Em conversa telefônica na noite de anteontem, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), reclamou de suposta interferência da imprensa no resultado do julgamento que decidiu pela abertura de ação penal contra os 40 acusados de envolvimento no mensalão. "A imprensa acuou o Supremo", avaliou Lewandowski para um interlocutor de nome "Marcelo". "Todo mundo votou com a faca no pescoço." Ainda segundo ele, "a tendência era amaciar para o Dirceu".
Esta é a reportagem da folha de hoje, ou seja, de uma das "acuadoras".
Nós estamos vivendo uma verdadeira ditadura da mídia. Ela acusa, julga e executa. Outros ministros do STF vieram a público dizer que não sofreram nenhuma interferência. Eu acreditei neles, claro. Como também acredito no papai Noel, na mula sem cabeça e no saci pererê.
A verdade inconteste é que foi a mídia quem julgou os acusados. Até cego está vendo isto.
Esta declaração, aliás, não acalmará os seus ânimos. Agora que eles têm a prova cabal de seu poder, eles acirrarão ainda mais os brios, prontos para submeter, acuar e constranger qualquer um dos que ainda não são sabujos.
Se o próprio STF, órgão judiciário máximo do país se deixa levar por estes calhordas, faço a pergunta: o que resta de nós? Em qual órgão da justiça (?) podemos confiar?
O que posso afirmar, peremptoriamente, é que tudo, tudo o que envolve política e judiciário, é uma lástima.
3 comentários:
Velho eu ia comentar seu post.
e acabou por ficar tão grande que deu um post....rsrsrs..
então, considere meu post como um comentário ao seu....
Grande abraço..
Um amigo meu me fez um pedido para que traçasse o seguinte paralelo: o direito à privacidade no caso da Cicarelli em q ela obteve uma ordem judicial para q os brasileiros n acessassem o youtube, em virtude do vídeo dela estar lá, e, o direito à privacidade de um ministro do STF. Já que um reporter ouviu a conversa dele com a Ministra Carmen Lúcia em q ele falou a tal frase: faca no pescoço. Então, o homem público n tem privacidade, assim, como a Cicarreli q teve a decisão de bloquear o youtube cassada? Ele é público somente no exercícios de suas funções (fato este q o reporter inocentemente não mencionou aos telespectadores?
Responde ae bixo...ja q vc postou o tema...rsrsrs
:)
Acho que uma persona pública, num local público deve arcar com as consequências dos seus atos. Ler um e-mail não é um ato público. Publicá-lo, no caso, pra mim seria tipificado como violação de correspondência. Daí que não concordo com isto. Uma conversao ao celular, se o ministro realmente a teve (ou seja, se eles não grampearam o telefone dele e aproveitaram o ensejo que ele estava na rua pra mascarar a realidade), devo dizer que ele falhou muito, pois, qualquer um que está perto escuta. Pra dar um desconto, neste último caso, se houve erro, ele foi menor, pois a repórter não precisou ir muito longe pra ouvir a conversa, bastou prestar atenção, diferentemente do repórter do globo, que teve que se esforçar para tirar uma foto e, depois, ampliar a imagem para saber o que havia escrito nela, ou seja: ele espionou.
Postar um comentário