Foto: Ray Rodrigues (Mídia NINJA) |
Juracy, Luciano e Ricardo, ativistas do MTST, saíram por volta das 9h da
manhã do 63ºDP e foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória Vila
Independência, na Vila Prudente.
Há
4 dias privados de liberdade por participarem da greve histórica do dia 28 de
Abril, os 3 ativistas foram detidos de forma ilegal em Itaquera em manifestação
contra as reforma trabalhista e reforma previdência.
As
acusações são de incitação ao crime, incêndio e explosão. Os fundamentos das
prisões são nitidamente políticos.
O
delegado considerou como “incitação” as palavras de ordem dirigidas pelos
militantes contra o Governo Temer, as reformas trabalhistas e previdenciária.
Luciano
está sendo acusado pela suposta prática de incêndio, quando na verdade nenhum
pneu chegou a ser queimado na pista ao longo de toda a manifestação. Importante
mencionar que o país vivenciou no dia 28 a maior greve nos últimos trinta anos,
tendo ocorrido em todo país milhares de travamentos em avenidas, estradas e
rodovias. Não há notícias de manifestantes presos. O fato só evidencia portanto
a desproporção e ilegalidade da prisão.
Juracy e Ricardo, por sua vez, estão sendo
falsamente acusados de explosão pois teriam atirado rojões na direção dos
polícias.
A
única prova que fundamenta esta versão é a palavra dos próprios policiais.
Apesar de os policiais terem vasculhado todo
o local, entrado de maneira ilegal na Paróquia do Padre Paulo e averiguado o
carro de Juracy à procura de provas nenhum rojão foi encontrado.
Um
vídeo apresentado pela defesa dos militantes demonstra ainda que o ato corria
pacificamente no momento em que os policiais decidem atirar bombas contra os
manifestantes.
Não há, portanto, nenhuma prova que confirme a acusação dos policiais.
A
prisão de Juracy, Luciano e Ricardo é uma forma de transformar a luta contra o
Governo Temer e as Reformas Previdenciária e Trabalhista em crimes.
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