Este é o triste retrato do atual Congresso Nacional.
No Senado, quem reclama não são os políticos de situação, a maioria destes preferindo a ilusória proteção do silêncio, pois esta postura comodista deverá ser questionada nas urnas.
Aqueles senadores que se dispõem a abrir a boca são, justamente, os que têm mais história nas costas, quando o mais correto seria a ocorrência de manifestação a partir de senadores com o currículo político ainda por ser ampliado, e não apenas Fernando Collor (naquilo que envolve a flagrante omissão deste dramaticamente ruim PGR) e/ou José Sarney, ambos ex-presidentes e que, exatamente por este motivo, aprenderam exaustivamente como a banda toca – se os dois vão em determinada direção, sabem o que fazem ( por vezes não têm condição de fazer, sozinhos, tudo o que precisa ser feito), logo, porque os outros não acompanham?
Neste caso da CPMI de CCachoeira, não é compreensível a dificuldade de diversos senadores e deputados federais para ir em cima de tantas figuras carimbadas que estão evidentemente comprometidas com o abrangente esquema de corrupção montado pelo goiano inteligente, tão inteligente que acabou de conseguir a sua saída da prisão.
Em meu entendimento de leigo, aqueles quase 600 representantes (???) populares, ao invés de se esconderem, já deveriam estar prá lá de ansiosos para “pular na jugular” de Roberto Gurgel, de Roberto Civita e seu boneco Policarpo Jr., do governador goiano Marconi Perillo e alguns outros, todos eles com suas impressões digitais perfeitamente identificadas nas investigações e gravações desta gigantesca patranha. Só mesmo o medo pode explicar esta demonstração, mais uma, de covardia explícita.
Espero que o ex-presidente e agora senador de Alagoas tenha êxito neste seu empenho para colocar as coisas no devido lugar, e pouco me importa a razão maior desta sua enorme motivação, me importa apenas o enquadramento destes marginais travestidos de político ou empresário.
Se os diversos subservientes do bloco de situação fossem aguerridos e cientes do significado de um mandato parlamentar, já estariam usando a jurisprudência recentemente criada pelo STF em seu favor, ao invés de ficarem se esquivando dos fatos e rezando pelo minuto de fama no JN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário