Eis que a CPMF tinha de acabar porque com ela a economia perdia, ela ajudava no aumento da inflação (!), os mais pobres a pagavam (!), e outros argumentos infalíveis como este.
No início, a oposição dizia que só aprovaria a CPMF se o governo aceitasse certas imposições. O governo fez tudo, ofereceu a CPMF conjugada a uma reforma tributária, a CPMF por apenas um ano, a CPMF sendo integralmente utilizada na saúde... nada bastou, porque não havia disposição de negociação.Quando a oposição recebeu esta última proposta, o grande senador Demóstenes Torres pegou o documento que oficializava a proposta e dele fez um aviãozinho.
Fato inconteste da responsabilidade de nossa “oposição responsável”.
Pois bem, qualquer pessoa com o mínimo de inteligência e integridade sabe que não era a CPMF a atrapalhar a economia nacional. Mas mesmo que fosse, sigamos o raciocínio da globo, e dos seus acólitos no congresso. Mesmo que fosse por isso, pela CPMF que a economia não crescesse tanto, vejamos: agora, a economia está a crescer demais (segundo os astrólogos do BC, friso) e, já que a CPMF foi-se embora, ¿qual é o outro instrumento para conter a geração de emprego e de renda, qual é a outra forma que os brilhantes do BC encontraram para diminuir o crescimento?
¡¡¡Aumentar os juros!!!
Ou seja, sigamos de acordo com o raciocínio “global”. Nós deveríamos acabar com a CPMF para a economia crescer. Aí a economia cresce demais. Aí nós aumentamos os juros para conter esse crescimento.
¿Não seria mais inteligente, ó grandes sábios, terem deixado a CPMF e não aumentado os juros?
¿Não seria melhor diminuir a dívida pública (que ultrapassa 1 trilhão de reais) com a arrecadação da CPMF do que aumentá-la com o aumento dos juros?
¡Que patriotismo, que inteligência, que integridade!
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