segunda-feira, 23 de julho de 2007

300

Não é do fenômeno espartano a que me refiro, se assim logo supuseram.
Certa vez o presidente Lula, quando foi deputado, afirmou que a câmara federal era composta por 300 picaretas.
Anos depois, ¿adivinhem quantos votos teve o Severino Cavalcanti? ¡Exatamente 300!
E no dia seguinte, na imprensa? O culpado era o PT (¿quem mais poderia ser?). O culpado foi também o governo, por não ceder espaço a outros partidos.

Então, vamos entender bem. Os culpados pela eleição não são O PSDB/PFL que efetivamente votaram nele. E sim quem votou no outro candidato, que era do PT.

O governo naquela derrota, para mim, teve o seu melhor desempenho na sua trajetória com relação ao congresso. Foi o momento que não comprou deputado, não acatou emenda de deputados, não deu cargo, não cedeu ao fisiologismo, enfim, agiu de maneira íntegra. Daí a derrota.
Se eu fosse petista, teria muito orgulho de sê-lo naquele momento.

Águas passadas, ponte ainda em pé, pergunto: ¿Valeu a pena? O que é mais danoso para o país, ¿a eleição de Severino Cavalcanti ou a compra destes deputados?
¿Vale a pena se perverter, entrar no jogo da política, fazer o que sempre criticara quando oposição? ¿Ou é melhor olhar a longo prazo?
São perguntas razoáveis.
Maquiavel tem a resposta na ponta da língua. Eu não.

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