Inepto |
O responsável pela capa criminosa da Veja desta semana tem nome e sobrenome: Giancarlo Civita.
Se Lula decidir processar alguém, é Gianca.
Num mundo menos imperfeito, Gianca pagaria por seu crime com uma temporada na cadeia.
Mas o Brasil é, infelizmente, muito imperfeito quando se trata de julgar plutocratas como ele.
Mesmo o diretor de redação da Veja, Eurípedes Alcântara, é um peão diante de Gianca. Eurípedes fazia o que Roberto Civita mandava e, morto este, faz o que Gianca manda.
Trabalhei com Gianca.
Gianca é aquele cara que não sabe fazer nada. Boa praça, no dia a dia, mas incompetente na plenitude.
Seu pai tem responsabilidade aí. Nunca treinou Gianca. Nunca deu a Gianca uma posição decente na Abril. Nunca acreditou em Gianca.
Excluído na Abril sob o pai, Gianca tentou alguns empreendimentos sozinho. Num deles, vendia revistas da Abril que comprava a preços de pai para filho.
Nunca acertou em nada.
Seu pai achava-o bonzinho demais para funcionar como executivo. “Sweet Gianca”, falava, depreciativamente.
Gianca sempre teve profundos problemas psicológicos e de afirmação. Uma vez, me disse que detestava revistas. “Meu pai sempre deu muito mais atenção a elas que a mim”, explicou.
Não as lia, e nem lia nada, muito menos livros. (Nunca vi um Civita com um livro na mão, aliás.) Gostava de ficar horas vendo desenhos no Cartoon Network.
A capa criminosa |
A aparência era talvez sua maior preocupação. Gianca sempre foi vaidoso. Alguns anos atrás, sumiu da empresa por alguns dias. Voltou cabeludo. Fizera um implante.
Parece que Gianca decidiu descontar seu complexo de inferioridade em Lula.
Ninguém nunca o levou a sério na Abril até que a natureza o fez assumir as rédeas, como primogênito de Roberto.
Roberto, como seu xará Marinho da Globo, não estava preparado para a hipótese de morrer. E por isso jamais preparou Gianca e nem seus outros dois filhos, Victor e Roberta.
Quando deu entrada no Sírio Líbanês, achava que era uma banalidade. Tinha uma cirurgia na segunda, e manteve na agenda reuniões de trabalho para a quinta, certo de que já estaria de volta à Abril.
Um imprevisto na cirurgia acabaria matando-o depois de uma prolongada temporada no hospital que custou 6 milhões de reais aos Civitas.
Nos últimos anos do pai, Gianca estava muito mais preocupado com o dinheiro que ele achava estar migrando para a terceira mulher de Roberto Civita, Maria Antônia, do que com os negócios.
Queria ter certeza de que a sua herança e a dos irmãos seria preservada.
Gianca, morto o pai, virou presidente executivo da Abril sem saber coisa nenhuma de administração e, muito menos, de jornalismo.
É a maldição das empresas familiares.
Sem saber fazer uma legenda, preside o Conselho Editorial da Abril, ao qual a Veja responde.
Dali, comanda a corrente de ódio que a Veja despeja sobre os brasileiros todos os dias e todas as horas.
É uma situação absurda e injusta. Os Civitas eram remediados quando se instalaram no Brasil, nos anos 1950.
Graças ao Brasil, a família se tornou riquíssima.
E a resposta de Gianca é esta: cuspir no Brasil. Levar os brasileiros a acharem que são o pior povo do mundo.
Uma família que recebeu tanto dos brasileiros age como se fosse credora, numa aberração sem precedentes.
Os Civitas se valem de uma estrutura jurídica feita para proteger gangsteres editoriais como eles.
Repito.
Num mundo menos imperfeito, esta capa da Veja conduziria Gianca a um lugar: a cadeia.
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