Três presidenciáveis sendo que dois são aliados. Eu estranharia se o Serra e a Marina concordassem com a Dilma.
“COP-15
Marina e Serra discordam de teses de Dilma na conferência sobre clima em Copenhague
Publicada em 14/12/2009 às 22h20m
Chico de Gois – enviado especial
COPENHAGUE – O Bella Center, em Copenhague, local onde ocorre a maioria das reuniões para discutir as mudanças climáticas , aqueceu nesta segunda-feira o debate entre os três pré-candidatos à Presidência que, de forma distinta, participam da Conferência da ONU. O resultado do primeiro dia em que os três estiveram sob o mesmo teto foi a concordância de posicionamento entre o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e a senadora Marina Silva (PV-AC), que trocaram amabilidades, contra as teses adotadas pela ministra da Casa Civil e chefe da delegação brasileira, Dilma Rousseff, que esteve em várias reuniões e nem se encontrou com os oponentes frente a frente.
Marina e Serra, por exemplo, defenderam que o Brasil deveria contribuir com US$ 1 bilhão, em dez anos, para os países pobres poderem atingir suas metas de redução de emissão de gases de efeito estufa. Serra disse numa entrevista coletiva que considera que, caso o Brasil agisse dessa forma, daria um exemplo aos desenvolvidos, que poderiam se sentir constrangidos e agir da mesma maneira.
- O Brasil deveria contribuir com recursos para este fundo ambiental mundial. Esta contribuição terá um significado simbólico importante para os países desenvolvidos – defendeu Serra.
Mais tarde, ao ser perguntada sobre a proposta dos opositores, Dilma manteve-se firme e disse que o Brasil não deve entrar nessa discussão.
- Um bilhão de dólares não faz nem cosquinha. Os valores estão em torno de US$ 120 bi, US$ 150 bi, e tem valores de até US$ 500 bilhões. O que acho complicado é que a gente só faça gesto. O que a gente tem de fazer são medidas reais, concretas, comprometidas. Temos de ter cuidado, senão vamos cair em propostas fáceis e puramente mercadológicas. Aqui estamos tratando de coisas sérias, que é a proteção do meio ambiente.
Marina defende criação de fundo internacional
(…)”
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2009/12/14/marina-serra-discordam-de-teses-de-dilma-na-conferencia-sobre-clima-em-copenhague-915213135.asp
Comentário
Bem ou mal, o governo brasileiro apresentou uma proposta que mudou as expectativas de resultados da reunião de Copenhague.Há uma lógica, uma estratégia, que pode ser defendida ou criticada.
Assumiu metas de redução do carbono e defende a tese da diferença de tratamento entre desenvolvidos e emergentes – a fim de obrigar os desenvolvidos a bancar a redução do carbono dos emergentes.
Serra montou um aparato publicitário para se apresentar em Copenhague – que incluiu a compra de patrocínio em redes sociais voltadas para o tema. Consegue espaço na velha mídia, como se fosse um personagem central do jogo. E tudo o que faz é questionar um ponto – o Brasil deveria bancar R$ 1 bi – sem analisar a estratégia geral, sem formular uma política alternativa, sem definir um ponto de vista sistêmico.
Apenas um palpite.
Por Alexandre Leite
“Apenas um palpite.”
É pior que palpite Nassif.
Trata-se de aceitar, numa negociação envolvendo mais de uma centena de atores, com centenas de interesses diferentes, a primeira proposta vinda de quem tem menos ‘moral’ para propor alguma coisa.
O mundo em desenvolvimento quer colocar essa gente na parede e não ser emparedado.
Se for para aceitar esse US$ 1 bi … , que seja no último dia … e não no primeiro. Até lá, muito CO2 vai passar por debaixo da ponte.
Comentário meu:
Acho injusto a postagem contra o Serra.
Seria extremamente injusto dizer que ele nada faz contra o aquecimento global que não aproveitar da cúpula em Copenhague para passear, ou propor factóides destinados tão e unicamente a se opor ao governo brasileiro – sem absolutamente nenhuma visualização sistêmica do problema ambiental e das propostas discutidas no fórum.
Ao contrário, o senhor Serra atua, sim, a favor do meio ambiente do mundo. Basta que observemos as enchentes que seu governo deixa acontecer em São Paulo. Ao permitir a criação de ilhas artificiais com as enchentes, há uma maior quantidade de água espalhada pela superfície do planeta, com consequente menor aquecimento do globo terrestre.
Podemos lembrar ainda que Dubai gastou muito mais para conseguir feito similar (a construção de ilhas artificiais). Esta é apenas mais uma das tantas demonstrações do “choque de jestão” da administração tucana no governo de SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário