Mais uma daquelas ironias mórbidas... O PPS, antigo PCB, apresenta proposta para acabar com o imposto sindical. O imposto é crítico para a manutenção dos sindicatos. Afinal de contas, muitos patrões sequer contratam alguém que seja sindicalizado, ou, quando grande parte do quadro efetivo é sindicalizada, eles atuam de maneira a beneficiar somente os que não são sindicalizados, dividindo e enfraquecendo a todos. Muitos são os casos de trabalhadores coagidos, forçados a passar por toda a sorte de humilhações por conta do serviço. Pois bem, os sindicatos são as entidades mais atentas, que tem mais representatividade e proximidade com os trabalhadores para impedir tais desmandos, além de serem instrumento importantíssimo na luta por melhores condições salariais.
E o querido PPS, ex PCB, ingressa com uma proposta como esta... é ou não é um excepcional partido?
Ah, e ele ingressou com proposta para acabar somente com o imposto sindical dos trabalhadores, e não com o dos sindicatos patronais.
Mas que exemplo!
Este é o resumo do partido de Roberto Freire, um dos maiores pelegos da história da política brasileira recente.
Não devemos ficar tristes, entretanto. Apesar de todo o apoio da mídia golpista, conservadora, reacionária, criminalizadora dos movimentos sociais, protetora dos políticos da direita (ligados ao mercado), excludente, branca, casuística, serva do Deus-mercado, e digna de outros tantos elogios, apesar do maciço apoio desta corja, o PPS não detém algo muito caro a um partido: votos.
Graças a Deus.
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