Notícias com leve coerência que demonstram determinado motivo de ira:
A queda na circulação dos jornais
Por Alex
Do site Comunique-se
Circulação de jornais cai 6,7% em abril
Sérgio Matsuura, do Rio de Janeiro - Comunique-se
Abril registrou a pior circulação média diária de jornais no ano. Foram vendidos 4.171.249 exemplares, número 6,7% menor que no mesmo mês de 2008. Na média acumulada de 2009, a queda é de 3,8%.
A Associação Nacional de Jornais avalia que os números do primeiro quadrimestre do ano são reflexos da crise que afeta a economia em geral. O diretor-executivo da entidade, Ricardo Pedreira, lembra ainda que o ano de 2008 foi excepcional para o setor, o que afeta a comparação.
“É muito diferente da situação dos Estados Unidos, onde existe uma crise na indústria. Aqui, é evidente que se trata de um reflexo da situação da economia. É uma situação passageira”, diz Pedreira.
Queda de dois dígitos
Em relação a abril de 2008, algumas publicações apresentaram índice de redução de dois dígitos. A Folha de S. Paulo, por exemplo, teve circulação 10,84% menor. No Extra a situação foi mais dramática: a queda foi de 25,69%.
A situação foi parecida no Estadão (-16,93%), Meia Hora (-15,4%) e Diário Gaúcho (-13,24%). Da lista dos dez jornais mais vendidos do País, em relação ao mês de abril de 2008, apenas o Lance! e o Zero Hora apresentaram crescimento, 4,55% e 3,58% respectivamente
As grandes profecias
Por Weden
As grandes profecias (1):
O governo Lula acabou!
Nunca antes neste país, um governo foi dado por “acabado” tantas vezes antes de completar seu ciclo. Vamos apenas lembrar algumas destas profecias bufas, para mostrar que, ao lado de políticos, com interesses óbvios de que a “previsão” fosse verdade, enfileiraram-se jornalistas e cientistas sociais, especialistas que tiveram muito pouco zelo pela própria credibilidade profissional.
A enumeração de “cientistas sociais” e jornalistas é importante porque ambos, os primeiros mais do que os segundos, evidentemente, não deveriam fazer análises no calor dos acontecimentos.
As previsões abaixo citadas, ao contrário do que pode parecer, não partiram somente de quem “indubitavelmente” estaria numa torcida contra o governo. Um nome do cientista social respeitável, claramente de tendência à esquerda, também consta na lista.
Possivelmente estes cientistas esqueceram do distanciamento necessário da forma como os fatos vinham sendo apresentados pela imprensa. O que é uma pauta muito interessante de discussões sobre os limites entre “acontecimento histórico” e o “acontecimento midiático”.
Quanto aos jornalistas, é óbvio que é difícil para eles conseguir ultrapassar a percepção de curto prazo, mas poderiam ter mais zelo pela credibilidade. Não foi por falta de aviso: à época, para muitos, esta previsão parecia ser exagerada, precipitada e pouco sustentável.
Mas as advertências pareciam vir de pessoas “que não enxergavam” o óbvio.
O problema é que em política o óbvio é da mesma categoria do nunca ou do seu irmão mais otimista: o sempre; nunca o pronuncie se não quiser colocar sua profissão de analista a prêmio.
1. O apagão dos apagões é o apagão de criatividade. O governo Lula acabou. Sua intuição sabe disso. Por isso, as vaias doeram tanto. O eleitor percebeu antes dos analistas. César Maia (DEM), 2007.
2. “O governo Lula acabou oficialmente hoje. Arthur Virgílio (PSDB), agosto de 2005.
3. “Não adianta os moderados tentaram evitar: estamos caminhando para o impeachment.” José Thomaz Nonô (DEM), agosto de 2005.
4. “Do ponto de realizações, o governo Lula acabou. É como a Inês de Castro, do Camões: aquela que foi sem nunca ter sido. O governo acabou sem começar”. José Serra (PSDB), na época prefeito de SP, julho de 2005.
5. “Lula está preservado, mas o governo acabou”. Marco Antônio Nogueira, cientista político da Unesp, julho de 2005.
6. “O governo Lula acabou sem começar. Só o presidente não percebe isso”. Laerte Braga, jornalista, junho de 2004.
7 “O governo Lula acabou”. Luis Gustavo Mello Grohmann, cientista político (UFRGS), setembro de 2005.
8. “O governo Lula acabou há muito tempo, e na porta de uma delegacia”. Nelson dos Santos Gomes, engenheiro e membro do PDT, abril de 2006.
9. “O governo Lula acabou”, Villas Boas Corrêa, jornalista do JB. s/m., 2005.
10. “Uma coisa é certa: o Brasil entra penosamente num novo período político, um período que podemos designar por pós-lulismo Boaventura de Souza Santos” (Univ. de Coimbra), cientista social, agosto de 2005.
A pesquisa CNT-Sensus
Por Roberto São Paulo
Índice de aprovação de Lula volta a subir1/6/2009CNT
A 97ª Pesquisa CNT/Sensus, divulgada hoje (1º de junho de 2009) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que o Índice Avaliação situa-se em 45,84 e o Índice Expectativa, em 69,93.
Em março de 2009, o Índice Avaliação situava-se em 41,18 e o Índice Expectativa, em 65,90.
A Pesquisa CNT/Sensus ouviu duas mil pessoas, no período de 25 a 29 de maio, em 24 estados das cinco regiões brasileiras.
Confira aqui, o relatório da 97ª Pesquisa CNT/Sensus na íntegra.AVALIAÇÃO DO GOVERNO
A avaliação positiva do governo Luiz Inácio Lula da Silva situa-se em 69,8% e a negativa em 5,8%. Em março deste ano, a avaliação positiva era de 62,4%, e a negativa, 7,6%.
A aprovação do desempenho pessoal de Lula situa-se em 81,5% e a desaprovação em 15,7%. Em março de 2009 a aprovação registrava 76,2% e a desaprovação 19,9%. ELEIÇÕES 2010 – 1º TURNO
A Pesquisa CNT Sensus quis saber em quem o eleitor votaria (votação espontânea) para presidente da República em 2010: Lula, 26,2%; José Serra, 5,7%; Dilma Rousseff, 5,4%,; Aécio Neves, 3,0%; Ciro Gomes, 1,1%; sem candidato, 58,6%.
Foram aplicadas, também, cinco listas com os seguintes resultados:
Primeira lista: José Serra, 40,4%; Dilma Rousseff, 23,5%; Heloísa Helena, 10,7%; sem candidato, 25,6% . Os números em março eram 45,7%, 16,3%, 11,0% e 27,0% respectivamente.
Segunda lista: Dilma Rousseff, 27,8%; Aécio Neves, 18,8%; Heloísa Helena, 18,3%; sem candidato, 35,3%. Em março: 19,9%, 22,0%, 17,4% e 40,8% respectivamente.
Terceira lista: José Serra, 45,9%; Heloísa Helena, 13,3%; Patrus Ananias, 10,0%; sem candidato, 30,9%. Em janeiro de 2009: 46,6%, 12,5%, 7,0% e 34,1% respectivamente.
Quarta lista: José Serra, 44,2%; Ciro Gomes, 14,3%; Heloísa Helena, 13,5%, sem candidato, 28,2%. Em março: 43,1%, 14,9%, 12,8% e 29,4% respectivamente.
Quinta lista: Heloísa Helena, 22,4%; Ciro Gomes, 20,1%; Aécio Neves, 19,3%; sem candidato, 38,2%. Em março: 19,0%, 19,2%, 21,2% e 40,7% respectivamente.
Sexta lista: José Serra, 38,8%; Dilma Rousseff, 22,3%; Heloísa Helena, 10,3%; Ciro Gomes, 9,0%; sem candidato 19,8%. Em setembro de 2008: 38,1%, 8,4%, 9,9%, 17,4% e 26,3% respectivamente.ELEIÇÕES 2010 – 2º TURNO
A pesquisa CNT Sensus quis saber, ainda, em quem o eleitor votaria em caso de segundo turno, propondo quatro opções.
Primeira opção: José Serra, 49,7%; Dilma Rousseff, 28,7%; sem candidato, 21,7%. Em março: 53,5%, 21,3% e 25,3% respectivamente.
Segunda opção: Dilma Rousseff, 39,4%; Aécio Neves, 25,9%; sem candidato, 34,8%. Em março: 29,1%, 28,3% e 42,7% respectivamente.
Terceira opção: José Serra, 51,8%; Ciro Gomes, 19,9%; sem candidato, 28,4%. Em março: 49,9%, 20,3% e 29,9% respectivamente.
Quarta opção: Ciro Gomes, 34,1%; Aécio Neves, 27,9%; sem candidato, 38,0%. Em março: 31,2%, 26,8% e 42,2% respectivamente.JOSÉ SERRA
Quisemos saber o nível de conhecimento da população com relação a José Serra.
52,0% dos entrevistados conhecem Serra; 42,9% já ouviram falar e 3,7% não conhecem e nem ouviram falar.
Entre os entrevistados que conhecem ou já ouviram falar, para 19,4% é o único candidato em quem votariam, para 43,8% é um candidato em quem poderiam votar, 25,9% não votariam de jeito nenhum e 7,7% só conhecendo o candidato para decidir.
A regionalização da publicidade oficial
Da Folha
Propaganda de Lula chega a 5.297 veículos
Com PT no Planalto, o número de meios de comunicação que recebem verbas de publicidade federal aumentou 961%
Ao tomar posse, comerciais do petista atingiam 21 TVs e 270 rádios; no fim de 2008 já havia 297 TVs e 2.597 rádios veiculando anúncios oficiais
FERNANDO RODRIGUESDA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os comerciais do Palácio do Planalto atingiram no ano passado 5.297 veículos de comunicação no país. O número representa uma alta de 961% sobre os 499 meios que recebiam dinheiro para divulgar propaganda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, quando o petista tomou posse.
Esse padrão de pulverização na publicidade é incomum na iniciativa privada. Segundo dados do Ibope Monitor, a Fiat anunciou em 206 meios de comunicação diferentes no ano passado.
O banco Itaú, em 176. Trata-se de uma pesquisa por amostragem, mas mesmo com um desvio de 1.000% o número de veículos nos quais essas duas empresas anunciam não se aproximaria dos 5.297 escolhidos pelo governo federal.
A regionalização da propaganda federal é parte de uma estratégia de marketing do governo. Presidente mais bem avaliado no atual ciclo democrático, Lula viu sua alta popularidade se consolidar numa curva quase paralela ao avanço da distribuição de seus comerciais pelo interior do país.
“O fato de ter ampliado a presença do presidente na mídia regional pode ter ajudado [a elevar a popularidade do governo]“, admite Ottoni Fernandes, subchefe-executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, que está sob o comando do ministro-chefe da Secom, Franklin Martins.
Comentário
Aí está a explicação para os tiros levados por Franklin Martins. A reportagem não analisa os problemas que afetam a publicidade privada. De um lado, os bônus de veiculação, pelos quais uma agência é remunerada pelo veículo se cumprir determinadas metas de veiculação. Cria-se um cartel e uma completa distorção no mercado.
De outro, dados abundantes mostrando que esse tipo de abuso acabou levando os grandes anunciantes a diversificarem suas verbas, destinando mais a eventos, patrocínios e outras formas de promoção.
Do lado político, esse movimento ajudou a romper com a influência dos grandes órgãos sobre a mídia regional. Quando o deputado gaúcho diz que está se “lixando para a opinião pública”, obviamente não incluiu o jornal da sua cidade nesse bolo.
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