quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Um passo atrás - por Renata Oliveira (Século Diário)

Enquanto Assembleia capixaba protocola projeto de taxas de petróleo, Rio aguarda sanção da matéria

A cada nova movimentação da classe política capixaba na defesa dos recursos do petróleo para o Espírito Santo, mais nítido fica que se não fosse o Rio de Janeiro, capitaneando o movimento, estaríamos perdidos. O governador Renato Casagrande até que se movimenta bem, já os parlamentares...

Se no Congresso Nacional pouco se viu por parte dos parlamentares do Estado ações mais incisivas para tentar obstacular a insana apreciação do veto 38/2012, na Assembleia Legislativa a coisa é ainda mais complicada. Falta não só união entre as bancadas, como também conhecimento do caso para se antecipar às movimentações dos representantes dos estados não produtores.

Enquanto o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), já tem em mãos  o projeto de lei que taxa a exploração de petróleo no Rio – um trunfo para a negociação do produto e uma forma de trazer para o debate os exploradores do petróleo –, os deputados estaduais vão para o feriadão, curtir as festas de fim de ano.

Enquanto se concentravam em aprovar a toque de caixa as matérias vindas do governo do Estado, tiraram o olho do Deus-nos-acuda que estava acontecendo em Brasília. Agora, vão aguardar o ensejo da posse dos suplentes dos deputados que deixam a Casa para assumir as prefeituras, para protocolar o projeto, isso no dia 7 de janeiro.

Se a movimentação em Brasília tivesse dado certo, o Espírito Santo arcaria com a perda de 2013. O Rio, não, já que o projeto já foi aprovado este ano. Está na hora de a classe política capixaba abrir sua visão. Se tem bancada pequena,  aposte na união e na criatividade. Esperar que o Rio faça todo o trabalho e depois copiar, aí não dá.

Fragmentos:

1 – Como se não bastasse o atraso na medida tomada pela Assembleia Legislativa capixaba, a impressão de quem lê apenas os jornais corporativos é de que há um ineditismo brilhante no caso. 

2 – Esse apontamento do presidente da Câmara de Guarapari, José Raimundo Dantas (PRP), sobre o momento inadequado da eleição extemporânea no município é bastante sensato.

3 – Embora dificilmente se consiga reverter a definição do calendário eleitoral, realmente a mudança no perfil do eleitorado será grande. O balneário de Guarapari será invadido pelos turistas. Não há “clima” para uma eleição.

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