Nós capixabas temos a honra e o prazer de
termos três grandes jornais daqui (A Gazeta, A Tribuna e Notícia Agora) que
são, em resumo, destinados a semianalfabetos.
Possuem um texto prosaico, vulgar, sem
absolutamente nenhuma cultura ou erudição. Não concatenam ideias, o português é
sofrível, os assuntos são levianos, o embasamento teórico é nulo, a análise
epistemológica é inexistente.
Mas o pior de tudo não é isso, talvez a
maior mácula nem seja sua precariedade intelectual, mas sim o fato de os jornalões
do Espírito Santo não cumprirem aquela que deveria ser a missão precípua de um
jornalista: dar voz aos que não têm voz. Muito ao contrário. Os jornalecos portam-se
como inimigos da população enquanto fingem representá-la. Do povo, estas
publicações só querem o sangue (para dar notícia com pseudo-indignação), o
dinheiro e o poder de influenciar.
Os três jornal ecos compõem aquele tipo de
publicação que se termina mais burro depois de lê-las.
E a
coisa toma uma proporção assustadora quando sabemos que ser desinformado é uma
coisa desfavorável, mas ser mal informado é infinitamente pior. É trágico.
Não é à toa que com papel de jornal não se
pode sequer limpar a bunda.
Os aforismos clássicos sobre o jornalismo,
claro, se aplicam perfeitamente ao caso capixaba: “Se você não for cuidadoso,
os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as
pessoas que estão oprimindo” (Malcolm X). “Com o tempo, uma imprensa cínica,
mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma” (Joseph
Pulitzer). “Os capitalistas chamam liberdade de imprensa a compra dela pelos
ricos, servindo-se da riqueza para fabricar e falsificar a opinião pública”
(Lênin).
Como nem tudo pode dar errado o tempo todo,
estes jornalões estão se tornando, a cada dia que passa, mais irrelevantes. Suas
vendas caem inexoravelmente, estão fadados a ruína – e o melhor de tudo: eles
sabem disso. É fácil escutar seus estertores.
Se alguns bons jornais (A Nova Democracia
ou Brasil de Fato, para citar dois tupiniquins) também cairão, é um preço justo
a se pagar para ver toda esta escumalha – que só estupidifica, desinforma,
envilece – desaparecer.
A pluralidade da internet esta
substituindo a voz única destes lacaios do capital.
Vão tarde e sem deixar saudade.
Aliás, há mais uma coisa que não poderia
deixar de destacar. No início do texto escrevi que os três jornalões capixabas
são, em resumo, destinados a semianalfabetos. No que tange ao aspecto político
especificamente, pode-se retirar sem sombra de dúvida o “semi” da palavra.
P.S.: A família Marinho e as organizações globo são inimigas do Brasil e dos brasileiros, e assim devem ser tratadas.
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