sexta-feira, 25 de julho de 2008

Pedido de reflexão ao STF

E-mail enviado a todos os ministros do STF e ao Conselho Nacional de Justiça.


Venho por meio deste criticar as ridículas decisões – pra não usar outra palavra – que tornam-se freqüentes por meio desta corte.
Temos atualmente no STF o primo de Collor, o soltador-geral da república. Ellen Gracie a ministra que não sabe se Daniel Dantas é Daniel Dantas. E Gilmar Mendes, àquele, que como diz o casseta & planeta se o banqueiro corrupto fica preso num engarrafamento, Mendes manda soltar.

Ao mesmo tempo, vemos interditos proibitórios (mais uma das sobras da ditadura) pulularem no país como pipocas. Vemos o conselho do ministério público do RS agir de maneira fascista contra o MST. E, no Pará (¿onde mais seria?) um juiz condena três membros do referido movimento por protestarem contra a flagrantemente inconstitucional doação da vale. Aliás, condena o MST por este fazer o que a gigantesca maioria dos brasileiros gostaria, porém não tem a energia ou a disposição para tanto. É uma lástima que por tomarem uma bandeira de todos, o movimento concentre em si todas as punições dos reacionários de plantão.

Não posso crer que isto não seja uma guinada rumo ao fascismo do judiciário brasileiro. Não muito tempo atrás, uma decisão judicial de grave repercussão da corte foi tomada por causa da já famosa “faca no pescoço” imposta pelos mastins da imprensa.
Mastins da imprensa que clamam pela criminalização de qualquer movimento que vise o benefício de uma classe (ONGs, sindicatos, etc.), que clama por interditos proibitórios, que clama por qualquer coisa que vá prejudicar os trabalhadores, a gente humilde do país e, por conseguinte, beneficiar o capital.

E no STF... O que vemos? A corte que deveria ser exemplo de correção e integridade, isenção e imparcialidade, ao contrário, é a própria casa dos mafiosos corruptores, a casa das “facilidades” dos banqueiros corruptos, como bem foi gravado pela PF. Não digo que os ministros do STF sejam corruptos, ¡mas digo, sim, que só tomam atitudes para beneficiá-los!

Peço então, humildemente, que os “meritíssimos”, reflitam sobre o que efetivamente estão fazendo no cargo que ocupam, no quanto efetivamente estão contribuindo para o país e para a história da própria corte.

Se querem efetivamente tanto ajudar estes banqueiros, larguem seus cargos, e vão advogar pra eles. É mais íntegro. Não podem fazê-lo exercendo cargo público.

O congresso não impedirá nenhum ministro, é claro, o que podemos esperar do “comitê de negócios da burguesia”, como bem explicou Marx?
Reitero, então, a consciência de cada um de vocês, que reflitam sobre o que estão fazendo como ministros. O congresso não os julgará, mas a história sim. E neste julgamento, vocês não contarão com “facilidades”.

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