Para voltar ao poder, PSDB aposta até em neurociência
Na busca por uma agenda que neutralize a propaganda governista em 2010 e evite a terceira derrota consecutiva em eleição presidencial, o PSDB começou a calibrar seu discurso, baseado em análises de especialistas em “psique” eleitoral e em célebres estrategistas estrangeiros que defendem a emoção como fator determinante na política. A ideia é engavetar o lema da “gerência”, usado na campanha de 2006, e focar na defesa de projetos e iniciativas sociais.
Há cerca de três meses, os tucanos contrataram o cientista político Alberto Carlos Almeida, autor de A Cabeça do Brasileiro e Por que Lula?, para fazer pesquisas que deem um diagnóstico sobre o que o eleitor deseja na próxima disputa. Almeida já produziu duas análises para o PSDB, que foram submetidas à direção do partido e a seus parlamentares. Essas informações têm servido de ponto de partida para a formatação de um discurso que atinja grande parte do eleitor que aprova o governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Comentário de Luis Nassif
Compare o post de baixo com este. Em nenhum momento o principal candidato do PSDB, José Serra, deu atenção às políticas sociais. Trabalhou com a ideia de que eleitor não tem memória, mandou às favas sua biografia e suas ideias históricas, trocou pelo figurino Maluf de truculência policial. E, agora? O principal candidato do PSDB passou a encarnar a direita do DEM - que sempre causou urticária nos melhores quadros tucanos? Como retomar o discurso social?
O cientista social a quem estão recorrendo é o mesmo cujo livro foi utilizado pela Veja para demonstrar que a elite é ética e o povo não, um monumento à segregação, quando a grande obra política consistiria em unir elite e povo em torno de um projeto comum.
A rigor, a única bandeira consistente do partido continua sendo o modelo de gestão em Minas.Melhor seria, em vez de neurocientistas, consultar um pai-de-santo.
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