sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Geração de emprego

O número de pessoas que trabalham com carteira assinada no Brasil cresceu 8,2% em novembro deste ano, em relação a novembro de 2006.

E na imprensa, só chamas!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A posição

O Banco Mundial divulgou nesta terça-feira o ranking das maiores economias do mundo, onde o Brasil ocupa a sexta posição ao lado de Reino Unido, França, Rússia e Itália, com 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Um assombro, já que FHC pegou o Brasil como a 9ª potência mundial e entregou como a 15ª.

Os Estados Unidos permanecem como a maior economia do planeta, seguidos pela China, Japão, Alemanha e Índia. Depois do grupo em que o Brasil se encontra (Reino Unido, França, Rússia e Itália), aparecem Espanha e México.

Estes 12 países são responsáveis por dois terços da riqueza do mundo.

Bem, devem ser burros estes organismos internacionais. Afinal, o Brasil não está pegando fogo, querida imprensa?

domingo, 16 de dezembro de 2007

Contra fatos...

De acordo com a imprensa direitista, o presidente Lula estaria extinguindo a classe média.
Assim é a imprensa. Opiniões, opiniões, opiniões... danem-se os fatos.
Os jornais, que fingem representar a classe média, devem estar em polvorosa. A própria Folha teve de admitir em reportagem: a classe média vitamina-se no governo Lula.
Nos últimos cinco anos, tanto pelos efetivos programas sociais, quanto pela aceleração econômica a partir de meados de 2006, cerca de 20 milhões de brasileiros com mais de 16 anos provenientes das classes D/E migraram para a classe C.
Nos três primeiros anos e seis meses de governo Lula (janeiro de 2003 a junho de 2006), 6 milhões de pessoas mudaram de estrato sócio-econômico. Nos últimos 17 meses (julho de 2006 a novembro de 2007), cerca de 14 milhões de brasileiros traçaram este mesmo caminho.

Na verdade, a maior evolução ocorrida nos últimos meses deve-se à colheita dos resultados do próprio esforço realizado pelo governo Lula. Quais sejam: queda na taxa de juros (que poderia ter ocorrido ainda mais rapidamente), lei de falências, BNDES atuando como financiador de novos negócios (e não privatizações), apoio à agricultura familiar, aumento do salário mínimo, política externa bem sucedida (catapultando as exportações), etc.

As classes D/E (as piores na avaliação) diminuíram de 46% para 26% da população brasileira.
Alguém está lendo isto além de mim? Tem noção do impacto disto na vida dos mais humildes? Tem noção disto quando criticam este governo? Sabem o que está acontecendo com o país?


A classe C aumentou de 32% para 49% da população. A classe A/B aumentou de 20 para 23% da população.

Ou seja, todos ganharam com o governo Lula. E, os mais pobres, ganharam mais.
Como deve ser.

Pelo menos uma pessoa como eu assim julga que deve ser. Com meus estigmas, com meus preconceitos, com minha ideologia, com minha integridade.
Os pobres como prioridade de um governo.
É uma idéia.

É evidente que muita gente pensa diferente de mim neste e em outros pontos. Daí tantos ataques ao presidente.

Paciência.
Cada um, cada qual.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Parabéns

Cumpro com àquela que é quase uma obrigação: parabenizo Oscar Niemeyer pelo século de existência.
Parabenizo também pela lucidez, pelo posicionamento, pela sagacidade, pela ideologia, pela argúcia, pela integridade.

Ele, juntamente com o presidente Lula, são os dois maiores brasileiros vivos.

A eles, meus cumprimentos.

Feliz é o país que conta com esta estirpe de pessoas.
Pena que são raras por estas plagas.

Mas, ao menos, existem. Em número pequeno, mas existem.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Os iguais

Não sei se é sabido, talvez seja evidente pelos textos que posto, mas tenho convicções, ideais e sentimentos socialistas.
Daí, vejo um membro do PSOL, José Nery (PA), votar contra a CPMF...

O que esperar deste partido?
O que esperar da extrema esquerda?

O PSOL-PSTU, tanto na última eleição, quanto nesta votação, comportam-se como os mais empedernidos direitistas: defensores de privilégios, moralistas, canhestros, sem discurso, sem idéias, sem atitudes coerentes com a esquerda que fingem representar.

Ideologicamente eu gostaria de participar de um destes partidos.
Com o seu direitismo roxo, eles me impedem.

Uma lástima. Uma lástima imperdoável, devo dizer.

Porque a dupla satânica PSDB-DEMOS não tem nenhum compromisso com a verdade, com a ética, com o povo, enfim, com nada de bom. Isto é sabido por qualquer ser que tenha o mínimo de inteligência e integridade.
Já a extrema esquerda, que arroja-se no papel de defensora dos pobres unir-se a estes???

Realmente... os pobres pagam muita CPMF... deve ser por isto que tantos passam fome, né?
Por causa do 0,38% nas movimentações financeiras dos desvalidos.

Os pobres realmente movimentam muito dinheiro... eram os mais afetados, segundo o grande jornal que é o globo.
É claro que eram!!! Dado a imensa quantia de dinheiro que movimentam!!!!

Deus, meu!!! Como não descobrimos isto antes?
Para ajudar a salvar os mais pobres, deveríamos ter acabado com a CPMF desde muito!


Esta é a integridade do PSDB-Demos, da globo e do PSOL. Todos no mesmo bojo. Todos iguais.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Que mulher!

Segundo Eliane Cantanhêde, "jornalista" da Folha, qualquer opositor a Álvaro Uribe nas próximas eleições terá envolvimento com as Farcs.

Como uma pessoa tem coragem de escrever tamanha safadeza?
Há opositores das Farcs que estão até mesmo seqüestrados pelo grupo armado. E, estes seqüestrados, dentre tantos outros inimigos das Farcs, não compõem com o presidente-poodle dos EUA.

Qual é o problema de Eliane Cantanhêde?
Faço duas suposições.
Ou a mulher é realmente um exemplo máximo da imbecilidade humana, saindo imensamente no lucro caso substituísse toda sua massa encefálica pela massa que deposita regularmente nas latrinas da vida...
Ou a mulher é simplesmente safada, simplesmente mentirosa, simplesmente descompromissada com qualquer resquício de ética, integridade e justiça.
Qual dos dois estaria correto?
Não sei...

Penso... penso...

Que mulher, gente, que mulher!
Lembra-me a Margaret Thatcher.

Entretanto, se sofro por viver no mesmo mundo que elas, consola-me o fato de ao menos não ser marido de nenhuma das jararacas.
Jamais daria.
Problemas gastro-intestinais assolar-me-iam demasiadamente.


P.S: caso não saibam o motivo de tanto apoio à Uribe... peço desculpas, este é um blog para iniciados.

Os Teóricos

Será aprovada a CPMF?
Não sei.

Se não for, o motivo básico será só um, mais profundo, mais enérgico que outros.

Não será responsável a população, que não votou no legislativo similarmente ao executivo?
Não.
Não será o governo, que não pagou mensalão?
Não.
Não será a oposição, que não é responsável?
Não.
Por que é um imposto que atinge majoritariamente o rico?
Não.
Por que é um imposto que tem três utilizações, saúde, previdência e bolsa-família?
Não.
Porque não tem seus recursos (na fonte) divididos com os estados e municípios?
Não.

E poderia enumerar dezenas de outros motivos da CPMF não ser aprovada.
Mas eles só compõem o quadro da oposição ao tributo, não o seu motivo precípuo.

A real causa que poderá obliterar a aprovação da CPMF será o distanciamento dos senadores da realidade.

Os senadores são uns teóricos.
Discursam, discursam, discursam...
É o que sabem fazer (também sabem fazer mais algumas coisas, Garibaldi e Calheiros que o digam, mas não é o assunto de agora).

Muitos senadores são ruins, mesmo, e por isto, jamais votarão em algo que ajuda o país. Detestam o Brasil. Detestam a sua temperatura. Detestam a sua gente. Destes, nada espero. Porém, há alguns bons senadores que se posicionam contra o tributo... não compreendo o que estes pensam.


Por que os governadores apóiam a CPMF?
Porque são eles que são agüentando o problema diariamente. São eles que convivem com greves de servidores. São eles que convivem com o caos na saúde. São eles que convivem com o pandemônio do problema da segurança pública. São eles que convivem com a fraqueza da educação. São eles que convivem com o sinistro problema do saneamento básico. São eles que convivem com as mazelas da infra-estrutura. São eles que convivem com as deficiências do transporte público. São eles que convivem diariamente com a população cobrando-os destes e de tantos outros males que afligem a população brasileira.
Daí os governadores serem favoráveis à CPMF. É claro que serão. Os problemas estão com eles. E, o governo federal, só existe para os estados e municípios. Tudo que arrecada (excetuando a parte da dívida), vai para os municípios e estados. Não existe governo federal para o próprio governo federal, por assim dizer. Ele existe para os outros. É garganta, é caminho, e não fim.
Como poderão os governadores e prefeitos serem contrários a cobrança de um tributo que, será destinado a ajudar a combater os males que os atormentam?

Agora, o que atormenta os senadores? Onde eles estão? A quem eles representam? Quais são os problemas que realmente afligem os senadores? Qual é o contato real que eles têm com a população? Eles sabem o que acontece com seus eleitores? Sabem o que o país enfrenta? Qual é a realidade do país?
Digam-me, qual é a realidade dos senadores?

Todos nós sabemos quais são as respostas. Os senadores são absolutamente distantes, categoricamente afastados, completamente ausentes da realidade brasileira.

São teóricos. Teóricos do palavrório, teóricos da tagarelice.
Não fazem idéia da vida real.

Aqui fora, queridos senadores, vou lhes dar uma dica. Aqui fora o caldeirão está fervendo.
Não convém querer esquentar mais.
Creiam-me.

Abandonem a teoria. Venham para o mundo real, porra.

domingo, 9 de dezembro de 2007

O Íntegro

... E o senhor Garibaldi, que pleiteia o cargo de presidente do senado, possui todos os vícios, mazelas, defeitos, atos extremamente discutíveis (por que não usar logo o termo adequado: corrupto?) do seu antecessor.
Mas ele é de direita.

Então, tudo pode... está por aí, desesperado a conseguir se tornar o próximo presidente de um dos nossos poderes.

Acorda, Brasil!

Meretrizes neoliberais

Os típicos exemplares dos presidentes neo-liberais que assolaram a América Latina nos anos 90:
Carlos Salinas de Gortari, ex-presidente do México, está exilado na Irlanda, fugido.
Alberto Fujimori, fugiu para o Japão para não ser preso.
Carlos Menem que se elegeu senador para não ir para a cadeia, vive em prisão domiciliar constantemente. Só não foi levado para a cadeia antes de ser eleito, por causa da elevada idade (77 anos).

E por aqui, temos FHC... Tão responsável pelo desastre que se abateu sobre nosso país quando estes outros nos países vizinhos.
Todos os simulacros de governantes foram e são verdadeiras meretrizes do consenso de Washington. Devo dizer que até mesmo o FMI compreendeu que o tal consenso é um método inadequado, inviável, que foi aplicado erroneamente (seguindo o os métodos ditados pelo próprio fundo). Ou seja, o FMI admitiu que errou ao ditar o consenso para a AL.
E por aqui, ainda vemos pessoas defendendo este modelo...
Paciência tem limite. Estupidez, não.
Todas as meretrizes do consenso estão presos e/ou fugidos nos outros países da América Latina.

Já por aqui, FHC é o herói.
O herói da mídia
O herói da direita.

Que lástima.

Indicações

A reportagem: http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/469001-469500/469431/469431_1.html do Conversa Afiada é realmente digna de nota.

Não veremos tantas verdades em nossa mídia sabuja.

Ah! Luiz Carlos Mendonça de Barros, além de outras tantas virtudes, é mestre em se fazer entrevistar quando ele mesmo é um dos entrevistadores.
Mais uma de suas virtudes.
Não são poucas... rsrs.

Política Tributária

Segundo dados da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) e do IT Data, o imposto arrecadado com a venda de computadores passou de R$ 1 bilhão, em 2005, para R$ 1,5 bilhão, em 2007, sendo que, no mesmo período, a carga tributária caiu de 20,5% para 12,6%.
Isto é política tributária. Do governo Lula, claro.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Da cabeça aos pés

Há um profícuo debate sobre a transposição da luta virtual para a real, deixando de lutarmos apenas pela internet para irmos às ruas ocorrendo no site do Movimento dos Sem Mídia.
Bem, a internet é algo novo e toda a sua limitação está sendo testada diariamente.

Não é difícil recordar as supostas limitações que foram dadas a certos movimentos. O próprio Lênin (um gênio, frise-se), em certa época, questionou a viabilidade das greves. Era algo novo e ele supôs que o movimento era estanque e que não se conseguiria realizar por este meio uma revolução.
Pois bem, eis que uma greve se torna uma greve geral, e, somada a diversos protestos, compõe-se o caldo que formou a revolução russa, o maior movimento popular de todo o século passado e, com certeza, a mais importante experiência que se contrapôs ao capetalismo que viceja onipresente em nossos dias.

Destarte, considero este debate de imensa valia e não julgo que haverá derrotados, afinal, estamos do mesmo lado.
Somos a minoria, mas estamos unidos.

Julgo, infelizmente, que a internet tem restrições e elas não são pequenas. Penso que a internet pode ser um belo ponto de partida, uma forma de equalizarmos as informações, de modo a termos embasamento em nossa luta, para que não nos tornemos niilistas tolos e fúteis.
Temos em nosso espaço virtual a possibilidade do debate, a forma de atrairmos novas pessoas, novas idéias & ideais, novos caminhos na bifurcação diária que é-nos apresentada.
Aqui, consolidamos de maneira simples e sincera, a informação. E quando nos informamos, podemos construir a nossa razão. “Os abismos estão semeados em nossa rota, a espada está suspensa sobre nossas cabeças, mas, para conjurar todos os perigos, temos a razão; e a razão é a onipotência”, já diria o anarquista Proudhon.

Aqui, construímos e/ou consolidamos nossa razão. Daí pretendermos que a internet seja o ponto de partida e de fim de nosso combate é no mínimo sonhar pequeno.
Na rede temos a possibilidade de darmos apenas o pontapé inicial, mas o movimento se estagna se só fizermos isto.

A esquerda tem uma dificuldade incrível em se disseminar, dado o predomínio maciço dos meios de comunicação conservadores. Isto é histórico, nem quando estávamos dispostos a pegar em armas conseguimos explicitar nossa ideologia à população comum, que dirá agora.

A internet impõe uma nova dificuldade com a qual não estávamos acostumados. Quando estamos em um emprego e a situação nos é difícil, unimo-nos às pessoas que estão dispostas a lutar contra a opressão. Quando estudamos e percebemos o massacre que fazem com as nossas vidas, também nos agrupamos com aqueles que compreendem a realidade que nos cerceia, e não com àqueles que estão mais preocupados em ir à um shopping comprar a roupinha da moda.
Pois bem, em ambos os casos, a nossa própria rotina nos deu a possibilidade de nos unirmos às pessoas com a qual compactuávamos certa disposição. Agora aqui, por incrível que pareça, nossa diversidade que é também uma riqueza, é a nossa principal fragilidade.
Este é o motivo responsável pela baixa presença nos eventos do Movimento dos Sem Mídia (MSM). Muitas rotinas diferentes, muitas expectativas de luta diferentes, pouca possibilidade de contato real...

Por exemplo: sempre que posso lanço petardos nos meus blogs. Afora isto, participo ativamente do movimento sindical em meu emprego. E observo a olhos vistos, pessoas que eram alienadas inexpressivas tornarem-se bravos guerreiros do movimento. Isto eu vejo, isto é a vida real, isto se dá com motivação, com participação, com conscientização, com sangue nas veias, com a realidade se impondo. Eu não vejo isto na net. Vejo aqui pessoas que já tinham uma consciência formada buscarem as informações que lhes são adequadas.
Isto é estanqueidade, isto é a morte.


Outro ponto que julgo errôneo é acreditarmos que a grande mídia está sendo criticada como nunca.
Antes, também havia confrontação contra os grandes veículos midiáticos. Ou, não se lembram das milhares de vozes na luta pelas diretas já: “O povo não é bobo, abaixo a rede globo”, retratando a censura que a globo prestou ao movimento e a toda forma de progressismo (ainda hoje) e durante a ditadura.
Isto na década de 80, sem net, com ditadura... E toda esta conscientização não bastou para que na primeira eleição direta realizada depois da ditadura, o candidato da globo fosse eleito. É um exemplo cabal de que, se nosso movimento não for para as ruas, ele será inócuo (as diretas acabaram sendo conquistadas, depois, por causa da pressão feita nesta época), e, que se não conseguir se manter depois de ter partido pra cima, ele também será ineficaz, pois acabaremos escolhendo outro Collor. Tenho certeza que muitas das pessoas que gritaram palavras de ordem contra a rede globo foram eleitoras de Collor e hoje assistem paquidermicamente às suas energúmenas novelinhas, tem medo do Lula e do MST.

Convém, em minha opinião, coadunarmos os dois esforços, físicos e teóricos para que nosso movimento de conscientização faça-se eficiente.

E outro problema é-me claro. A união. É a força de qualquer movimento que se preze.

E a direita, por incrível que pareça, é unida. Exemplos:
Alguém viu alguma coisa na grande mídia sobre o plebiscito de retomada da Vale?
Sobre a carta de despedida da globo do jornalista Rodrigo Viana?
Sobre a lista de Furnas do PSDB?
Dentre tantos outros esquecimentos convenientes e agressividade comedida contra quem convém.

Então, acredito que seja uma inocência pensarmos que sós, abandonados, possamos construir algo de significância.
Por que o medo dos MSM de utilizarem espaços de sindicatos, por exemplo? Por que o medo de se unir à esquerda? Por que o medo de se aliarem àqueles que já são estigmatizados pela mídia?
Ou há alguém aqui que possua tamanha inocência para pensar que, por não nos unirmos aos sindicalistas, aos movimentos sociais, à esquerda estruturada, alguém deixará de nos caluniar?
Alguém supõe isto?

Ora, eles estão unidos! Por que deveríamos nos abster de lutar com as armas possíveis, sem perdermos nossa identidade e nossa integridade?
Ora, senão, daqui a pouco estaremos também nós a acreditar no que eles falam sobre o MST, sobre sindicatos (eles que tanto querem acabar com o imposto obrigatório), sobre a esquerda!
Temos, evidentemente, de nos unirmos sem mudarmos nossos ideais. O próprio sindicato do qual sou filiado (friso que não sou diretor, apenas mais um membro) foi cooptado pelo governo. O sindicato é filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), que é ligado à CUT. E, ao invés de lutar pelos petroleiros, mudou de lado. Está sempre do lado do governo. Um escândalo. Mas nós podemos, exemplarmente, evitar esta cooptação. Mostrar a própria esquerda venal o que somos.

Bem, é isto. Vamos juntos, tanto na internet, quanto na rua. Tanto na cabeça quanto nos pés. “Derrota após derrota, até a vitória final”, como diria Che.

Bem, é isto. Vamos juntos, tanto na internet, quanto na rua. Tanto na cabeça quanto nos pés. “Derrota após derrota, até a vitória final”, como diria Che.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

As aventuras dos homens na cidade de Thor

Na longínqua década de 70, Raulzito na canção "As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor" bradava: “Buliram muito com o planeta/ E o planeta como um cachorro eu vejo/ Se ele já não agüenta mais as pulgas/ Se livra delas num sacolejo”.
Tivemos mais de 30 anos para reverter este quadro (um exemplo do resultado de todo este prazo e de todo o esforço que o homem fez para destruir o planeta está no site http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/071203/saude/ecologia_clima_onu_wwf ).

Por que não conseguimos? Alguém não avisou? Onde estava a querida imprensa a protestar contra os desmandos do governante? Onde estava o farol da democracia?

Não foi possível impedir que este quadro acontecesse?

Realmente, foi muito difícil. Convenhamos, durante este tempo, convivemos com Nixon, Reagan (o pior de todos), George Bush and George War Bush.
Difícil demais.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Prestidigitação

A Folha do último domingo conseguiu fazer um milagre para não evidenciar a melhora da avaliação do governo e do presidente Lula, especialmente nas camadas mais abastadas da população.
Ao contrário, dá toda a publicação possível a notícia de que José Serra, o homem que assinou o PROER, está em primeiro lugar na lista dos presidenciáveis. Ainda não completamos sequer um ano do 2º mandato do presidente Lula, mas como é José Serra quem está como primeiro, a Folhona dá uma enorme importância ao fato.

Bem, fez falta uma comparação nas pesquisas tendo o presidente como candidato. Afinal, a imprensa tanto diz que ele vai se candidatar... por que não o inseriram na pesquisa, então?
Não é preciso ser doutor em lógica transcendental para saber o porque: Lula seria o primeiro nas intenções de voto.
A imprensa ficaria histérica!

É fato que, caso o CONGRESSO efetivamente mudasse a constituição para que os candidatos pudessem disputar um terceiro mandato, Lula seria reeleito com tranqüilidade. É fato.
Infelizmente o presidente não fará isto, não mudará as regras no meio do jogo para não se beneficiar delas, como outros o fizeram. Lula é diferente de certos. É diferente porque tem moral.

Discordo imensamente de muitas coisas que Lula diz e faz. Discordo, como na última semana, quando veio ao ES e responsabilizou FHC pelo desastre que foi a administração de Vitor Buaiz, ex-governador do Espírito Santo, então eleito pelo PT. Ora, efetivamente FHC foi um presidente terrível para os governadores.
Mas, afora o este fato, Vitor Buaiz foi a calamidade que foi, por erros dele mesmo, e por ter seguido desbragadamente o PT do estado, então dominado por seres espúrios, sectários e corruptos.
Deixar que Rogério Medeiros, Perly Cipriano e um nome que agora me foge à memória governassem o ES, não poderia acontecer outra coisa, que não o caos que o estado viveu.
Agora, querer comparar Lula com qualquer um dos que ocupou o cargo nos últimos anos (excetuando Itamar, que também foi um grande presidente) é de dar pena aos outros.

Aconselho a leitura, sobre a prestidigitação que a Folha tenta fazer para maquiar os dados favoráveis ao governo, e para dar toda a moral possível à José Serra na análise de Gilson Caroni Filho, no site da agência Cartamaior: http://www.agenciacartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=14736&boletim_id=387&componente_id=7181

Ah! O dono (alguns chamam este posto de “publisher”... nome que consegue a façanha incrível de ser pior que o próprio jornal) da Folhona, o senhor Octavio Frias de Oliveira, afirmava que não morreria antes de ver José Serra ser eleito presidente.
Neste momento ele está comendo capim pela raiz.

Resultado num país democrático

Os fatos ajudam a esquerda, e as votações, ainda mais.
Como pode, o “ditador” Hugo Chávez, acatar a votação de um referendo que, por uma margem mínima, o derrotou?
Então, no mínimo, os grandes pútridos da imprensa brasileira devem admitir: ele não é um ditador.
Se fosse, faria como os militares brasileiros (de quem a imprensa tem tanta saudade) fizeram: arrumaram todo o tipo de justificação teórica (nenhuma com sequer um resquício de verdade, friso) para desconsiderar o resultado de uma votação da população brasileira.
Não foi o que Chávez fez.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Prescrição

E eis que o valerioduto tucano, que foi financiado com dinheiro público, corre o risco de prescrever... o procurador-geral da república tem feito de tudo para que tal fato ocorra.

Na minha opinião, toda prescrição de pena é um aborto. A cada ano que passa, ao não ser condenado, o meliante deveria aumentar sua pena, e não o contrário.
Ao retardar ao máximo possível seu julgamento, visando apenas a impunidade, as leis brasileiras dão todo seu apoio para a lentidão do judiciário, já que uma maior quantidade de recursos, enseja a prescrição da pena, que é sinônimo de injustiça.

Para mim, não só deveria se acabar com este escândalo que é a prescrição, como, para cada recurso protelatório que alguém ingressa, cada pedido de novo julgamento em uma instância superior, deveria ser acrescido com um aumento de pena caso não tenha conseguido sucesso em seu novo pedido.
Exemplo: Um meliante mata uma pessoa e é condenado a 15 anos de prisão. Recorre. Pois bem, ao recorrer, ele deve saber que, caso sendo condenado novamente, terá um acréscimo de 20% da pena (julgo que seja um percentual de aumento justo).
Pois bem, foi condenado, ficará 18 anos na cadeia, e não mais 15, já que, por ter sido condenado em mais de uma instância, o Estado tem mais convicção da pena a ser infligida.
E assim, sucessivamente. Para o caso de multas, penas, etc.

Julgo que assim o judiciário brasileiro ganharia em celeridade e qualidade.

O IDH e a bazófia

E eis que a ONU inclui o Brasil no ranking dos países desenvolvidos com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Este ranking, falho na minha concepção, avalia os países por três metas: número de crianças na escola, renda per capita e expectativa de vida.

Dos três tópicos avaliados, apenas o último serve de parâmetro correto. O número de crianças na escola não significa qualidade de ensino, e renda per capita pode mascarar uma grave distorção social. É aquele velho exemplo: a temperatura média do cara está ótima. Porém, avaliando especificamente, os pés estão congelados e a cabeça está fervendo.
Mas a média, está excelente...

Pois bem, então, o país melhorou, apesar de ter caído duas posições no ranking. A ONU errou em apurar os dados conforme a metodologia antiga de avaliação do PIB brasileiro. Se o tivesse feito conforme os novos critérios adotados, o país teria ficado mais bonito ainda na foto.

Agora, sinceramente, não vejo grande causa de comemoração por termos melhorado neste ranking... A despeito das boas intenções da ONU, este tal IDH avaliar apenas três tópicos, com o complicador de que estes não representam plenamente as áreas avaliadas... Sei não, para mim este ranking é uma bazófia.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Brindeirando

O Procurador geral da república Antonio Fernando de Souza trabalha muito e não tem tempo.
Trabalha tanto, mas tanto, que ele se esqueceu de tirar da gaveta uma denúncia contra Daniel Dantas, (o santo da nação) que já está nas profundezas de seu armário há mais de 4 anos.

Dada a sua enorme carga de trabalho, ele também enrolou, enrolou, enrolou, para fazer a denúncia contra Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB. O próprio Azeredo afirmou em entrevistas que as campanhas de FHC e de Aécio Neves receberam recursos de caixa-dois.
Mas, como ele enrolou o suficiente, os crimes prescreveram. Aécio e FHC, dois ícones da moral brasileira, serão convenientemente preservados.

Parabéns, senhor procurador!

Que primor de trabalho o seu!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Noção de democracia

Para os grandes jornalistas brasileiros, não é democrático um presidente deixar que a POPULAÇÃO VOTE para decidir se Hugo Chávez pode CONCORRER A NOVAS ELEIÇÕES.
Isto não é democrático.

Democrático é comprar votos de deputados para poder se candidatar à reeleição, como o príncipe dos çábios fez.
Isto, sim, é que é democrático.

O país está em chamas

O Brasil bateu recorde na geração de empregos formais, criou 1,917 milhão de postos de trabalho em 2006.
Os tucanos que estão no congresso do PSDB devem estar enfurecidos. Afinal, com a proeminência de FHC no poder, durante oito anos, eles geraram 800 mil empregos. Em oito anos, 800 mil. Em um único ano de governo Lula, o ano passado, foram gerados mais que o dobro dos empregos de todo o período tucano de poder.

A massa salarial dos trabalhadores com carteira assinada teve um crescimento de 11,97% em 2006 na comparação com o ano anterior.

Em 2006 os trabalhadores formais obtiveram uma renda de R$ 43,5 bilhões, o que representa um aumento de 11,97% na comparação com o montante apurado em 2005, já descontada a inflação. A explicação para esse crescimento é a própria expansão do emprego somada ao aumento real dos salários médios, que foi de 5,86%.

Realmente, não há como não dizer: o país está em uma crise fenomenal!

O homem certo no local certo

Eis que se realiza o congresso nacional do PSDB. O país deve parar apenas pra ouvir o que àqueles çábios têm a dizer.

E vocês sabem quem é o convidado de honra do partido? Roberto Jeferson. Não é piada, gente. Roberto Jeferson é o convidado de honra do partido.

Tem cabimento?

Isto é que é partido!

sábado, 17 de novembro de 2007

Motivo de escárnio internacional

Muitos são os vexames que a imprensa brasileira paga. Agora, tomar um esporro de um biógrafo de Che Guevara é realmente uma tristeza!
O respeitado jornalista do New Yorker, John Lee Anderson, descascou o “jornalista” de Veja que fez uma reportagem padrão da revista: mentirosa, desonesta, sem fontes (quem me diz que eles não estão inventando?), sem ouvir o outro lado, confundindo a raiva contra o comunismo pela raiva contra a pessoa, abusando da má-fé e de toda a sorte de elementos espúrios. O jornalista estadunidense pode não saber, mas Veja seguiu seu ritmo normal: foi mentirosa, tendenciosa e burlesca.
Destarte, a Veja conseguiu criar motivo para tornar-se motivo de escárnio internacional.

Agora só faltam dizer que John Lee Anderson é mensaleiro.
Aliás, ele é mensaleiro tanto quanto os outros que foram acusados.

O desespero de Ali Kamel

De acordo com o Cepal o número de pobres na América Latina é o menor dos últimos 17 anos. Em 2006 a região tirou 15 milhões da pobreza e 10 milhões da indigência. Os países que mais retiraram seres humanos de uma situação deplorável?
Argentina, Brasil e Venezuela. Três expoentes da esquerda latino-americana.

É o resultado desta nova forma de fazer política.

Chora, direita, chora.
E você, Ali Kamel, chora copiosamente, tá bom?

Para seu desespero, estamos no caminho certo.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Endêmico

Por que o querido procurador-geral da República, Antonio Fernando Barros de Souza, não dá vazão a um processo chegou a ele a mais de quatro anos, cujo desfecho pode comprometer Daniel Dantas?
Onde está o senhor da autoridade moral do país?
Não ofereceu a denúncia, não se pronuncia...
Será que esqueceu em alguma gaveta?

Daniel Dantas sofre certos problemas, mas só lá fora. Ele é processado em vários países, é condenado em todas.
Já aqui no Brasil, por motivos mais ou menos insondáveis, é absolvido em todas.

domingo, 11 de novembro de 2007

¿Sorte?

De acordo com alguns articulistas, Lula seria sortudo. Todos os méritos do governo: controle da inflação, diminuição proporcional da dívida pública, aumento da geração de empregos, descoberta de mega-campos de petróleo, etc., tudo seria sorte.

Já com FHC, tudo seria motivo de azar. O mundo estava pior. A economia mundial passava por problemas que hoje não enfrenta. A conjuntura era desfavorável.
Engraçado...
FHC conviveu com a Era Clinton, o período de maior crescimento da história da economia americana. A locomotiva mundial estava a todo vapor... Este foi o período com que FHC conviveu.

Guerras, por guerras, sempre há e sempre houve. Atualmente ocorrem vários eventos perigosíssimos. A Turquia acaba de invadir o Iraque atrás de supostos terroristas curdos. A Turquia, como se sabe, está na borda da Europa, tanto que pleiteia ingresso na União Européia. Afora a guerra no Iraque... Enfim... este é o normal. Uma lástima, mas a guerra é o normal no mundo. Eu não acho isto normal, e morrerei bradando que não o é, mas para o mundo, infelizmente...

Bem, mesmo que fosse apenas por sorte, eu preferiria mil vezes um presidente como Lula. É como a questão futebolística: um bom goleiro, também tem sorte. Com um presidente não seria diferente.

Porém, avaliando programaticamente, ele não tem sorte. Se tivesse, teria recebido um país organizado, e não a bomba que ganhou de presente.
Para nossa sorte, ele a desarmou.

sábado, 10 de novembro de 2007

¿Triste Vitória?

Os bravos funcionários da Petrobras alcançaram um campo de petróleo que, se bem administrado, será esplendoroso para o futuro do Brasil.
A descoberta deste campo é fruto da boa administração que a Petrobras vive no governo Lula. Na “era” FHC, a empresa passou pela pior administração de toda a sua longa história.
Não quero nem me alongar sobre os fatos, só oriento a querida imprensa nativa que procure se informar sobre uma figura chamada “operador-mantenedor”, criada na empresa no soturno período administrado pela abjeta figura e seus sequazes.. Que avalie as causas que culminaram no acidente da P-36. Mas a imprensa jamais correrá atrás destas informações. São fatos – reitero, fatos – que prejudicam a direita, o PSDB, e seus asseclas bonzinhos. Estes fatos serão investigados? “Nunca serão”, conforme o brado do filme Tropa de Elite.
A imprensa – que se julga a própria opinião pública – detentora de todas as credenciais morais para avaliar, criticar, caluniar, calar, tudo o que se refere a esquerda, aos movimentos progressistas, a toda e qualquer instituição que deseje lutar pelos direitos dos trabalhadores, jamais investigará os responsáveis pelo afundamento da P-36. Eles têm nome e sobrenome. Os presidentes que ocuparam os postos da Petrobras a época, os diretores nomeados por FHC que reorientaram a empresa em direção ao cadafalso. E, claro, a própria besta-fera.

Pois bem, ao anunciarem a descoberta do campo, algo que beneficia moderadamente o governo Lula e extremamente o Brasil, os membros da imprensa estavam imensamente pesarosos.
Alexandre Garcia, ao anunciar a descoberta, com certeza estava com uma cara pior do que a de quando estava nos enterros dos pais. Beneficiava o Brasil, como poderia estar contente?
Ancelmo Góis afirmou que até o entregador de cafezinho da Petrobras sabia da descoberta do campo, ou seja, detentor de informação confidencial, pôde especular na bolsa de valores, o que é crime. Eu trabalho na Petrobras, por conseguinte conheço muitas pessoas da empresa, e nunca ouvi nada sendo sequer aventado disto, tampouco meus chefes. Mas, de acordo com o efeminado da direita até o entregador de cafezinho sabia... vai ver ele estava falando de outra empresa.... ou eu não trabalho na Petrobras, vai saber o que se passa naquela mente brilhante e verdadeira...

Bem, parabéns ao Brasil, parabéns ao governo Lula por administrar a empresa de uma maneira adequada aos interesses da empresa, do país e dos seus cidadãos; Parabéns à Petrobras, parabéns aos companheiros da Petrobras que asseguraram mais esta vitória a nossa pátria.
A direita pode ficar triste o quanto quiser com as vitórias do Brasil. Não importa. Outras tantas ainda virão.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Nacionalização

Os funcionários da Petrobras conseguiram descobrir um campo de petróleo e gás natural (denominado Tupi) localizado a milhares de metros abaixo do solo, que aumentou as reservas brasileiras de 40 à 60%. O campo possui reservas estimadas de 5 à 8 bilhões de barris de petróleo de alta qualidade.
E este campo é somente uma pequena parte da nova descoberta, de uma bacia que se estende por cerca de 800 km, do Espírito Santo à Santa Catarina, e chega a ter 200 km de extensão em alguns pontos.

Esta é a hora do governo tomar providências convictas e seguras:
1º: Nacionalizar as reservas brasileiras, que devem permanecer com o estado, como todos os grandes exportadores de petróleo fizeram.
2º: Recomprar as ações da Petrobras que estão no mercado.
3º: Indenizar as petrolíferas que detém participação no novo campo (a britânica BG Group detém 25% e a portuguesa Petrogal/Galp 10%), com os custos do investimento e, nacionalizar o campo encontrado.
4º Prover aos funcionários da Petrobras um salário adequado à lucratividade que a empresa possui. Atualmente a Petrobras é referência em tecnologia, investimentos, lucratividade, etc. Mas os salários que paga a seus funcionários fazem da empresa a favela da indústria petrolífera mundial.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Falta algo

Mais uma daquelas ironias mórbidas... O PPS, antigo PCB, apresenta proposta para acabar com o imposto sindical. O imposto é crítico para a manutenção dos sindicatos. Afinal de contas, muitos patrões sequer contratam alguém que seja sindicalizado, ou, quando grande parte do quadro efetivo é sindicalizada, eles atuam de maneira a beneficiar somente os que não são sindicalizados, dividindo e enfraquecendo a todos. Muitos são os casos de trabalhadores coagidos, forçados a passar por toda a sorte de humilhações por conta do serviço. Pois bem, os sindicatos são as entidades mais atentas, que tem mais representatividade e proximidade com os trabalhadores para impedir tais desmandos, além de serem instrumento importantíssimo na luta por melhores condições salariais.
E o querido PPS, ex PCB, ingressa com uma proposta como esta... é ou não é um excepcional partido?
Ah, e ele ingressou com proposta para acabar somente com o imposto sindical dos trabalhadores, e não com o dos sindicatos patronais.

Mas que exemplo!

Este é o resumo do partido de Roberto Freire, um dos maiores pelegos da história da política brasileira recente.

Não devemos ficar tristes, entretanto. Apesar de todo o apoio da mídia golpista, conservadora, reacionária, criminalizadora dos movimentos sociais, protetora dos políticos da direita (ligados ao mercado), excludente, branca, casuística, serva do Deus-mercado, e digna de outros tantos elogios, apesar do maciço apoio desta corja, o PPS não detém algo muito caro a um partido: votos.

Graças a Deus.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Os defensores do trabalho escravo

Recentemente o ministério do trabalho voltou a atuar os fazendeiros que cometem o crime brutal de manter trabalhadores em regime similar à escravidão.
O grupo móvel de combate ao trabalho escravo havia parado a sua atuação devido à atuação exemplar de três senadores, Kátia Abreu, dos Demos, Flexa Ribeiro, do PSDB, e Jarbas Vasconcelos, do PMDB.
Estes três senadores, defensores convictos do trabalho escravo, ainda posam de senhores donos da moral no congresso.
E a mídia, ah... a mídia lambe os pés deles, especialmente de Jarbas Vasconcelos.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Uma coisa é uma coisa...

Eis que a mesa diretora do senado livrou a cara do Azeredo.
Sobre o argumento de que o crime que ele cometeu foi na legislatura anterior... Tem cabimento tamanha hipocrisia?

Engraçado, quando José Dirceu afirmou que os crimes que ele supostamente haveria cometido não eram quando estava como deputado, e sim, como ministro, então, não cabia denúncia ao parlamento, ele foi enxovalhado pelo argumento. O que eu concordo, o argumento é muito hipócrita.

Mas agora é o Azeredo, não é?
É o PSDB, não é?

Está lá, tudo igual.... caixa-dois, Marcos Valério (Daniel Dantas?)... tudo igual.... a única diferença é que antes era o PT.

Os Grandes

O Magnífico judiciário brasileiro, na construção de três prédios, gastará a fabulosa soma de 1,2 bilhão de reais. Isto, mesmo. Em três prédios, mais de 1 bilhão de reais.
Um dos palácios será a sede do TSE, que custará 336, 7 milhões de reais. Este local servirá, basicamente, para que o senhor Marco Aurélio de Mello, O Grande, reine e dê suas entrevistas intermináveis e lamentáveis.

O Grande defendeu a construção dos rocambolescos palácios para os grandes de nossa pátria. Ele afirmou ao globo que a obra do TSE é necessária para “realizar a solenidade de posse do presidente eleito”.
Mais de 300 milhões de reais para dar posse ao presidente.
Uma vez a cada quatro anos.
O Grande Çábio não poderia imaginar em utilizar um dos inesgotáveis salões do congresso, ou do próprio STF para dar posse? Não poderia ter esta idéia brilhante?
Ele não poderia contratar um salão de eventos? Bem, digamos que alugassem o melhor salão do Brasil. E este salão, será alugado por um valor altíssimo, 1 milhão de reais. Ainda assim, teriam de alugar o salão 336 vezes. Supondo que o dinheiro não renderia, eles dariam posse a 336 presidentes, ou seja, demorariam mais de 1300 anos para gastar esta soma. 1300 anos!
Será que o senhor Marco Aurélio de Mello, O Grande, sabe contar?

“O Grande” não tem senso do ridículo?

Quem “os grandes” pensam que são, poderíamos perguntar?

São os nossos reis, os nossos califas, os nossos emirs, os nossos rajás, os nossos czares, os nossos faraós, os nossos xeques, os nossos margraves, os nossos grão-duques, os nossos senhores feudais, os nossos sultões, os nossos veneráveis, os nossos Yang di-Pertuan Agongs, os nossos nababos, os nossos marajás, os nossos infantes, os nossos mestre-conselheiros, os nossos aiatolás, os nossos tzares, os nossos voivodias, os nossos paxás, os nossos caisers, os nossos suseranos, os nossos césares, os nossos califas, os nossos xás, os nossos grão-mestres, os nossos samorins, os nossos daimyos, os nossos imperadores...
São os membros do judiciário brasileiro!

Dada sua arrogância inesgotável, eles precisam deste tipo de construção para que se sintam entronizados.

Tenho uma pergunta a fazer. Dada a exorbitância das obras, já não seria o caso, Marco Aurélio Mello, Ó grande magnificência, de que caso sua esposa venha a falecer, ser construído um Taj Mahal para ela?

Acho que “O Grande” não poderá me responder. Ele deve estar ocupado.
É lógico que não estará ocupado trabalhando. Deve estar ocupado dando a enésima entrevista para a mídia golpista.

domingo, 21 de outubro de 2007

Os Eleitos

Marco Aurélio de Mello, O Grande, anda legislando a torto e a direito. Não bastasse opinar sobre tudo, da bomba atômica à escalação do flamengo, ele ainda acha que tem de utilizar sua enorme capacidade intelectual para legislar.

Qualquer dia Marco Aurélio ainda diz que a convocação de algum jogador é inconstitucional.

Pois bem, eu tenho perguntas a fazer sobre este “Grande”.

Quantos votos Marco Aurélio de Mello teve para poder legislar? Quem o elegeu?

Bem, eu não queria responder, mas respondo. Ele teve um voto.
Do seu primo, Fernando Collor, O Breve, que talvez na pior, na mais trágica e desastrada de suas decisões enquanto presidente (¡e olha que foram muitas!), escolheu este senhor para ser ministro do Supremo Tribunal Federal.

Uma lástima.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Aos amigos, tudo...

Nosso querido Aécio Neves, que, ao que tudo indica, é o candidato de Lula para 2010 (desde que ele se mude para o PMDB, claro), acaba de promover mais um de seus geniais atos governamentais.

O PSDB enviou à assembléia legislativa um projeto de lei que efetiva 98 mil trabalhadores (!) sem concurso público. O projeto foi aprovado pela base de apoio do seu governo (ampla, geral e irrestrita, em todas as esferas possíveis).

Engraçadas são as coisas. Quando o presidente Lula contrata servidores por meio de concursos (conforme determina a lei), este próprio Aécio sai criticando-o, afirmando que não é assim que se faz “choque de gestão”, e outros impropérios mais, conforme foi escrito aqui neste mesmo espaço certo tempo atrás.

E agora, seu Aécio? É esta a falta do presidente? O concurso, em si?

Bem, mais uma informação para o tão propalado “choque de gestão”. Deve-se contratar, sim, profissionais para os quadros do serviço público. Só que para Aécio, esta contratação deve ser realizada sem concurso (¿eles sabem da existência da constituição de 88?).
Nem a farra do boi-bumbá possui tal bagunça entranhada em seu cerne como os desgovernos do PSDB.

Ah se fosse o presidente Lula que estivesse fazendo algo assim... ah se fosse... diriam que estavam efetivando somente petistas, etc, etc, etc.

E, com certeza, Antonio Fernando de Souza já teria ingressado com um processo contra o PT e o presidente. E Marco Aurélio Mello, O Grande, já teria julgado-o, mesmo antes de tocar nos autos.

Mas é o PSDB, né, gente?
É o Aécio, né, gente?
Queriam o que?
Que eles tivessem que cumprir leis?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Mico é pouco

Apesar de todo apoio que a mídia reacionária o dá, e apesar de toda divulgação que seu nome tem (dado ter sido presidente por oito longos anos), FHC, em recente pesquisa, aparece com 4,7% das intenções de voto para presidente em 2010.

Mico é pouco.

Verba, gestão e dúvida

O governo federal, através de José Gomes Temporão, belo ministro da saúde (o melhor do governo Lula, e o melhor que já esteve no governo federal desde Adib Jatene), aumentou em cerca de 30% o repasse per capita de verba para a saúde dos habitantes do Espírito Santo.
Ótima medida. Mas, para surtir efeito, o dinheiro que é investido na saúde tanto aqui, quanto no resto do país, deve ser mais bem administrado.
Normalmente, a área da saúde é chefiada por médicos, que, atuam corporativamente, em vez de socialmente.
O resultado é a calamidade que acompanhamos.

No Espírito Santo não é diferente. Com o senhor Anselmo Tose (que é médico) como secretário da saúde. Ele, profissionalmente, é um desastre como gestor. Numa administração anterior, quando foi substituído como secretário da saúde da prefeitura de Vitória por Luciano Rezende, este último vituperou a administração do seu predecessor com fartas críticas. Exprobrar antecessores é fato usual na política, é claro. O problema era que a crítica vinha de uma substituição feita no meio da administração (e não de um governo de oposição que acabou de se eleger) e, pior, o substituto era do mesmo partido do substituído! Isto não poupou de dizer as verdades sobre a gestão desastrada do colega de partido.

Como Anselmo Tose se mantém no cargo é uma pergunta de dificílima resposta.
Duvido até que o próprio governador a tenha.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Quem? Eu?

Membros do Denarc (Delegacia de Combate ao tráfico de drogas) teriam recebido 200 mil reais para soltarem o traficante Juan Carlos Abadia.
Serra não comentou o assunto.
Nenhum problema de São Paulo tem a ver com Serra.
E ninguém da imprensa o perturbará com estas efemérides.
E se algum incauto perguntar algo que o desagrade, ele ligará para o dono do jornal pedindo a demissão do jornalista.
E será atendido.
Costa e Silva não faria melhor.

Tentáculos do neoliberalismo

Paulo Renato Souza, o desastroso ex-ministro da educação de FHC foi escrever um “artigo”, que tem o nome de “Tentáculos da reestatização”.
No texto, o grande intelectual, critica a intenção do governo federal de passar o Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) para o controle do Banco do Brasil.

Mas há um detalhe. O texto foi enviado ao jornal por e-mail, antes da hora.

Por engano, o corpo da mensagem trouxe uma correspondência eletrônica anterior, na qual o parlamentar escrevera ao presidente do Bradesco, Márcio Cypriano: “Em anexo, vai o artigo revisto. Procurei colocá-lo dentro dos limites do espaço da Folha. Por favor, veja se está correto e se você concorda, ou tem alguma observação. Muito obrigado, Paulo Renato Souza”.

Ou seja, pediu autorização ao presidente de um banco para ver se o texto estava correto e se ele concordava.

Isto é que é ser submisso. Isto é que é ser neoliberal. O resto é resto.

Eu diria que este “pedido de aprovação” é uma vergonha. Mas de que adiantaria? Os tucanos não têm vergonha.

sábado, 6 de outubro de 2007

Choque de Gestão

Eu sempre procurei saber o que era este tal “choque de gestão” tucano. Será que eu o encontrarei perdido em alguma esquina, qualquer dia?

Enquanto não o encontro, faço minhas suposições.
Seria o tal “choque de gestão” tucano a FEBEM, com suas eternas rebeliões?
Seriam o tal “choque de gestão” tucano os problemas na educação, a aprovação automática, gerando garotos que estão na 6ª série e ainda não aprenderam a ler? Alunos que findaram o ensino médio e têm um desempenho intelectual menor que o de um de 8ª série de escola particular?
Seria o tal “choque de gestão” tucano a forma como tratam a segurança pública?
Seria o tal “choque de gestão” tucano a forma como lidam como o crime organizado (vide PCC), que a grande mídia, reproduzindo as palavras tucanas, disseram que havia sido exterminado?
Seria o tal “choque de gestão” tucano o caos penitenciário, que a grande mídia também disse que havia acabado?
Seria o tal “choque de gestão” tucano a crise da saúde, com médicos em greve por tantos dias, deixando a população morrendo pelas calçadas?
Eu só to falando do “choque de gestão” tucano estadual.... nem quero começar a tratar sobre o nacional... é melhor nem começar, não tenho tempo.

Funcionalismo Público

O Presidente Lula recentemente fez uma afirmação de que: “As pessoas passam para a sociedade uma idéia de que é possível fazer choque de gestão diminuindo o número de pessoas que trabalham, quando, na verdade, o choque de gestão será feito quando a gente contratar mais gente, mais qualificada, mais bem-remunerada, porque aí teremos também serviços de excelência prestados para a sociedade brasileira. Para reverter essa situação é preciso coragem de ser ousado”.

Olha, mesmo eu, particularmente refratário a funcionários públicos tenho considerações positivas a fazer sobre a fala.
Sem um salário digno, ninguém trabalha com toda a vontade, contentamento e disposição que trabalharia recebendo um salário adequado. Isto é fato.
Os funcionários públicos recebem, em sua grande maioria (particularmente os federais), um salário adequado. Os membros do judiciário não recebem um salário adequado. Seus salários são excessivos.

O que me dá asco nos funcionários públicos (não todos, que fique claro) é sua indolência, a forma como tratam mal as pessoas, a sua incompetência por causa da estabilidade, suas greves absurdas, etc.

Isto tudo me afasta e, não coaduno com a sua estabilidade. Não concordo, mesmo. Recentemente o governo Lula propôs contratar por meio de “fundações”, sendo que os funcionários não teriam mais estabilidade, seriam avaliados de maneira similar ao mercado privado, podendo até serem demitidos.
Não obteve grande apoio do PSDB, o partido que se jacta de ser portador do tal “choque de gestão”. Onde ele estava perante a proposta governamental?
A extrema esquerda, tão fascista quanto a extrema direita, acusou o projeto de ser a própria encarnação do demônio na terra.

A questão, é que os funcionários públicos têm de receber um salário digno, como todos os cidadãos também devem receber. Agora, ao não receberem o que esperavam, eles não têm o direito de tratarem mal, ou abusar da sua estabilidade, como muitos fazem. Não possuem este direito. Isto me enoja, e enoja muito.
Se o governo paga tão mal, se o serviço é tão ruim, se as condições são precárias, peçam conta, ora!
Sempre temos opções, e eu, diariamente, escolho as minhas. De continuar no meu emprego, de continuar meus relacionamentos, de continuar vivendo. Eu poderia não prosseguir, eles também podem. Se meu emprego estivesse tão ruim, eu pediria conta, obviamente. Se meu relacionamento estivesse ruim, eu terminaria. Se a vida estivesse ruim, eu alteraria meu comportamento, meu emprego, meu relacionamento.
Sempre temos opções. Os funcionários públicos também têm.

A fala do presidente tem total nexo, pois, recentemente o IPEA afirmou que o Estado brasileiro perdeu desde 1980, 2,5 milhões de vagas de trabalho. Se fosse pela pequena quantidade de funcionários que “choques de gestão” fossem dados, isto já teria acontecido.


Agora, uma coisa é fato. Ao tratarem a pão e água os funcionários, os tucanos e os Demos demonstram bem como gostam de pessoas.
Se o estado destrata àqueles que trabalham para ti, porque não destrataria todos os outros cidadãos?

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Fidelidade Partidária

O PT quando oposição tentou por várias vezes emplacar a fidelidade partidária [sem retroatividade], implorou ao STF, TSE e outras nobres instituições brasileiras. As nobríssimas casas sempre fizeram ouvidos moucos.
Mas agora... agora é o PSDB-PFL, que sempre boicotaram qualquer tentativa do PT de inserir a fidelidade...

E o STF e o TSE, sempre dispostos a socorrer os partidos da direita, não só querem inserir a fidelidade partidária, como caçar (!) o mandato dos parlamentares que mudaram de partido. Tem cabimento?

Posso afirmar convictamente que o judiciário é o pior poder constituído. De longe.
A mídia, poder obscuro, eu diria que é ainda mais putrefata. Mas ela não conta. Oficialmente.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Motivo de orgulho

O Senador Cristóvam Buarque, candidato nas últimas eleições, disse que o Brasil terá de “importar alunos” para que as recentes vagas que serão abertas nas faculdades públicas sejam ocupadas.
Engraçado, aqui no meu estado quase sai pancadaria por causa da instalação das cotas na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), tamanha a “sobra” de vagas.
Há vagas sobrando nas faculdades privadas, caro Buarque e nem todos podem pagar por ela, caso não saibas disto. Será que só você não vê isto, oh grande çábio da Educação?

O senador ainda pergunta quantas das que Lula criou nesses 5 anos, estão funcionando. O que eu sei, senador Buarque, é que a minha própria namorada trabalha numa destas extensões que o governo Lula criou, que segundo Vossa grande excelência, insinua, não estariam funcionando. Como se auto intitula especialista em educação, o próprio Cristóvam deveria vir com os números de quantas estão funcionando, não é mesmo?

Ah! O motivo de orgulho? Eu sinto imenso orgulho em nunca ter votado em Cristóvam Buarque e, tenho ainda mais orgulho em saber que nunca o farei.

Faz sentido

Nós temos na rede globo (a Vênus de laquê, segundo gente séria) grandecíssimos jornalistas. De uma competência, integridade e discernimento que dói nas vistas.

O senhor Arnaldo Jabor, o rebelde da direita. A senhora Miriam Leitão, a controladora-geral do Brasil. O Ancelmo Góis, o efeminado da direita (¿e pode alguém da direita ser gay?), dentre outros...

Este último, em uma nota em sua coluna, com o título de “faz sentido”, ele escreveu que o PSDB espera pra ver se o nobre senador Eduardo Azeredo será processado pelo caixa dois que afirma ter feito e que, afirma que também beneficiou a campanha de FHC.
Pois, segundo ele, como Lula não foi processado, Azeredo também não pode ser. Caso este último seja, o PSDB tomará as medidas judiciais cabíveis para que Lula também seja processado.

Ora, o excepcional jornalista não noticia que, pra começar, as denúncias sobre o mensalão não foram contra a candidatura do presidente Lula. Nunca foram. Como pode fazer sentido, senhor Ancelmo Gois?
Lula era e é presidente do Brasil, e não do PT. Todos os dirigentes do PT foram processados. Porque o digníssimo jornalista não faz um pergunta no sentido inverso? Não “faz sentido” que todos os dirigentes do PSDB da época fossem processados, caro Ancelmo Góis?

As acusações de caixa-dois (que no caso do PT ganhou outro nome, “mensalão”) não foram as contas do presidente Lula, logo, ele jamais poderia ser processado.
Será que ele não sabe disto?

Mas o negócio é sempre ir contra Lula e o PT e a favor do PSDB, não é?
Faz sentido, então.

Revolução Lulista

O presidente Luís Inácio Lula da Silva anunciou a criação de 10 novas universidades federais, 214 novas escolas técnicas e 48 extensões universitárias.
Isto até 1020, afora a quantidade já criada, afora o Pró-Uni...

Ainda na campanha de 2006, o presidente tinha um trunfo enorme: em 4 anos de governo, mais que dobrou o número de estudantes que cursaram gratuitamente o curso superior no Brasil. A isto, dá-se o nome de revolução.

E ainda vem mais... Ótima, ótima notícia.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Oposição Construtiva

Ainda bem que o PSDB exerce uma oposição construtiva... Ainda bem...
É de conhecimento até do mundo mineral que nenhum governo vive, tampouco viverá, sem a CPMF.... então, porque votar contra o imposto?
Obriga o governo a negociar cargos, emendas.... leva o governo ao fisiologismo. Por que compactuar com isto? Sabem que levará o governo para um caminho errôneo, que prejudicará o país, mas... o importante é ser contra tudo, não é?

Ou seja, o imposto acaba saindo caro ao país de duas formas... Na sua cobrança, e no preço que se paga pela sua aprovação.


E eles se dizem... Oposição construtiva!

Hipocrisia é pouco!

Quanto aos Demos, destes eu nunca esperei nada (de bom), mesmo...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

¿Alguém?

Alguém pode me explicar porque Eduardo Azeredo continua no Senado sem responder a nenhuma representação no Conselho de Ética?
Alguém pode me explicar porque ele não foi capa da veja?
Alguém pode me explicar porque ele diz que a campanha de FHC teve dinheiro de caixa dois e isto não é um escândalo?
Alguém pode me explicar porque por que ninguém do “Cansei” se manifestou contra a vergonha de haver um senador como este ocupando cargo eletivo?
Alguém pode me explicar porque nenhum dos articulistas dos jornalões se exasperou contra Eduardo Azeredo e contra o PSDB?
Alguém pode me explicar porque nenhum dos comentaristas da Globo não ocupou grande parte do jornal nacional para desancar Azeredo, e seu bando, dentre eles FHC, Serra e Aécio?
Alguém pode me explicar porque nenhum dos intelectuais e artistas indignados, não exigem sequer uma investigação no Senado sobre o caixa dois tucano-mineiro?
Alguém pode me explicar porque o PSDB não tem nada a ver com o que aconteceu em Minas Gerais e os governadores José Serra, Aécio Neves e o próprio FHC não têm responsabilidade sobre os fatos, quando todos os dirigentes do PT foram acusados (e já condenados pela mídia) pelo mesmo motivo?
Alguém pode me explicar porque a mídia não diz que isto é um escândalo?
Alguém pode me explicar porque o caixa dois do PT é mensalão e o caixa dois do PSDB é um crime menor, “irrelevante”.
Alguém pode me explicar porque os senadores que auto intitulam-se do “grupo dos éticos” não processou Eduardo Azeredo, criminoso confesso?
Alguém pode me explicar porque a mídia, paladina da moralidade, da ética e da justiça não está denunciando escancaradamente esta safadeza?
Alguém pode me explicar porque a mídia noticia com tamanha discrição qualquer denúncia contra o PSDB e com tanta intensidade contra o PT?

Alguém?
Alguém?
Alguém?

A dívida

Quando FHC, o príncipe dos çábios assumiu, a dívida pública era de cerca de 25%do PIB. Quando abandonou, mais de 60% do PIB.
Hoje, a um custo muito alto, está em 43,1% do PIB, em trajetória francamente descendente.

Não sei se comemoro, porque esta diminuição custou muito caro ao povo brasileiro, mas ao menos não está ocorrendo o que se repetia no governo anterior, quando não se investia (ao contrário, se privatizava), aumentava-se a carga tributária (27 para 35% do PIB), e a dívida pública ainda explodia.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

A Colheita Maldita

Vamos aos números, o que a direita sempre detesta.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) constatou que, de 1995 a 2006, a renda média familiar per capita na região metropolitana de São Paulo caiu 6%, a pobreza cresceu 19,4% e a extrema pobreza aumentou 2,8%.Esses números contrastam fortemente com os do Brasil como um todo no mesmo período, que mostram que a renda cresceu 13,4%, a pobreza caiu 25,8%, e a extrema pobreza sofreu a grande redução de 62%.
Acontece que o estado de São Paulo é governado por certo partido político, já há alguns bons anos. E agora colhe o que este partido plantou.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Direito de Resposta

É de conhecimento de todos, mas não posso deixar de fazer notar o direito de resposta que o governador Leonel Brizola obteve da justiça:

http://www.youtube.com/watch?v=F7x_8ZsOqvM&mode=related&search

Bate forte e bate bonito.

Mittal X Brasil

A Companhia Siderúrgica de Tubarão, depois de sucessivas mudanças administrativas (as tais fusões, que alguns tanto louvam) foi adquirida por um indiano, de sobrenome Mittal. A empresa mudou até de nome, virou Arcelor-Mittal. Mesmo tendo passado por sucessivas mudanças, a empresa nunca havia mudado de nome, dado que este é muito marcante aqui no estado do Espírito Santo. Mas depois que este senhor assumiu a empresa, tudo pode acontecer.

Pois bem, desde o Mittal, a rígida administração que a empresa já exercia foi elevada à enésima potência. Os funcionários são demitidos por motivos quaisquer, sem nenhum tipo de explicação. Um caso que particularmente conheço: foi designada a uma funcionária a tarefa de receber um visitante externo. Pois bem, ela pegou o ônibus que leva até a portaria administrativa (a empresa é muito grande, vários quilômetros de extensão) e lá ficou esperando o visitante, conforme procedimento usual. O senhor Mittal, que estava nas proximidades viu a funcionária e perguntou ao diretor financeiro José Armando o que ela estava fazendo ali. Ele respondeu que, ou ela estava esperando por um visitante, ou estava esperando o ônibus circular interno, que leva até as áreas fabris. O senhor Mittal ordenou que a funcionária fosse demitida imediatamente.

A funcionária, ao retornar a sua área com o visitante, que conseguira, então, passar pela portaria (a passagem de um visitante pela segurança é difícil, por isto ela teve de esperar alguns poucos minutos), chegou a sua área com o dito. E foi comunicada pela sua chefia (que não teve como peitar a decisão hierárquica superior) de sua demissão, após nove anos de trabalho na empresa.
Simples assim, a funcionária foi demitida, por cumprir uma determinação dos seus superiores. E acabou-se.

Todos estão sendo levados a uma carga de trabalho insuportável, que, fatalmente gera mais acidentes. Os funcionários estão trabalhando num clima de tensão insuportável, sendo esgarçados de uma maneira desumana.

E, por fim, o trabalho social que a empresa executava (que já não era exemplar, dado seu tamanho e representatividade aqui no ES) foi sumariamente dirimido.

A empresa (que tem lucros anuais bilionários) havia se comprometido a arcar com uma obra, a construção de uma nova ponte (ponte da passagem), importantíssima para o trânsito de Vitória, que custará 28 milhões de reais. E, o senhor Mittal simplesmente afirmou que não a fará mais. Simples assim, para o indiano.
A prefeitura teve que arcar com os custos da mesma.

É uma lástima que este senhor tenha assumido a administração de uma empresa tão importante para o Espírito Santo. Uma lástima.

Bem, enviarei meu e-mail reclamando das decisões da empresa. Encaminhe também o seu, para que possamos, juntos, pressionar a CST (!) a ter uma ação também social.
Os correios eletrônicos da empresa são: invrel@arcelor.com , Christiano.woelffel@arcelor.com , Paulo.tropia@arcelor.com , Jose.armando@arcelor.com.br, Rogerio.abrahao@arcelor.com

Eu espero que o governo do estado, vendo como é esta administração, que seja menos afeminado no tratamento para com a empresa, especialmente, nos terríveis acidentes de trabalho que os funcionários já sofreram, muitos perdendo suas inestimáveis vidas.
Certa vez, vi, presencialmente, depois de um acidente fatal na área em que eu trabalhava, a polícia intentar preservar o local da morte do funcionário, para prosseguir com a investigação. Mas, a produção não podia parar! E os funcionários da CST tentaram convencer-lhes do contrário.
Os policiais não cederam, porque manter o local era necessário à investigação, para saber as causas do acidente e os respectivos culpados.
Então, o supervisor da empresa repassou o problema para o seu gerente, que telefonou para alguém, que telefonou para alguém, que deve ter lembrado das doações na campanha.... e aí, vocês já sabem...
enfim, eis que surgiu a voz do além e os policiais foram, por decisão superior, obrigados a deixar de executar seu serviço conforme julgavam adequado.

Gostaria de saber se hoje, o governo estadual agiria com tamanha pusilanimidade.

Devo frisar: este evento ocorreu quando o Espírito Santo já era governado pelo senhor Paulo Hartung.

sábado, 22 de setembro de 2007

Uma Ótima Notícia

Vocês podem até ver o que falarei agora na imprensa, numa notinha perdida lá em algum canto obscuro do jornal, já que para esconder este tipo de dados, estamparão eternamente se preciso for Renan Calheiros na capa.
Será preciso lupa, entretanto, para verem.

Mais de 14 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza durante o mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva, nos últimos quatro anos.
Investimentos convictos em programas sociais extremamente bem-sucedidos (para desespero de alguns articulistas, dentre os quais, Elio Gaspari), estímulos a poupança interna, direcionamento do BNDES para o que deveria ter sido em toda sua história: alavancar o desenvolvimento. E não financiar privatizações; lei das falências, aumento real do salário mínimo, queda nas taxas de juros, etc., fizeram este quadro positivo.
É um feito histórico. 15% dos pobres superaram a linha da pobreza no último ano, e tudo indica que este ano será melhor ainda.

A redução da pobreza média no primeiro mandato do governo Lula foi de 8,47% ao ano. A média dos governos FHC foi de 3,14%. Como Lula assumiu um país quebrado, e hoje a economia está muito diferente da que ele recebeu em 2003, tudo aponta para uma redução ainda mais expressiva deste número de agora em diante e, uma média ainda maior ao fim do segundo mandato.

E os neoliberais, coitados? O que dirão disto?

Bem, eles esconderão estes números por trás de alguma denúncia.

Mas não bastará, a população sente que este governo é muito melhor.
Não dá pra esconder tudo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O Culpado

Nossa querida mídia conseguiu mais uma de suas enormes proezas...
Ao tratarem sobre o tucanoduto mineiro, um crime bastante similar que acometeu os petistas, eu já desconfiava que não haveria “faca no pescoço” de ninguém. Mas a querida mídia conseguiu mais... conseguiu encontrar o sujeito atrás dos fatos, o grande culpado.... não é o senador mineiro Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB. Claro, como poderia ser ele? Não é o ex-presidente FHC. Claro, não poderia ser ele a “persona” oculta beneficiária do sistema. Não poderia ser Aécio Neves, governador tucano, claro que não poderia.
O grande culpado é... Walfrido Mares Guia, ministro da coordenação política, que é um dos acusados.

Olha, não deveria dizer porque já é óbvio demais, mas a mídia brasileira é mais do que putrefata. Para chegarem a ser podres, folha, globo e jornalões afins ainda teriam de melhorar muito.

É inacreditável a cara de pau desses sujeitos.

Que lástima, Brasil, que lástima!

O Ensino tucanês

Frase da escritora Marilene Felinto, na caros Amigos do mês de setembro:
"O tucanato é especialista em formar semi-analfabetos com diplomas de ensino médio".

Vale do Rio Doce

Por única e exclusiva falta de tempo deixei de postar aqui um comentário sobre o referendo da Vale. Nenhum veículo da grande mídia cobriu adequadamente o referendo. E não por falta de tempo, tenho certeza.

Bem, voltemos à era FHC, este período tão sombrio de nosso país. Em maio de 95, a Vale informou à Securities and Exchange Comission (SEC), uma espécie de entidade fiscalizadora do mercado acionário estadunidense, que as reservas que possuía de minério de ferro contabilizavam no sistema sul (Minas Gerais, basicamente) 7,918 bilhões de toneladas. No edital da maldita privatização, constavam 1,4 bilhões de toneladas. As 6,518 bilhões de toneladas que desapareceram, devem estar enterradas no quintal de FHC. Pra não dizer que estão enterradas em determinado orifício deste senhor.
No sistema norte (as minas de Carajás, localizadas no Pará) informaram à SEC que as reservas eram 4,97 bilhões de toneladas. No edital de privatização, informaram 1,4 bilhões de toneladas. FHC colocou as 3, 57 bilhões de toneladas em algum outro lugar. Talvez dentro de Miriam Dutra.
O banco (instituição divina) Bradesco foi quem montou o edital de venda da companhia, para, depois, convenientemente, tornar-se um dos seus controladores, o que é proibido por lei. Mas a lei, no Brasil, só é para alguns, como sabemos. Para os que têm a “faca no pescoço”. E não haverá “faca no pescoço” do Bradesco, né, grande mídia?
O Bradesco, juntamente com a corretora Merril Lynch deram um preço para a Vale (que foi vendida pelo preço mínimo). Pois bem, eles mesmos, depois, compraram partes da Vale (o presidente da Vale, Roger Agnelli, foi dirigente do Bradesco por mais de vinte anos). Mas como pode isto num país civilizado, STF? Onde estava você, Nélson Jobim? Estava tomando banho de piscina com FHC? Onde estava você, Marco Aurélio Mello? Estava soltando algum corrupto?
Ora, o que estas empresas fizeram foi mais ou menos o seguinte: eu quero comprar um carro que vale 100 mil. Mas eu sou o corretor do carro e eu avalio o quanto ele vale. Daí, afirmo que ele vale apenas 3 mil. Algum babaca acredita nisto e vende a 3 mil. Eu, o espertão, vou e compro o carro, claro!
Isto tudo a olhos vistos... mas onde estava o “senhor combate a corrupção”, o “senhor contra a impunidade”, Marco Aurélio Mello? Onde estava?

E há outras terríveis irregularidades nesta que foi a jóia máxima da privataria. De acordo com a constituição (que só foi respeitada quando o convinha por certo governo) as reservas de urânio são de propriedade exclusiva da união, logo, não poderiam ter sido vendidas. A exploração mineral na faixa da fronteira não pode ser realizada sem aprovação expressa do congresso nacional, o que também não ocorreu.
A Vale tem terras somadas que atingem o estupendo valor de 26 milhões de hectares (a soma das áreas dos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba). De acordo com o Código Penal Militar é proibido a não-brasileiros possuir mais de 2000 hectares sem aprovação do senado e das forças armadas, o que obviamente não aconteceu. Mas, para o capital internacional, que comprou a Vale a preço de banana, a lei brasileira só Vale para “garantir o direito a propriedade privada”. Só para isto. Onde estavam os patriotas brasileiros, vendo este atentado contra a nossa soberania? Os estrangeiros, que detém 65% das ações preferenciais (que possuem preferência na distribuição de lucros) comandando uma área tão grande de nosso país e tudo fica por isto, mesmo???? Afora o fato de estarem, efetivamente, sugando nossas riquezas não-renováveis para encherem seus bolsos.
É tudo uma lástima. Os processos estão correndo, mas dificilmente darão em alguma coisa, até porque, a “faca no pescoço” que a mídia pode colocar, será para ir (como sempre) contra o povo. Farão pressão, caso necessário, para que os juízes aceitem esta afronta contra nossa constituição e nosso país.
Acredito que a mídia nem precisará por a “faca no pescoço”. Farão o contrário, como tantas vezes fizeram no governo do príncipe dos çábios: um silêncio ensurdecedor, para que tudo passe rápido e ninguém perceba.
Alguns perceberam para azar deles. Não todos que deviam para azar nosso.

Movimento dos Sem Mídia (MSM)

Seguindo o blogueiro Eduardo Guimarães, estou aqui fazendo uma propaganda do seu blog http://edu.guim.blog.uol.com.br/ em sua correta e brava luta sobre o problema da mídia em nossos dias.
Eduardo organizou um protesto em frente à Folha de São Paulo, no Movimento dos Sem Mídia (MSM), forçando um importante debate sobre os meios de comunicação, que calam certas vozes e exponenciam a importância de outras, notadamente da direita política e econômica.

Num evidente esforço para realizar um movimento mais compacto, corpóreo e intenso, o blogueiro tem clamado por apoio e está tentando organizar o movimento.

Uma de suas ótimas idéias foi pedir para enviarmos correios para a Folha cobrando porque ela não deu uma reportagem sobre o protesto que aconteceu em frente a sua sede e, especialmente, não ouviu o que eles tinham a dizer, não quis saber.

Os correios para reclamarmos são: ombudsman@uol.com.br , editoriais@uol.com.br , painel@uol.com.br , elianec@uol.com.br , crossi@uol.com.br , mag@folhasp.com.br , gdimen@uol.com.br , nelsondesa@folhasp.com.br

Eu já mandei o meu.

Vamos juntos e unidos, companheiros, porque assim nós temos força.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Correlação de forças

Uma das coisas que mais me incomodam no governo Lula é a conciliação. Acho um erro.
Por exemplo, a nomeação de Direito para o STF, foi saudado por Ali Kamel (¡que jornalista!) como uma demonstração da sensibilidade do presidente, já que nomeou uma pessoa decididamente conservadora. Segundo Kamel, Lula respeitou a correlação de forças da sociedade brasileira, nomeando alguém de um espectro político diverso.
Mas por que, pergunto eu, o presidente Lula tem de respeitar “a correlação de forças” da sociedade brasileira, nomeando alguém de direita, quando FHC não respeitou nada, seguiu uma cartilha totalmente de direita, desrespeitando imensamente a tal “correlação de forças”?
Por que, quando alguém de esquerda está no poder (mesmo que o presidente não se diga de esquerda, pelas suas ações e nomeações, especialmente no campo social, depreende-se isto), há de se nomear alguém de direita e, já o contrário, nem se sonha?
Ou FHC não nomeou o seu próprio ministro da justiça para o STF? Àquele, com quem tomava deliciosos banhos de piscina no palácio da Alvorada?

Por que seguir a tal “correlação de forças” só agora? Por que só agora ela passou a existir?

Não carece respeitar correlação nenhuma. Carece é tomar as medidas mais necessárias ao povo: Diminuir a taxa de juros, aumentar investimentos em produção e em infra-estrutura, desonerar atividades que geram emprego, fazer com que o crescimento econômico ocorra com distribuição de renda, prover os meios para que outros grupos de comunicação surjam, dar mais crédito (e com juros menores) a quem queira produzir, conduzir maior concorrência no meio bancário através dos bancos públicos, controlar a inflação por outros meios, que não a taxa de juros, etc.

O Grande

Marco Aurélio Mello – O grande, afirmou em entrevista ao Valor econômico que “faltou uma faca no pescoço” do senado para que este votasse pela cassação de Renan Calheiros.
Em outras palavras, mais um ministro do STF afirma que a imprensa definiu o resultado da aceitação da denúncia do mensalão.
Peço desculpas pela repetição, mas que lástima.
Que lástima!

O Rentismo

Já começou a velha cantilena tratando do "PIB potencial", ou seja, o máximo que o Brasil poderia crescer sem pressões inflacionárias.
Verdade seja dita, é apenas interesse do rentismo em continuar se locupletando com o dinheiro do povo.
Inúmeros “grandes” economistas já disseram em grandes jornais que o tal “PIB potencial” era de, no máximo, 5%. E, o Brasil tem crescido exatamente este valor e as pressões inflacionárias não estão desembestando o cavalo da inflação. Por motivo óbvio, a pressão que exercem os produtos estrangeiros no Brasil.
Será uma lástima se o BC interromper a queda na taxa básica de juros, dado que os EUA, o propulsor da crise nos mercados mundiais, não está assim tão preocupado com a própria crise e, discute se a sua taxa (5,25% ao ano) deve ser diminuída.
Nós temos mais do que o dobro da taxa deles (11,25%) e alguns çábios dizem que já passou da hora de parar.
Uma lástima.

Salvatore dos Corruptos

E eis que Salvatore Cacciola volta as baias.... quem se lembra dele? Será que algum tucano se lembra?
Vamos viver, já que recordar...

Gustavo Franco, o neoliberal-mor, homem das contas CC-5 e do início da estratosférica taxa de juro brasileira era o presidente do BC. Ele era contra a desvalorização do real e, contra o câmbio flutuante. O problema era que as contas brasileiras estavam em dissolvência. Com o real valendo quase o mesmo que o dólar, as reservas internacionais haviam minguado e o Brasil estava a beira de dar um calote. Era óbvio que o Brasil necessitava desvalorizar o real, porém, era época de campanha e o Brasil ter uma moeda tão “forte” quanto o dólar era um motivo de orgulho nacional e o precípuo cabo eleitoral de FHC.
O PT (Partido Temível) durante toda a campanha alertou para a necessidade de se desvalorizar o real, porém, o PSDB (partido dos çábios) dizia que os vermelhos estavam era jogando contra o país, como já tinham desacreditado o real em outros tempos. Na verdade, o real estava desacreditado realmente, quando o PT alertou isto. Foi desacreditado pelo Ricupero, desastroso ministro da fazenda. Até que Ciro Gomes assumiu o ministério da fazenda e acertou a coisa toda. Teve um custo este acerto (aumento das importações e quebradeira das empresas nacionais), mas a inflação foi debelada.

Pois bem, FHC não desvalorizou o real e foi reeleito no primeiro turno. 12 dias depois de tomar posse o príncipe desvalorizou a moeda, o que tinha prometido e reprometido e reprometido tão convictamente não fazer na campanha. Foi o segundo maior engodo eleitoral da história (o primeiro foi o plano cruzado).
Mirian Leitão, (a controladora-geral do Brasil, nas palavras de Paulo Henrique Amorim) acreditou que Ele não desvalorizaria a moeda, Roberto Marinho acreditou Nele e outros também. Uso letra maiúscula já que FHC julga-se divino. E muitos concordam. A revista veja, particularmente.

Bem, mas vamos aos detalhes de nossa história, que é o que realmente interessa.
Antes da maxidesvalorização Gustavo Franco foi catapultado do cargo e em seu lugar assumiu Francisco Lopes. Alguém (¿quem será?) começou a vender informações a dois bancos, Marka (do Cacciola) e ao FonteCindam. Os grandes bancos sabiam que o BC necessitava desvalorizar o real e começaram a comprar dólares. O BB e a Caixa (por motivos políticos) foram proibidos de fazê-lo, e tomaram um prejuízo de bilhões de reais. Mais uma que a população teve que arcar.

O banqueiro Salvatore Cacciola tinha informações de que a desvalorização ainda não ocorreria e, não comprou dólares. Este alguém não conseguiu avisar a tempo aos banqueiros do Marka e do FonteCindam que o real seria desvalorizado. O que era óbvio acabou acontecendo, o real foi desvalorizado e estes dois bancos que (assim como inúmeras empresas brasileiras) tinham dívidas em dólares, viram sua dívida duplicar do dia para noite. Acabaram quebrando. Mas, banco no Brasil não pode quebrar! Armínio Fraga, o sweet baby do megaespeculador George Soros havia acabado de assumir a presidência do BC (rotatividade do cargo maior do que a de técnicos de futebol). Ele, juntamente com alguns outros çábios (ou çábias, já que junta-se a ele Tereza Grossi, ex-diretora de fiscalização do BC) decidiram que o país assumisse o prejuízo destes dois bancos. Como? Venderam dólares ao preço anterior da desvalorização. O Brasil, do dia para a noite, perdeu dois bilhões de reais (valores da época). Assim. Simples assim, bilhões de reais se vão e tudo fica por isto mesmo. Justificaram o prejuízo afirmando que havia o risco de uma quebra “sistêmica” nos bancos. Sabe-se lá quem eram os bancos Marka e Fontecindam e qual era a importância destes para a população. Mas banqueiros no Brasil... não são réles mortais...
Cacciola foi ajudado com bilhões de reais. Foi processado e condenado. Mas aí veio Marco Aurélio Mello, o soltador-geral da república, este que tem tantas palavras a dizer sobre corrupção, sobre mensalão, sobre impunidade. Este que acabou de soltar bicheiros que, segundo ele, não estavam numa ação “delitiva”. Os bicheiros tiveram de ser presos novamente pela polícia federal (àquela, criada no governo Lula), em flagrante. Veremos se ele os solta de novo, para que possam bater asas em seus vôos rasantes sobre a política nativa.
Pois bem, Cacciola pegou o hábeas corpus do Marco Aurélio Mello e foi viver na Itália, o que era mais do que óbvio que faria.
Como tem dupla cidadania, ele não pôde ser extraditado. Italianos não são extraditados para serem julgados fora do seu país de origem, assim como brasileiros.
Ao dar uma passeadinha em Mônaco, Cacciola acabou preso pela interpol.

Bem, restam-me dois desejos. O primeiro, ver se alguém que deveria investigar o Brasil aproveitará a oportunidade e quererá responsabilizar quem deu tanto dinheiro do povo aos bancos.

E o segundo, torço para que o processo não caia nas mãos de Marco Aurélio Mello. Este grandecíssimo senhor, nomeado pelo ex-presidente Collor de Mello (seu primo) para o STF. Porque aí, o filme já está batido. Mello soltará o banqueiro e em seguida dará uma entrevista para a mídia se lambuzar com suas palavras sobre impunidade.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Renan - O Desprezível

Renan Calheiros, presidente do senado, não foi cassado, por enquanto. Absolveu-se, graças a votos do PT (que de maneira imperdoável, se absteve!) e algumas traições da oposição. Espanta-me o PT sujar o seu nome para defender um político como Calheiros. Espanta-me, ainda.
Da oposição, é claro, eu não espero nada. Nada de íntegro, ao menos.

Renan, todavia, não é a figura demoníaca que alguns tentam retratar. Um bom exemplo de que isto é mentira, foi o fato de que, como presidente do senado, impediu que o tão elogiado ministro da defesa Nélson Jobim, a época presidente do STF, juntamente com o presidente da câmara Severino Cavalcanti (quele eleito pela oposição construtiva), assinassem em conjunto uma medida administrativa que quase dobraria o salário das duas casas legislativas. Renan barrou a medida, deixando que os putos fossem conseguir o aumento no plenário, e não por baixo dos panos. Jobim e Cavalcanti sairiam chamuscados, se se importassem com isto. A medida acabou não sendo votada. Renan não precisava deste aumento. Tinha outras fontes de renda, como é sabido.... rs.

Renan não foi cassado, também, porque como ministro da justiça de FHC colecionou preciosas informações sobre grande parte de senadores e ex-senadores, que, agora e sempre, comem na sua mão.
Que Renan é corrupto, isto é sabido por todos. Ninguém consegue com um salário de político angariar honestamente o patrimônio milionário que ele conseguiu. A questão, é que tem de se provar de onde veio o dinheiro roubado. Isto, os senadores que o investigaram, não conseguiram provar peremptoriamente. No máximo, conseguiram afirmar que o dinheiro que ele diz ter conseguido por meio de venda de gado não foi plenamente comprovado. Mas, ora, cabe a eles provar que o dinheiro conseguido por ele é ilícito, e não o contrário! Aí eles se perderam e, a cassação que seria por motivo óbvio, ocorreria sem ter uma prova óbvia.

A coisa que mais me incomoda, disto tudo, é que, caso Renan Calheiros tivesse renunciado a presidência, o caso teria sido abafado. Isto me incomoda. Peguemos o exemplo de Romero Jucá, este líder do governo no senado tanto nos governos FHC quando no de Lula (!). Para ser ministro da previdência do governo, ele não prestou. Capas de jornais, muitas acusações, processos que pesam contra ele (já de algum tempo), escândalo, e tal. Saiu do ministério e voltou pro senado, onde está há muito tempo. Estando lá, a imprensa parou de incomodá-lo. Ué, pra ser senador ele presta, mas pra ser ministro, não? Como? Não deveria ter continuado a pressão? Por que parou?
Na minha opinião, insinuam inadvertidamente que o senado é uma casa, por assim dizer, possuidora de uma luz de cor primária, a qual misturada a outros tons pode facilmente conseguir-se o laranja e o roxo. Todo mundo insinua isto. Inadvertidamente, ou não.

A verdade é que se Renan tivesse renunciado à presidência da casa as coisas teriam ficado muito mais fáceis para ele. Aí é que está a grande diferença entre ser inteligente e ser esperto. Ele só é esperto.
Deixou pra se licenciar depois do processo. Se perdeu nesta.

domingo, 9 de setembro de 2007

Direito é de direita

Não vejo com bons olhos a nomeação de Carlos Alberto Direito para o STF. A despeito do notório saber, ter um representante sobejamente conservador numa corte que já é conhecida pela sua aversão e distância ao povo, não é algo que me acalenta.

Além do mais, entrar de um jeito tão atabalhoado como entrou, tendo que aposentar ministro mais cedo para que pudesse ser indicado (Direito completaria 65 anos de idade e não poderia asumir o "trono").

Concessão atrás de concessão ao conservadorismo, ao atraso, aos reacionários, aos responsáveis pelo atraso em nosso país. Não que o ministro escolhido seja ruim, mas muitos que efetivamente o são sentiram-se representados com sua nomeação. Uma lástima.

Além do mais, substituindo Sepúlveda Pertene, um dos ministros mais progressistas da história do STF... é uma pena. De qualquer maneira, ficam registrados meus parabéns ao ministro que sai.

Só não chorarei muitas mágoas com a nomeação de Direito porque ele ficará poucos anos no STF (a aposentadoria compulsória é aos 70 anos).
Já é alguma coisa.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Não quis saber

Nunca no Brasil foram presos os corruptores. Quando muito, os corruptos.
Por que não chegar aos donos do dinheiro, efetivamente? Não tem interesse nisto? Por que o procurador- geral da república Antonio Fernando de Souza, tão afeito a entrevistas, não procurou saber de onde vinha o dinheiro que financiou o suposto "mensalão"???
Não aventou procurar isto, o çábio?

Ficou com medo do que? Encontrar algum Daniel Dantas bancando Marcos Valério?

É melhor ser cego

Os editoriais de ontem do globo compõem o resumo básico da tragédia da imprensa brasileira.
No primeiro, num arroubo de saudosismo de tempos mais obscuros, o jornal diz que a presença do presidente no lançamento de um livro sobre os mortos da ditadura foi uma provocação desnecessária, dentre outras tantas coisas que nem tenho a paciência de descrever, tamanha a excrescência das palavras ali descritas.
Para que a globo, saudosa do desastroso regime militar, que ajudou imensamente que se começasse e, especialmente, consolidasse esta tragédia, entenda: o presidente não deve satisfação a nenhum militar. O contrário ocorre. Eles são subordinados ao comandante em chefe das forças armadas, que é o presidente da república, eleito pelos brasileiros. Eles que se situem. Se não quisessem passar por “constrangimentos” como estes, que os bastardos não tivessem arquitetado o golpe, dado o golpe, não tivessem acuado, constrangido, torturado e assassinado os seus concidadãos. Que não tivessem feito isto. Agora, querem o que? Não gostam de ser constrangidos pela verdade?
Os alicerces da globo foram construídos sobre o sangue dos brasileiros que não aceitaram o golpe que depôs um governo legítimo.

O segundo editorial exalta a decisão do STF, caracterizando-a como algo muito importante, isento e louvável. Nem preciso me delongar sobre quais foram as provas que o STF considerou no julgamento: as capas e o conteúdo dos jornais.

Alterando o ditado, acho que às vezes é melhor ser cego do que ler certas coisas.

Poder Paralelo VS os 3 Poderes da República

A verdade é que os denunciados já foram condenados muito antes do processo. A mídia alimenta a sede do povo por "justiça", e, pretende sacia-la com este julgamento.

Crê-se tanto que o Brasil é só um País de corrupção que ao menor burburinho a "letra escarlate" da corrupção já é pregada no peito de quem for. Afinal, só é divulgado corrupção, acidentes ou futebol no jornalismo nacional. Só perdas.

É natural crer, assim, que o país está assolado, e, que algo antes de ser verificado pelas pessoas competentes, já foi julgado e executado por quem não é competente e nada imparcial. Até porque quem (jornais a fora) defende e age sob o rótulo de que o povo tem que saber, não tem imparcialidade alguma, já que está cingindo sua ação para obter um resultado específico, e, desse modo, terá que crer piamente que tem que ser encontrado algo errado. E, por fim, cego nesse objetivo não conseguirá enxergar quando o fato disser o contrário.

Até porque crer inocentemente, que este objetivo acima é verídico em sua totalidade, é por demais ingênuo. Vide as RCTV's da vida.

Portanto, o jornalismo que alimenta a fome da justiça pretende saciá-la. Escondendo na verdade o imenso jogo de Poder que se esconde por trás disso tudo. Uma luta de quebra de braço incessante. Diria até que seria um lobby sem conteúdo econômico. Que pretende mostrar que ninguém está a salvo, nem mesmo quem está investido de Poder e legitima somente o único Poder que deveria existir em um Estado de Direito.

Mas os fatos vem demonstrando o contrário. Que existe um Poder Paralelo. Que não está vinculado ao Estado. E que não age à margem da lei. Mas, em verdade, age com autorização para transmistir o seu sinal de tv. Poder Paralelo que vem mostrando que não existe só os 3 Poderes da República (Executivo, Judiciário e Legislativo). Existe um Poder que pretende revelar o que significa o vocábulo "poder", exercendo-o em toda sua plenitude.

Será este um atentado contra à Soberania do Estado de Direito? Há um Estado Paralelo ilegítimo dentro do Estado Brasileiro?

Deixemos que o STF se manifeste em sua Sentença.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

A Ditadura da mídia

Em conversa telefônica na noite de anteontem, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), reclamou de suposta interferência da imprensa no resultado do julgamento que decidiu pela abertura de ação penal contra os 40 acusados de envolvimento no mensalão. "A imprensa acuou o Supremo", avaliou Lewandowski para um interlocutor de nome "Marcelo". "Todo mundo votou com a faca no pescoço." Ainda segundo ele, "a tendência era amaciar para o Dirceu".

Esta é a reportagem da folha de hoje, ou seja, de uma das "acuadoras".

Nós estamos vivendo uma verdadeira ditadura da mídia. Ela acusa, julga e executa. Outros ministros do STF vieram a público dizer que não sofreram nenhuma interferência. Eu acreditei neles, claro. Como também acredito no papai Noel, na mula sem cabeça e no saci pererê.
A verdade inconteste é que foi a mídia quem julgou os acusados. Até cego está vendo isto.
Esta declaração, aliás, não acalmará os seus ânimos. Agora que eles têm a prova cabal de seu poder, eles acirrarão ainda mais os brios, prontos para submeter, acuar e constranger qualquer um dos que ainda não são sabujos.

Se o próprio STF, órgão judiciário máximo do país se deixa levar por estes calhordas, faço a pergunta: o que resta de nós? Em qual órgão da justiça (?) podemos confiar?

O que posso afirmar, peremptoriamente, é que tudo, tudo o que envolve política e judiciário, é uma lástima.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Socialismo para os ricos

Recentemente podemos ter uma linda amostra da ditadura que os especuladores impõem as economias dos países. Desejando uma rentabilidade acima da média, depois de muitos sucessos em tal intento, eles obtiveram os fracassos, que num negócio arriscado, fatalmente haveriam de ocorrer.
Porém, somente quem investe e gera empregos pode ter prejuízo. Especuladores sempre têm que lucrarem, esta é a regra do jogo. Então, os bancos centrais de países riscos investiram dezenas de bilhões de dólares para conter a “falta de liquidez” de determinados papéis, absorvendo o prejuízo dos ilustres especuladores. Só o banco central europeu (BCE) injetou 55 bilhões de dólares extras no mercado.
Ou seja, estão inventando um novo tipo de socialismo, destinado somente aos abutres do mundo. Todos nós, reles cidadãos mortais, podemos ter prejuízo com qualquer negócio que empreendemos seja uma microempresa, um restaurante, uma loja, enfim, qualquer coisa. Podemos falir com nosso negócio, podemos ter de vender nossos bens para arcarmos com quaisquer eventualidades, estamos postos a toda prova. Agora os especuladores, estas figuras irrepreensíveis dos nossos dias, estes não!!!

Assim eu também quero. Quando lucro muito por negócios arriscados, o lucro é meu, eu me arrisquei. Quando tomo por prejuízo ao correr tal risco, o ônus é dividido para todos os cidadãos.

Isto tudo correndo às claras, como se nada de podre estivesse acontecendo... Será que só eu me revolto com isto?

CPMF

Num país como o Brasil, onde quase se paga imposto por respirar, é difícil defender qualquer “contribuição”, como esta, a contribuição provisória sobre movimentações financeiras. Insiro aspas na palavra porque contribuição sempre me leva a crer que seja algo espontâneo, o que não é, definitivamente, o caso.

Pois bem, não obstante isto, a CPMF, que está para ser prorrogada, é mais do que essencial ao governo (isto todo mundo sabe) e, na minha opinião, é um dos impostos mais justos que há. Apesar da taxa ser a mesma (não ser progressiva conforme a renda), ainda sim, acredito que seja um dos melhores impostos, pois afeta sobremaneira quem possui mais renda. Por isto há tanta gente reclamando dela. Quando algo afeta os ricos do país, ah...

O nome da contribuição, aliás, poderia mudar, mas a sigla permaneceria a mesma. De “Provisório” para “Permanente”.

Não poderia deixar de citar, porém, que para que minhas palavras estejam corretas, o pagamento da CPMF deve incidir, também, sobre a bolsa de valores. Instituições que são, atualmente, o próprio câncer do mundo.

A Bezerra de Ouro

O ex-senador Joaquim Roriz disse que pegou emprestado 1,9 milhões de reais com o presidente da Gol, Nenê Constantino, porque este último não tinha trocado:
- O que eu posso fazer se ele só tinha o valor inteiro? - afirmou o nobríssimo senador. Afirmou ainda, que o dinheiro utilizado era para comprar um bezerro.
Bem, suponho que os adoradores do bezerro de metal fundido, o famoso bezerro de ouro do velho testamento já podem ficar tranqüilos, pois ele foi achado. Só falta agora, mesmo, encontrar a tábua dos dez mandamentos.

Sujeito Determinado VS Sujeito Oculto

Acusam o povo das camadas mais baixas da sociedade de burros, de ignorantes e que se deixam manipular facilmente por programas sociais, chamados de bolsas ou vales etc.

Mas como podem ser chamados de ignorantes pelo fato de elegerem um político que lhe dá toda esta assistência? São mesmo estúpidos o suficiente ao votarem em alguém que olham para elas? Que desenvolve programas sociais para lhes dar assistência?

Afinal, porque são mais ignorantes do que as pessoas de classes mais “altas” que também votam nos políticos que defendem os seus interesses pessoais? Será que o que adjetiva os eleitores como facilmente manipuláveis é o fato de possuírem mais ou menos bens? Ou certamente o fato de que ambos têm interesses e votam naquele que lhes atendem?

O rico é menos manipulável porque vota e promove a campanha de um político que atenderá seus interesses políticos (seja através de lobby ou não)?

Ou o pobre é mais manipulável e burro por votar em alguém que atenderá as suas necessidades mais básicas? Vejam só, antes ele era esquecido politicamente. Mas quando vota em alguém que promove programas básicos para atender a necessidades como a fome, passa de um ser oculto politicamente para ser adjetivado de vitima de um assistencialismo.

Pelo que se vê, ter bens é um fator na política para distinguir os eleitores de vitimas de assistencialismo de não-manipuláveis. Apesar de ambos terem seus interesses pessoais legítimos para votar e promover a campanha de um político. Interesses os dois têm. E lutar por eles é normal.

A diferença é que o rico tem maior poder econômico (vide o lobby). E o pobre só pode contar com seu voto.

Desconsiderar que tanto um quanto o outro tem interesses políticos é negar a essência de qualquer eleitor.

E crer que, por um possuir necessidades mais básicas que o outro “tipo” de eleitor, ele pode ser chamado facilmente de vítima de políticos inescrupulosos assistencialistas, é aceitar o fato de que o outro “tipo” de eleitor ao defender seus interesses despojados de motivos egoísticos não está, na verdade, nem aí para os eleitores de camadas baixas. E que, quando, eles passam a votar nestes “políticos assistencialistas” eles são atacados pela democracia desenfreada, passam de sujeitos políticos ocultos para vítimas de programas sociais.

Ou seja, pobre não pode votar com interesses, assim como o rico, sem ser chamado de burro e ignorante.

Pois, atender interesse de rico é aceitável politicamente, e, nunca importará em política pública desinteressada, porém, atender interesses de pobres significa manipulação, assistencialismo, seja lá qual for os outros sinônimos para o caso.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A revolução não será televisionada

Certa vez li uma reportagem na revista Outracoisa que tinha como título “A Revolução não será televisionada”. Logo pensei, com certa tristeza, que era um sonho distante, apenas uma frase de impacto que carecia de sustância real. Linda, mas inexequível. A televisão impede qualquer revolução.

Basta ver o Araguaia, o único local onde houve um foco de resistência digno deste nome durante o regime militar. Houve lá porque não havia televisão. Quando os guerrilheiros socialistas se instalaram, ajudaram a população da forma que podiam, na construção de casas, no arado, trataram de doenças da população (havia estudantes de medicina dentre os guerrilheiros, que, aliás, eram mulheres), ajudaram na colheita, enfim, agiram como socialistas. Quando os militares chegaram, humilharam pais de família, constrangeram, ameaçaram, torturaram, mataram, enfim, agiram como militares.

Agiram tão bem como militares que muitos camponeses que sequer sabiam o que era comunismo ingressaram na guerrilha, dado o ódio angariado pelos militares pseudo-patriotas.


Ao acabar de ver os vídeos em http://br.youtube.com/watch?v=aQu8ic0WRXo&mode=related&search , que mostram como aconteceu o golpe que destituiu Hugo Chávez, vi que a frase tinha, sim, um sentido muito forte. Foi feliz quem nomeou os arquivos, porque eu nunca havia visto algo sequer semelhante em nenhum meio televisivo sobre o golpe da Venezuela.
O vídeo demora cerca de uma hora, quando tiverem tempo, aconselho imensamente que assistam. São dez vídeos (as continuações estão num quadrinho ao lado, 2/10, 3/10, etc.), que demonstram como se sucedeu um golpe de estado, fato que já aconteceu no Brasil em 64 (ano maldito) e quase aconteceu em 2005/06.


É engraçado quando leio alguns veículos “jornalísticos” daqui do Brasil acusando Chávez de ser um ditador. Muito engraçado, porque ele foi eleito democraticamente (eleição que conta com observadores internacionais que referendaram a lisura da votação, diferentemente de outra, de um certo grande país), porque seguiu estritamente a constituição do seu país ao não prorrogar a concessão de uma emissora (esta sim) sabidamente antidemocrática, sabidamente golpista, que clamou por um golpe, que apoiou de todas as formas quando foi executada esta tramoia para retirar um governo eleito pelo povo venezuelano do poder.

Ao assumir, Chávez teve a disposição de partir para o embate contra as forças econômicas constituídas, e venceu. O presidente Lula não quis fazê-lo, preferiu negociar. Não é certo o que aconteceria, não é certo que o presidente teria o apoio dos brasileiros como Chávez teve dos venezuelanos, aqui a correlação de forças é outra.

Independente do resultado, porém, acredito eu, que Lula com certeza conseguiu e conseguirá realizar uma quantidade muito menor de feitos que o seu colega venezuelano. Ao menos (provavelmente) conseguirá finalizar o seu mandato.

Até aonde as concessões valeram a pena, até onde compensava ter partido para luta, é um questionamento que não encontro resposta.