terça-feira, 23 de outubro de 2007

Os Grandes

O Magnífico judiciário brasileiro, na construção de três prédios, gastará a fabulosa soma de 1,2 bilhão de reais. Isto, mesmo. Em três prédios, mais de 1 bilhão de reais.
Um dos palácios será a sede do TSE, que custará 336, 7 milhões de reais. Este local servirá, basicamente, para que o senhor Marco Aurélio de Mello, O Grande, reine e dê suas entrevistas intermináveis e lamentáveis.

O Grande defendeu a construção dos rocambolescos palácios para os grandes de nossa pátria. Ele afirmou ao globo que a obra do TSE é necessária para “realizar a solenidade de posse do presidente eleito”.
Mais de 300 milhões de reais para dar posse ao presidente.
Uma vez a cada quatro anos.
O Grande Çábio não poderia imaginar em utilizar um dos inesgotáveis salões do congresso, ou do próprio STF para dar posse? Não poderia ter esta idéia brilhante?
Ele não poderia contratar um salão de eventos? Bem, digamos que alugassem o melhor salão do Brasil. E este salão, será alugado por um valor altíssimo, 1 milhão de reais. Ainda assim, teriam de alugar o salão 336 vezes. Supondo que o dinheiro não renderia, eles dariam posse a 336 presidentes, ou seja, demorariam mais de 1300 anos para gastar esta soma. 1300 anos!
Será que o senhor Marco Aurélio de Mello, O Grande, sabe contar?

“O Grande” não tem senso do ridículo?

Quem “os grandes” pensam que são, poderíamos perguntar?

São os nossos reis, os nossos califas, os nossos emirs, os nossos rajás, os nossos czares, os nossos faraós, os nossos xeques, os nossos margraves, os nossos grão-duques, os nossos senhores feudais, os nossos sultões, os nossos veneráveis, os nossos Yang di-Pertuan Agongs, os nossos nababos, os nossos marajás, os nossos infantes, os nossos mestre-conselheiros, os nossos aiatolás, os nossos tzares, os nossos voivodias, os nossos paxás, os nossos caisers, os nossos suseranos, os nossos césares, os nossos califas, os nossos xás, os nossos grão-mestres, os nossos samorins, os nossos daimyos, os nossos imperadores...
São os membros do judiciário brasileiro!

Dada sua arrogância inesgotável, eles precisam deste tipo de construção para que se sintam entronizados.

Tenho uma pergunta a fazer. Dada a exorbitância das obras, já não seria o caso, Marco Aurélio Mello, Ó grande magnificência, de que caso sua esposa venha a falecer, ser construído um Taj Mahal para ela?

Acho que “O Grande” não poderá me responder. Ele deve estar ocupado.
É lógico que não estará ocupado trabalhando. Deve estar ocupado dando a enésima entrevista para a mídia golpista.

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