seja, o PSDB tomará as medidas judiciais cabíveis para que Lula também seja processado.

Ora, o excepcional jornalista não noticia que, pra começar, as denúncias sobre o mensalão não foram contra a candidatura do presidente Lula. Nunca foram. Como pode fazer sentido, senhor Ancelmo Gois?
Lula era e é presidente do Brasil, e não do PT. Todos os dirigentes do PT foram processados. Porque o digníssimo jornalista não faz um pergunta no sentido inverso? Não “faz sentido” que todos os dirigentes do PSDB da época fossem processados, caro Ancelmo Góis?

As acusações de caixa-dois (que no caso do PT ganhou outro nome, “mensalão”) não foram as contas do presidente Lula, logo, ele jamais poderia ser processado.
Será que ele não sabe disto?

Mas o negócio é sempre ir contra Lula e o PT e a favor do PSDB, não é?
Faz sentido, então.

Revolução Lulista

O presidente Luís Inácio Lula da Silva anunciou a criação de 10 novas universidades federais, 214 novas escolas técnicas e 48 extensões universitárias.
Isto até 1020, afora a quantidade já criada, afora o Pró-Uni...

Ainda na campanha de 2006, o presidente tinha um trunfo enorme: em 4 anos de governo, mais que dobrou o número de estudantes que cursaram gratuitamente o curso superior no Brasil. A isto, dá-se o nome de revolução.

E ainda vem mais... Ótima, ótima notícia.