domingo, 19 de junho de 2011

Andante mosso (Rosa-dos-ventos) – por Mauricio Dias (CartaCapital)

Porta de saída I
Ainda existe dúvida, à esquerda e à direita, sobre a importância do Bolsa Família como um trampolim social que vai além do benefício financeiro. A frequência escolar de crianças e jovens é um compromisso assumido pelas famílias inscritas no programa, que recebem entre 32 e 242 reais, de acordo com a renda mensal e o número de filhos. A contrapartida é o compromisso com a frequência escolar, com o pré-natal das gestantes, com o cumprimento do calendário de vacinas até os 7 anos e com a vigilância nutricional (altura e peso).

Porta de saída II
Os dados da educação, no primeiro bimestre deste ano, indicam que 98% dos alunos com idades entre 6 e 15 anos cumpriram a meta de frequência de, no mínimo, 85%. Isso significa mais de 13 milhões de presenças nas salas de aula. Esse grupo, num futuro próximo, não mais se sujeitará às correntes de escravidão representada, hoje em dia, por salários miseráveis. Aí, muito provavelmente, o senador tucano Álvaro Dias, do Paraná, vai enquadrá-los, como disse recentemente, na categoria de preguiçosos.

Oito ou oitenta?
Há outra leitura possível da mensagem da presidenta Dilma dirigida ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na passagem do 80º aniversário dele. Ela enrolou FHC na própria vaidade e deu a ele o status de líder da oposição.Para desespero de José Serra e surpresa de Aécio Neves.

Amorim informal
Está saindo do forno o livro do ex-chanceler Celso Amorim. Conversas com Jovens Diplomatas (Editora Saraiva) reúne palestras informais dele no Instituto Rio Branco.Em algumas delas, há confidências sobre certas ações do Itamaraty.Foi assim na palestra feita após ele ter voltado do Irã, onde articulou, com a Turquia, uma saída no episódio das restrições ao programa nuclear de Teerã.
Uma iniciativa de pacificação sabotada pelos Estados Unidos.

Brocardo
Os vilões da oposição não são piores do que os melhores aliados do governo.A presidenta Dilma já deve ter chegado a essa amarga conclusão.

Rota política
As exportações brasileiras são uma rota segura de acompanhamento dos novos eixos das relações externas construídos no governo Lula (tabela). A política, em regra, segue a bandeira do comércio. Os países em desenvolvimento responderam por 57% das exportações brasileiras entre 2010 e 2011. Em 2000-2001, absorviam apenas 38%. No bloco dos desenvolvidos, nesse período, o porcentual caiu de 60% para 41%. Para a América Latina seguem os produtos brasileiros industrializados, de maior valor agregado. Esse bloco de países, nos últimos 12 meses, pagou um preço médio de US$ 1.491 a tonelada. As exportações para a China, essencialmente produtos primários, a tonelada cai a US$ 197.

2 comentários:

José da Mota disse...

Parte 4(2): Terceiro: Garotinho e Cesar Maia de inimizade histórica tempos atrás, unem os filhos para disputarem a prefeitura do RJ. Rodrigo Maia e Clarissa Garotinho. Pós-Lulismo mais explícito de todos. Quarto: Prefeito Incolor, pulo. Quinto: Golpe de mestre, um gênio estudando passo a passo dos três poderes e principalmente do STJ em suas naturais mudanças de ministros por tempo de serviço para a aposentadoria. Nomeados pelo presidente metódicamente para que por anos os seus nomeados presidam a casa. Pós-Lulismo. Sexto: Impasses com sindicatos de quaisquer categorias, até federais, antes mesmo da primeira rodada de negociação Lula já mata a xarada. Ganhou todas até hoje e nem sempre à favor da classe trabalhadora. E continua idolatrado pela maioria dos sindicatos e sindicalistas. Pós-Lula. Sétimo: Cruz e espada, mais uma caixa de benefício privada como Funprev. Um tanto mais blindada, fechada, estilo dos seus beneficiários é militarmente tocada, a toque de caixa (forma de tambor). Não há o que se mexer a não ser os orgãos fiscalizadores federais competentes. Se estiver legal, fica, senão, responderão como qualquer outro na justiça. E Lula não precisa entrar diretamente nesta briga porque não é sua função, como também se desgastar políticamente, atôa. Pós-Lulismo.
Parte 5: Concluindo: Pós-Lulismo, ou, Lula, é: Uma criação. Primeiramente de Deus, seus pais, dele próprio, de um projeto político ambicioso de esquerda, o PT, liderado por homens como Apolonio de Carvalho, Mário Pedrosa, Antônio Cândido, Sérgio Holanda de Buarque, Plínio Arruda, Zé DIrceu, Jair Meneguelli, Rui Falcão, José Genoíno, Tarso Genro, RIcardo Berzoini, Marco Aurélio Garcia, José Eduardo Dutra entre outros famosos membros, e ex-membros, porque muitos migraram para outros partidos de esquerda como o PSOL. José da Mota. P.S. Fica esperto Ciro Gomes porque da próxima se houver, terá muito o que levar para Harvard.

José da Mota disse...

Parte 1: Repito comentário feito ao artigo intrigante e provocante da Carta Capital sob o título; Pós-Lulismo só há uma maneira de comentar e é o que vou tentar, distrinchando-o, mais a frente. Acompanhando o politicamente abrangente e eclético partidariamnente, algo inusitado, de Lula a Garotinho, Aécio Neves etc... raciocínio do Andante Mosso, ou será, do Maurício Dias, ou, Maurício Dias Andante Mosso? Maurício Dias ô Mosso asssim nos deixa num vai e vem com este artigo, que nos faz pensar quase com um nó no raciocínio. Primeiro na dinâmica da política brasileira. De uma maneira mais abrangente e sencacionalmente inteligente com um título fenomenalmente realista "Pós-Lulismo" de Andante Mosso? e ou, Maurício Dias? Mais um enígma. Além de mostrar o quão eclética são nossas alianças e candidaturas. Valia completá-la citanto as alianças entre Lula e Maluf e Tarso Genro apoiando Manuela Dávila. Só para dar um toque especial na miscelânia eleitoral brasileira. De qualidade nunca vista dantes, as alianças, mas quanto aos políticos a maioria, porque alguns nem todos concordam.
Parte 2: De qualquer forma vamos lá, destrinchar o artigo, enumerando-o em primeiro, segundo, terceiro..., o era Pós-Lulismo. Que poderia ser até; Brilhante era pós-Lula, do Andante Mosso aí, o Maurício Dias. Primeiro: Eduardo Campos apesar do padrinho político Miguél Arráes é fenômeno eleitoral até o momento. Lá para suas bandas, talvez com a candidatura a vice-presidência se torne pelas de cá também. Quanto à compromisso vai depender naturalmente das alianças em seu estado. Não creio que a não aliança com o PT e só com Dilma, seja por definição pessoal. Mas com isso Dilma Roussef tartarugantemente pôe um pé aqui e outro acolá com a paciência de Jó. Sob os pítacos "assesoria" de Lula, Tarso Genro, Celso Amorim e José Dirceu entre outros. Quando certo, o passo de tartaruga, acertado está e fica, quando errado, arrumada a casa e sai, mas em vôo rápido de falcão-peregrino, o animal ais veloz do mundo capaz de atingir 320 km/h em um vôo (interessante). E assim, ela, a Águia, digo, Dilma Roussef, vem nos conquistando confiança. Por merecimento. Pós-Lulismo.
Parte 3:Segundo: Aécio Neves formar alianças com oposições ao PSDB nacional é comum, de sua natureza esquerdista, de berço. Se junto ao PT, PSB, PC do B, PSOL ou outros partidos de esquerda não é novidade, e Marcio Lacerda (PSB) pode ser considerado uma surpresa como político, também fenômeno como tal. Mas voltando ao Aécio Neves, isso acompanha o raciocínio e forma de fazer política naturalmente com quem se entende, ou se entendem. Em também natureza esquerdista, que o são, na formação de Alianças, o Lula e o Aécio Neves. Demorando historicamente para ambos e o Brasil caminharem de mãos juntas. Este é um pós-Lulismo mais para ensinar o próprio PT de MG aproveitando Aécio Neves como exemplo, de como se faz política.