Em 1941 o governo do primeiro-ministro grego Tsolakoglou permitiu a entrada das tropas nazistas em seu país sem nenhuma reação.
Mais de setenta anos se passaram e uma nova ocupação, desta vez econômica, foi feita pela Alemanha de Ângela Merkel sobre a Grécia - também sem reação por parte dos governantes gregos, que se assistiram ser recolonizados em nome de interesses muitos - que não os do povo grego.
Segundo consta, depois de conferir se a carta que escrevera estava em seu bolso, o aposentado grego Dimitris Xristulas teria gritado, antes do ato final: “Não quero deixar nenhuma dívida para os meus filhos!”.
Convém relembrar para que não nos esqueçamos, depois deste grito, no dia 04 de abril de 2012, Dimitris Xristulas, de 77 anos, em plena praça Syntagma, defronte ao parlamento grego, sacou uma arma e deu um tiro na própria cabeça.
A carta dizia o seguinte:
O governo de Tsolaglogov acabou com a possibilidade de eu poder sobreviver com uma pensão digna, que paguei sozinho durante 35 anos sem nenhuma ajuda do Estado. E, como minha idade avançada não me permite reagir de forma dinâmica (embora se um conterrâneo pegasse uma Kalashnikov, eu estaria bem atrás dele), não vejo outra solução que não a de pôr fim à minha vida de maneira digna, para que eu não me veja obrigado a revirar o lixo para assegurar o meu sustento. Eu acredito que os jovens sem futuro um dia vão pegar em armas e pendurar os traidores deste país na Praça Syntagma, assim como os italianos fizeram com Mussolini em 1945.
Mais é desnecessário dizer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário