Ouve-se muito sobre a violência no conflito
Israel-Palestina, mas raramente se ouve contar a história da determinada e
longa resistência não-violenta, presente e muito importante, de muitas vilas
palestinas, contra o roubo de suas terras. O que aqui escrevo é meu depoimento
sobre o que vi numa dessas vilas na Cisjordânia.
Nunca, desde que começou a ocupação da Cisjordânia por Israel em 1967, o roubo
de terras palestinas e o impedimento do acesso às fontes de água pareceram mais
chocantes do que depois de terras e água passarem a serem usados exclusivamente
para construir “o muro” – construção iniciada em 2002. Enorme, complexo, de
várias caras e formatos, o muro é construção dramática, de quase oito metros de
altura, com torres de vigilância ocupadas por soldados, com cercas
eletrificadas instaladas na parte superior, e que se estende por enormes
distâncias.
Em 2004, a Corte Internacional de Justiça (ICJ) declarou “ilegal” o muro;
Israel ignorou completamente a sentença. Hoje, o muro ondula por mais de 280 km
na Cisjordânia, envolvendo todas as principais colônias e várias colônias
menores, todas exclusivas para judeus (e que são colônias, não são
‘assentamentos’). Quando estiver todo construído, o muro terá cercado 85% da
população de colonos judeus da Cisjordânia – processo de anexação de facto de
fatias significativas de território ocupado pela primeira vez em 1967. Aí está
o sonho da “Grande Israel” sionista, rapidamente convertido em arquitetura e
pedra. Do ponto de vista dos palestinos, o muro é como um monumento ao roubo de
terras e água.
Jayyous, com população de 3.500 habitantes, é uma das vilas palestinas cujo
acesso à água é impedido pelo muro israelense, inserida no nordeste montanhoso
da Cisjordânia, com a cidade palestina de Qalqilya a oeste. O cenário é dos
mais belos do Mediterrâneo, espécie de mistura, digamos, da Toscana e de partes
da Iugoslávia, com inúmeros sítios arqueológicos e ruínas romanas. E é uma das
regiões mais férteis da Cisjordânia. Ali sempre cresceram nogueiras,
laranjeiras, limoeiros e oliveiras, além de hortaliças – sempre em torno de
Jayyous e suas muitas fontes de água subterrânea e poços. Os aqüíferos da
região de Jayyous e Qalqilya, de fato, são um dos principais tesouros da
Cisjordânia. As terras que pertencem à vila de Jayyous e à cidade de Qalqilya
são lindeiras da fronteira israelense de antes de 1967, a chamada “Linha Verde
?.
Antes de haver o muro, os mercadores de Qalqilya mantinham comércio regular com
os israelenses dos dois lados da fronteira; e os agricultores de Jayyous
trabalhavam suas terras ao longo de toda a Linha Verde. Hoje, o monstruoso muro
de concreto cerca Qalqilya completamente, fazendo lembrar os campos de
prisioneiros e os ghettos de outros tempos. Jayyous vive segregada de suas
terras férteis pelo muro, na modalidade que se pode classificar de “barreira” –
um sistema de cercas de ferro, arame farpado e patrulhas militares, usuárias
exclusivas das estradas exclusivas para judeus e controladas por soldados
israelenses.
4.000 pés de oliveiras e limoeiros foram arrancados, ali, para dar lugar ao
muro. Todos os poços da vila e 75% da terra estão hoje confiscados por trás do
muro, isolados no lado oeste – o lado ‘israelense’ – do muro. Uma pequena
colônia exclusiva para judeus, chamada Zufim, está instalada no coração do que,
antes, foi a riqueza dos habitantes de Jayyous. Israel tem planejada a
construção de 1.500 novas moradias nessas terras confiscadas da vila. As novas
unidades destruirão a única estrada pela qual os agricultores de Jayyous ainda
podem entrar e sair de suas terras; antes, havia seis estradas. Israel já
bloqueou cinco. Os novos prédios bloquearão a última.
Sharif Omar Khalid, mais conhecido na região como Abu Azzam, 65 anos, lutou
durante toda a vida para preservar as terras de Jayyous. Em 1980, com outros
agricultores representantes de vilas na Cisjordânia, fundou o Comitê de Defesa
da Terra [ing. Land Defense Committee], uma das 18 organizações que hoje
conduzem a campanha “Parem o Muro” [ing. Stop the Wall]. Dotado de inabalável
otimismo, Khalid contabiliza como vitória uma decisão da Suprema Corte
israelense, de abril de 2006, que obrigou os israelenses a deslocar o muro,
afastando-o dos limites sul da vila. A decisão devolveu aos proprietários
palestinos 11% da terra de Jayyous – 750 dunams [1 dunam = 1.000 m2] dos 8.600
que o muro confiscou.
O muro lá permanece, e também permanece um dos componentes essenciais do muro:
a “passagem agrícola”. Há duas nas terras de Jayyous – uma para o norte; outra
para o sul. Praticamente todos os agricultores da vila são obrigados a usar a
passagem norte. Mantida aberta por dois períodos de 45 minutos (um pela manhã,
outro no final da tarde), a passagem é, de fato, um bloqueio controlado por
soldados israelenses que leva a uma estrada também controlada por soldados
israelenses.
Mas para usar a passagem, transitar pela estrada controlada por soldados e ir
dali às suas terras, os agricultores de Jayyous tem de exibir uma “autorização
para ‘visitantes’”. Desde 2003, Israel decretou que os agricultores são meros
‘visitantes’ nas terras nas quais vivem e plantam há gerações. Obter essas
autorizações é processo praticamente sem fim, que começa pela comprovação da
propriedade da terra. Abu Azzam é um dos maiores proprietários de terra da
vila; seu título de propriedade é antigo, de várias gerações, do tempo em que a
Jordânia ocupou a Cisjordânia. Conhecido ativista contra o muro, várias vezes a
autorização de passagem lhe foi negada; até que a Suprema Corte de Israel
garantiu-lhe um passe permanente, no qual se registra que o portador não
representa “ameaça à segurança de Israel”. Mas o passe ‘permanente’ tem criado
problemas extra a Abu Azzam, na odisseia diária para entrar e sair de suas
terras.
O Portão do Inferno
Vi uma “passagem agrícola”, pela primeira vez, em 2004, nos limites da vila de
Mas’ha, no norte da Palestina. Terrível. Imensas garras de aço, pintadas de
amarelo-ocre, que rangiam ao abrir, por especial obséquio das forças
israelenses de ocupação; permaneciam abertas por cerca de 30 minutos, de
madrugada e no início da noite. Entre uma abertura e outra, as garras
permaneciam cerradas, e ninguém passava, nem para um lado nem para o outro;
quem estivesse fora de casa, lá tinha de ficar por todo um dia ou uma noite;
alguém que precisasse sair de casa para atender a alguma emergência, lá era
detido, por um dia ou uma noite; e os campos ficavam sem irrigar (a irrigação é
feita depois do por do sol), se o agricultor não chegasse a tempo de encontrar
abertas aquelas garras rangentes.
Cada vez que o portão de Mas’ha era aberto, um agricultor solitário, Hani Amer
– cujas terras ficaram cercadas pelo muro por três lados – conseguia visitar
uma parte de seus campos. Dos dois lados do portão havia rolos de arame farpado
e um fosso, ambos paralelos, contínuos, a perder de vista. Depois do fosso,
mais arame farpado. E, depois, uma “estrada militar”, exclusiva para veículos
militares que patrulhavam as fronteiras de um ‘mundo árabe’ do qual se supunha
que viria o apocalipse sobre a “Grande Israel”.
Depois da estrada militar, mais arame farpado e outro fosso, antes que Hani
Amer pudesse, afinal, chegar aos seus campos.
Mas, para saber o que realmente significa a ‘passagem agrícola’, é preciso
passar pelo menos uma noite inteira, como eu passei, com um agricultor de
Jayyous, em tempos de colheita. Acordamos – ele, sua esposa e eu – às 5h30 da
manhã, tomamos um copo do forte café árabe, comemos pão com geleia de frutas do
pequeno pomar que restava junto à casa, e saímos, montados no pequeno trator
branco, enferrujado, sacolejando pela estrada de pedras. Depois, claro, paramos
numa longa fila de outros agricultores, junto ao portão.
Vejam hoje, então, no nascer de mais um dia do 42º ano de ocupação israelense,
em frente àquele monstro de aço amarelo, como cenário de filme de terror, que
eles continuam a chegar, como sempre: um vem de trator; outro, em lombo de
burro, carregado de instrumentos de colheita e sacos; vão chegando e a fila vai
crescendo. Os rolos de arame farpado lá estão, como sempre; e há os fossos e há
a estrada militar, e, assim, lá continuam os mesmos muros que aprisionam, há
tanto tempo, o povo palestino. Vejam os soldados que andam lentamente e
destravam lentamente os portões, acintosamente sem pressa; as garras se abrem e
imediatamente são substituídas por soldados pesadamente armados que convertem a
abertura em ponto inexpugnável de controle; e, mesmo isso, só por alguns
momentos, a cada manhã e a cada fim de tarde.
Enquanto esperava, olhando em volta do trator de Abu Azzam, em outubro passado,
lembrei de como era a colina do outro lado da estrada, há algumas décadas,
quando eu trabalhava como correspondente na Cisjordânia. Toda a região era
percorrida pela linha branca das muretas de pedra que demarcavam os terraços
onde, há séculos, cresciam oliveiras, cujas folhas soavam como sininhos ao
vento, e a folhagem verde-escura das vinhas e dos pomares. A expansão da
‘Grande Israel’ e seu estilo Califórnia-de-ser-e-viver, eram então, no máximo,
itens do sonho sionista. Hoje, estão em toda a Cisjordânia, sonho nenhum, dura
realidade; claro que não havia muro, nem ‘estrada militar’ nem, é claro,
“passagem agrícola”.
Hoje, lá estão, os agricultores e seu burro, seu trator, seus apetrechos de
trabalho, e aproximam-se das garras amarelas do monstro. E passam por elas. E
um a um passam pelo arame farpado e pelo fosso e entram na estrada militar;
então param o trator ou o burro, desmontam e apresentam documentos a um
impassível soldado israelense. O soldado, cuja retaguarda é protegida por
outros dois soldados, vira-se e grita para outro soldado invisível dentro de
uma torre de controle, em hebraico, todos os números e nomes que haja no
documento que tem em mãos. Pensem no que há de estoicismo e coragem naqueles
agricultores que aceitam o ritual que Israel impõe, porque sabem que, por hora,
não há alternativa. E não esqueçam de pensar que aqueles homens e mulheres passam
por tudo aquilo exclusivamente para poder fazer uma coisa: colher suas olivas
plantadas por eles em terra sua.
Antes disso, cada um tem de parar na estrada, cabeça baixa ou olhos
arregalados, à espera de que seu destino seja decidido, por aquele dia; então,
se a passagem é permitida, passa-se. E há mais arame farpado e outro fosso, até
que – finalmente – chega-se a alguma coisa que bem poderia ser liberdade, mas
não é. O agricultor pode, afinal, subir a colina com seu trator ou seu burro. E
pode então começar a trabalhar na colheita das próprias olivas, nas próprias
oliveiras, plantadas em sua própria terra; para chegar até ali, muitas vezes, o
agricultor palestino já perdeu várias horas de trabalho. E esse tormento é
diário.
Ao mesmo tempo, considere os colonos israelenses e os soldados israelenses,
cuja única regra, na obsessão de tudo controlar e de não deixar passe livre a
nenhum agricultor palestino, converte em pesadelo a milenar faina de colher
olivas. Colonos da colônia israelense de Zufim já destruíam plantações de
oliveiras em Jayyous em 2004. (Algumas árvores foram queimadas; outras foram
arrancadas para ser vendidas em Israel; e o esgoto da colônia envenenou e matou
outras inúmeras oliveiras naquela área.)
Uma semana depois de minha visita, segundo o jornal Haaretz, colonos judeus
outra vez “entraram em confronto com palestinos que colhiam olivas na
Cisjordânia”. Os colonos judeus atacaram os agricultores palestinos porque “os
palestinos ali reunidos ameaçam a segurança da colônia e as covas de onde
oliveiras foram arrancadas podem servir de esconderijo para terroristas.”
Em outro ponto da mesma região, as forças de segurança de Israel acompanharam
grupos de colonos judeus que invadiram uma vila palestina para promover
“pequena manifestação” contra a colheita das olivas. (O exército de Israel é
hoje dominado em todos os escalões, dos mais altos aos mais baixos, por colonos
expansionistas ultra-religiosos, para os quais “todo colono é soldado e todo
soldado é colono”.) E também há notícias de que em outro ‘posto avançado’ (nome
que Israel dá às primeiras instalações de novas colônias), denominado Adi Ad,
colonos judeus fundamentalistas arrancaram “dúzias de oliveiras”. Agora,
enquanto escrevo, continuam a chegar mensagens e e-mail que testemunham
inúmeras outras ações semelhantes a essas.
Várias vezes, desde outubro, o exército de Israel impôs toques de recolher na
vila de Jayyous – punição coletiva por demonstrações semanais contra o muro
promovidas pelos moradores mais jovens da vila. Na maior parte dos casos, o
toque de recolher foi imposto depois de os agricultores já estarem nos olivais
e não chegou a impedir a colheita diária. Mas os demais habitantes de Jayyous
foram punidos. Punição coletiva – represália contra todos, por ações de alguns
– é considerada crime de guerra, nos termos da Convenção de Genebra de 1949.
Não parar!
“Israel é um Estado que enlouqueceu”, observou Raja Shehadeh, advogado e
escritor palestino, quando, um dia depois de visitar Jayyous, narrei-lhe a cena
a que assistira na ‘passagem agrícola’. Aquela específica barreira de aço e
garras, aqueles específicos agricultores, aqueles específicos soldados
israelenses convertidos em instrumentos vivos da banalização do mal – tudo isso
faz pensar em alguma específica modalidade de loucura tão simplória quanto
brutal, de que ainda se alimenta a “Grande Israel”. Documentarista holandesa
que entrevistou alguns colonos judeus na Cisjordânia relata um eloquente
fragmento de diálogo: “Qual é seu sonho?” – perguntou ela a um dos colonos
judeus. “Meu sonho”, respondeu ele, “é que meus netos digam, algum dia, olhando
essa terra: aqui, antigamente, viveram árabes.”
Na véspera da manhã em que todos saímos em direção ao muro e à passagem, Abu
Azzam levou um visitante alemão para conhecer a prensa local na qual
diariamente ele e outros agricultores descarregam a colheita diária de olivas.
A visão das olivas de Jayyous andando por uma esteira em direção à prensa, para
emergir numa torrente de garrafões de plástico cheios de azeite foi visão de
alegria e sucesso. Crianças corriam e riam pelo pátio de piso escorregadio,
comendo pedacinhos de pão molhados no azeite dourado, recém-prensado. Que tipo
de loucura humana pensaria em infligir tormento eterno àquele tipo de
comunidade tradicional de trabalho pacífico?
Depois, Abu Azzam contou-me sobre seus anos de ativista político, o casamento,
os filhos. Preso pelos jordanianos por pertencer ao Partido Comunista, e depois
por Israel por sua luta para defender os olivais de sua vila, diz que sua ideia
fixa é prosseguir. “A verdade é que não temos escolha” – diz ele, com um
sorriso e um dar de ombros.
Lembra de quando, em outubro de 2003, o muro ainda em construção, funcionários
israelenses tentaram subornar os ativistas de Jayyous, oferecendo-lhes 650
autorizações que dariam passe livre a vários agricultores para chegar às suas
terras. Mas o “Comitê de Defesa da Terra” decidiu “em decisão conjunta” não
usar os passes. Aceitá-los seria reconhecer o muro e todo o sistema de
sequestro e roubo de propriedade que o muro implica. Os soldados israelenses, então,
mantiveram fechado o portão; isso, no auge da colheita de olivas, goiabas e
mexericas. Abu Azzam e outros agricultores palestinos abriram brechas nas
cercas e conseguiram chegar aos pomares, mas “sem um trator, sem uma mula, sem
carrinhos, sem tudo. Só nossos braços e pernas e cabeças.”
Em seguida, mais prisões. Os agricultores decidiram acampar nos pomares e não
voltar às casas na vila. “Minha mulher ficou furiosa” – lembra Abu Azzam.
“Telefonou-me, dia 21 de outubro, perguntando “Estamos divorciados? Você
abandonou a família?” e eu respondi “Estou resistindo”. E ela: “Resistindo?
Enquanto as goiabas, os pepinos, os tomates apodrecem no pé?” Respondi:
“Estamos na nossa terra. Só isso já é resistência.”
Desde 2003 Abu Azzam e outro agricultores de Jayyous continuam obcecadamente a
resistir em suas terras. A determinação de continuar o cultivo dos 3.250 dunams
que restam, dos 8.050 dunams de antes de Israel roubar-lhes a terra, de não
afastar-se dali, é, só ela, ato de resistência. Na Palestina, chamam-se “samid”
esses que tomaram a decisão de “apenas ficar”. A palavra significa
“perseverante” e, também, ‘cabeça-dura’ e “obcecado” – e é tradução eloquente
da antiga modalidade de resistência palestina não-violenta.
“Vocês têm tantos problemas”, disse a Abu Azzam. “Não pensam em partir?” Ele
sorriu como se tivesse pena de mim. “Toda a nossa vida é um problema. Não quero
viver como refugiado. E sou contra a emigração promovida à moda dos
israelenses.”
Desde 2008, os mais jovens em Jayyous têm feito manifestações junto ao muro. Um
dos líderes – Mohammed Othman – foi preso pelos israelenses no outono passado,
quando desembarcou de volta de uma viagem à Noruega onde fez várias palestras.
Continua preso, sem qualquer acusação formal e sem saber quando será solto.
Os líderes dos movimentos de jovens de Jayyous também enviaram cartas a altos
funcionários dos governos da Noruega e de Dubai, pedindo que as empresas desses
países deixem de investir nas empresas de propriedade do bilionário
descendentes de emigrantes do Uzbequistão e nascido em Israel Lev Leviev. Com
isso, Jayyous une-se a ampla campanha internacional contra empresas que
negociem com as companhias de Leviev. É enorme conglomerado, muito
diversificado, que inclui minas de diamantes em Angola, propriedades
imobiliárias em Nova York e empresas construtoras que constroem colônias nos
Territórios Palestinos Ocupados (inclusive em Zufim). Em março passado, Barak
Ravid, repórter do jornal israelense Haaretz, noticiou que a embaixada
britânica em Telavive “suspendera negociações para alugar um andar na Torre
Kyria, empreendimento imobiliário africano-israelense, porque havia informações
seguras de que a empresa construtora [de Leviev] estava envolvida na construção
de colônias exclusivas para judeus.” Também a Oxfam rompeu inúmeros contratos,
sempre pela mesma razão.
Dia 9/9/2009, um mês antes de minha chegada, a Suprema Corte Israelense outra
vez aprovara pedido para alterar o traçado do muro, com a correspondente
devolução de mais 2.448 dunams aos proprietários originais, de Jayyous.
“Resultado de sua luta?” – perguntei a Azzam. “Resultado da luta de Jayyous,”
ele respondeu. “Somos um grupo da resistência palestina.”
Para ver o muro, invisível na mídia ocidental, clique aqui.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Israel, o muro da vergonha - por Ellen Cantarow, Tom Dispatch (Vi o mundo)
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