segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Sobre a rejeição de Serra - por Alexandre Tambelli (Blog do Nassif)

José Serra foi aos poucos criando uma personalidade difícil para ele mesmo. Não estarão no centro do que vou escrever os seus diferentes métodos dentro do submundo da política, os dossiês, por exemplo, nem a sua aliança com a velha mídia ou o caso de ser o dono do dinheiro do "PSDB", porque não são pautas que sejam muito divulgadas e entendidas pelo eleitor comum. Vou puxar pela memória suas atitudes em campanha, no decorrer das campanhas de 2002 para cá, participou de todas, menos 2008, porque era Governador e não iria se rebaixar à prefeito.

Todavia, a sua personalidade, que ao decorrer dos anos não soube receber com bons olhos qualquer adversidade, frente ao eleitorado, para ganhar uma eleição, sim! É central.

Voltando em 1998 e uma lembrança de Renato Janine Ribeiro, essa semana no Facebook ele postou um pequeno texto. Disse o Filósofo mais ou menos, assim: "O culpado de Serra não ter sido Presidente do Brasil em 1998, não é o PT e sim, do próprio Fernando Henrique Cardoso, que conseguiu de modo antiético (porque mudou a constituição ao seu favor) aprovar a emenda da reeleição."

De lá para cá houve uma obsessão enorme de Serra em conseguir algum cargo político no Executivo. Em 2002 pensou ser natural continuar os dois Governos do PSDB em plano federal, sendo o Presidente do Brasil, só que FHC tinha feito uma administração avaliada, majoritariamente, negativa e Lula acabou se saindo vencedor contra o Serra. Perdeu aquela eleição, também, por sua culpa, afinal foi Ministro do Planejamento e da Saúde no Governo anterior. Ali sabemos que dois políticos, já se tornaram inimigos umbilicais de Serra: Ciro Gomes e Roseana Sarney.

Então veio 2004 e o Serra aceitou o mesmo, que fez agora, mudar sua candidatura do plano Federal para o plano Municipal. A cidade de São Paulo foi o seu "emprego" temporário; eleito ficou no cargo de Prefeito, por 1 ano 3 meses (menos de 1/3 do mandato); quando teve que renunciar para se candidatar nas eleições de 2006, para Governador. (Aqui um aparte, ele teve medo de perder de Lula e colocou Alckmin na disputa Federal e tornou-se Governador). O tal do papelzinho assinado na Folha de São Paulo e a afirmação em frente do Boris Casoy em um debate, na eleição para Prefeito, começaram a ser utilizados pelos seus adversários em campanha. Ele se comprometera a ficar até o final do mandato de Prefeito.

Um aparte. Ao largar a Prefeitura, o Kassab assume e é reeleito Prefeito de São Paulo, estamos em 2008. Numa atitude um tanto contestada na época, Serra abandona o candidato do Partido dele para Prefeito Geraldo Alckmin, e apoia o seu herdeiro político na capital paulista: Gilberto Kassab. Ainda aqui se mostrava forte eleitoralmente.

Voltando em 2006. A população paulista não se incomodou em votar nele para Governador. Mas, novamente, numa administração marcada pelo descaso, por exemplo, as medidas contra as enchentes, na cidade de São Paulo, que foram uma marca negativa de sua gestão, começaram a diminuir qualquer blindagem ao PSDB e seu Governador. Quem não se lembra que o Kassab teve que botar a cara para bater, durante a época das chuvas de 2010? E do Serra que apareceu apenas alguns dias depois da calamidade que se abateu em terras paulistanas, e saiu culpando São Pedro pelo grave acontecimento. A blindagem de sua mídia aliada perdia força para a realidade dos fatos.

Veio a eleição de 2010 e o Serra se embrenha na campanha para Presidente. Sem haver convenção partidária, os caciques do PSDB lançam José Serra candidato à Presidente da República. E com nove meses de mandato a cumprir, ele se despede do Governo do Estado de São Paulo para ser candidato ao Governo Federal. O personagem político Serra vai subindo degraus.

Sonha que é natural para todo político, que ser Prefeito da cidade de São Paulo, depois, Governador do Estado de São Paulo, levam-no diretamente, para o cargo de Presidente da República. Afinal é uma reta na ascendente e, ainda, de um político de São Paulo, cidade e estado mais ricos da nação.

Aqui se intensificou a utilização da promessa de cumprir mandatos até o fim, contra o eterno candidato. Mais uma vez Serra deixou o governo, antes do término do mandato.

O fio começa a virar.

Em 2010, as pesquisas de intenção de votos, lhe dão a impressão de que já estava eleito Presidente, tanto é que até o Montenegro do Ibope cravou, meses antes do pleito, a vitória de Serra.

Era incipiente a dedução, porque feita em começo de ano, enquanto o segundo turno das eleições foi apenas em novembro, muitos meses depois. Fazia até campanha bem-humorada, como aquela em que dizia sobre o José Roberto Arruda do DEM: "compre um careca e leve dois"; Ex-Governador do Distrito Federal e que foi pego como mentor do "mensalão do DEM", com vídeos gravados e tudo, recebendo dinheiro de propina.

Talvez, essa obsessão em ser Presidente, a ideia de que seria eleito o tenha tornado uma pessoa mais ríspida com qualquer repórter que faça uma pergunta que lhe contrarie. Lembram-se da entrevista coletiva, que ele não gostou que o repórter da Rede Brasil perguntasse sobre a Sabesp e a qualidade da água em São Paulo? Depois na RBS, em início de campanha eleitoral, a pergunta se ele voltaria com os processos de privatização do Governo FHC e sobre Mensalões, se dava para governar sem, onde surgiu o nome de Eduardo Azeredo e o Mensalão de Minas, etc., respondendo que nunca foi privatista e que em Minas não houve Mensalão.

Sucederam alguns casos, ode Serra tratou com certa rispidez repórteres, em perguntas normais que todo político responde com tranquilidade. Ele ao invés de responder o que lhe era perguntado fazia com que o repórter respondesse outra pergunta, por ele formulada, e começou a acusar de pauta petista tudo o que lhe perguntavam de desfavorável. Ainda estava em primeiro lugar nas pesquisas.

A mais clássica das situações. Quem não se lembra da repórter da Rede Globo, que o Serra não gostou da pergunta, mas pediu desculpas, "- então tá, desculpa", depois de perguntar para quem ela trabalhava e saber que ela trabalhava para a Globo. Alguns repórteres disseram até: - que absurdo, ele está pedindo desculpas porque ela é da Globo.

Existiu um problema de sua candidatura, que foi marcante: a escolha do candidato a Vice-Presidente, quase ninguém queria ser, e o pouco conhecido político do DEM, que havia sido um dos relatares do Projeto Ficha Limpa, Índio da Costa, tornou-se o candidato a Vice. Um personagem polêmico e pouco preparado para o posto.

Outro aparte. Muitos dos repórteres que ele tratava com desrespeito trabalham ou trabalharam na mídia, sua aliada, que, por exemplo, deram estas ajudinhas ao candidato: A partir de sua mídia aliada, por exemplo, foi beneficiado pela veiculação de uma ficha falsa de Dilma como guerrilheira, na primeira página do Jornal Folha de São Paulo, lembram-se disso? E as milhares de reportagens eleitoreiras, como a "reportagem" da Veja e da Folha, com acusação de Erenice Guerra fazer lobby e empregar parentes no serviço público, Erenice, naquele momento, Chefe da Casa Civil e assessora de Dilma, este caso, já mais perto das eleições. Erenice foi absolvida de todas as acusações, por falta de provas pelo TRF. O Juiz da 10ª Vara Federal Vallisney de Souza Oliveira disse não haver nenhuma prova contra Erenice. Culminando com a fase, em que pedia até a demissão de repórter, como foi o caso de Heródoto Barbeiro, que trabalhava na TV Cultura à época, e lhe fez uma pergunta sobre o alto preço dos pedágios nas estradas paulistas.

Surgiu o candidato do PT. E era, na verdade, uma candidata: Dilma Roussef. Ela, gradativamente, foi crescendo nas pesquisas e ele, Serra, se mantendo no mesmo patamar dos 30% iniciais de pesquisas da campanha eleitoral de 2010. O candidato Serra começa, então, uma luta ferrenha para não perder a dianteira e vai, gradativamente, perdendo as estribeiras.

José Serra não ficou mais restrito às perguntas, que não lhe eram agradáveis e ao discurso de que tudo o que lhe perguntam era pauta petista para encher a bola dos adversários. Toda eleição é assim, enquanto está na frente as pesquisas valem e a imagem de santo se faz. Até amigo do Lula ele vira. Lembram-se do Zé? No inicio do horário eleitoral em 2010.

Partiu para medidas extremas.

Contratou um Guru indiano que lhe fez realizar uma corrente do mal. Onde, milhares de invenções pesadas sobre os petistas e a candidata Dilma foram sendo disseminadas a partir de e-mails.

E precisou criar outros meios de ganhar a eleição.

Então, começaria a crescer sua rejeição, um pouco a cada dia. Começou sua cruzada pelo País, em busca de votos, através da Religião. Lembram-se do evento religioso em Santa Catarina, onde ele foi discursar num Congresso dos Gideões e disse assim: "A pessoa que fuma sabe que o cigarro vai fazer mal, mas continua assim mesmo. Depois, adoece e mesmo assim continua fumando. Assim é uma pessoa sem Deus. Sabe que Ele está ali, mas não o procura." Entrou na seara de Pastor evangélico, virou quase um messiânico.

Depois, veio outro encontro com os Gideões no Paraná, quando ele afirmou que não aprovaria nenhuma Lei anti-homofobia no seu Governo. Lá começou a pregar a partir de alguns versículos da Bíblia. Não satisfeito, resolveu fazer uma saudação ao dia do Maçom, lembram-se disso, certo?

Ainda, insatisfeito, aceitou aliados da Opus Dei, da TFP, mais o Bispo conservador de Guarulhos (já falecido), etc. que começaram a utilizar temáticas conservadoras, como a temática do aborto em prol da sua candidatura, através de homilias, panfletos e jornais que diziam ser abortista: Dilma Roussef, além de guerrilheira e outras inutilidades mais. Até que se descobriu, que a própria esposa, segundo suas alunas a mulher dele havia dito em sala de aula, já havia feito um aborto, nos anos 70. Mulher de Serra que disse em passeata, na cidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense no Rio de Janeiro: "Dilma é a favor de matar criancinhas". Teve até o escândalo da gráfica, que produzia os jornais para o Bispo de Guarulhos, gráfica do próprio partido do candidato, ou seja, do PSDB. A difamação da adversária viria com tudo, culminando com o envolvimento da filha, em horário eleitoral, dizendo que pessoas ligadas ao PT, haviam quebrado o sigilo fiscal de sua filha, o que sabemos não é verdadeiro. Quando se descobre que
na verdade, era uma briga interna do Partido dele, entre Aécio E Serra, para ver quem seria o candidato à Presidência. Foi num dossiê a mando de Aécio que houve a quebra do sigilo fiscal de sua filha.

Aqui cabe a lembrança do entrevero no Programa da Jornalista Márcia Peltier, uma das mais educadas repórteres da TV, que trabalhava na Rede TV e perguntou da quebra do sigilo fiscal da filha. Serra sem mais nem menos, ficou irritado e disse que estava ali para discutir programa e não para falar desse assunto, levantou-se, exigiu as fitas da gravação, para ninguém ver e foi embora. Repórter do Terra que assistia a entrevista gravou tudo e postou na internet e ficamos sabendo do ocorrido.

Serra e sua cruzada pelo País. Foi indo em diferentes lugares, misturando apelo religioso e política. Dois casos importantes, em Aparecida do Norte, no dia 12 de outubro, ele aparece ao lado de sua mulher, com a imagem de Nossa Senhora Aparecida nos braços. E, o ponto culminante, em São Francisco das Chagas, onde foi fazer panfletagem e inventar mentiras sobre Dilma. São Francisco das Chagas é responsável pela maior festa religiosa do Nordeste Brasileiro. Enquanto acontecia a Missa, na entrada do evento, eram distribuídos panfletos que mostravam 3 motivos para não se votar na candidata Dilma Roussef: Dilma é a favor do aborto, envolvida com as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que nunca na história desse país houve tanta corrupção.. E houve um entrevero do candidato, mais o Tasso Jereissati com o celebrante da Missa, que chegou até a pedir que eles se retirassem, que não era verdade o que diziam os panfletos, e isso não era jeito de se fazer política.

Nessa loucura de tentar angariar votos, a qualquer custo, valia o artifício de dizer qualquer coisa, conforme a ocasião, e ir a qualquer denominação religiosa, ou aglomeração de pessoas. Quem não se lembra de sua presença em uma das Paradas Gays de São Paulo? E a afirmação de José Serra, que era favorável ao "Casamento de homossexuais"? Ganhou o apelido de "biruta de aeroporto", até!

Foi criando pequenas antipatias em cada canto que ia. Afinal, ser a favor de tudo, e ao mesmo tempo, desmentir tudo o que disse, quando o público muda, não pode dar certo.

Começou a estar em todos os momentos numa postura de ataque e culminou com a simulação, prestes a terminar, o segundo turno da eleição, da bolinha de papel, onde quis criar um factóide, de que teria sofrido, um quase atentado, com um rolo de fita na cabeça, na verdade era apenas uma bolinha de papel. Qualquer coisa valia para vencer a eleição. O Jornalismo do SBT flagrou toda a armação e mostrou o vídeo em seu telejornal noturno, para o Brasil inteiro ver.

Veio o resultado das urnas e perdeu, Como em 2002. Só que agora, para uma candidata principiante, a Presidenta Dilma Roussef.

Ficou sem cargo político. E dizia que não concorreria para Prefeito da cidade de São Paulo, entrevista para a Rádio Jovem Pan confirma o que disse. Estava fragilizado, também, por causa do lançamento de A Privataria Tucana, livro reportagem do Jornalista Amaury Ribeiro Jr. que conta os bastidores de parte das privatizações do governo FHC e a sua centralidade em meio ao processo de desestatização, e sobre o enriquecimento de familiares e amigos próximos a partir das privatizações, mais outras "maracutaias", possíveis, enquanto Ministro de FHC e no decorrer dos anos de vida pública. O livro se tornou Best-Seller e concorre ao Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria livro de reportagem. José Serra, não quis comentar sobre o livro com mais de 100 páginas documentais, apenas foi lacônico ao responder que se tratava de "- LIXO, LIXO, LIXO, não tenho nada a dizer sobre: LIXO!".

Mas, de repente, já com a convenção de seu partido marcada e com os pré-candidatos escolhidos para votação dos filiados em campanha, decidiu participar da disputa da convenção, burlando todo o processo já consolidado, mudando a data da convenção e tudo; e quase se impondo candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo. Criou aqui uma rejeição entre os próprios partidários. O que não une uma candidatura a cargo nenhum, certo?

Era o eterno candidato e seus modos de agir em ação. Contradizendo-se diariamente. E se tornando um tanto mais rancoroso e crendo intimamente, ser o único candidato possível, para evitar que o PT chegasse até a Prefeitura de São Paulo. Ele e o povo de São Paulo, que acredita em todos os "pecados" que ele acusa os petistas. Claro, que jamais dizendo sobre as suas ilicitudes, estas sendo consideradas "- trololó petista".

Vem a eleição e precisa, novamente, de mecanismos, errados do ponto de vista de ganho de votos, para tentar garantir sua eleição, agora com índices recordes de rejeição, dia 18 de outubro chegou aos 52%. Nasce a discussão do Kit Gay, importando um Pastor do Rio de Janeiro, Silas Malafaia para capitanear o debate, o que sabemos foi o desastre maior até aqui, nesta eleição para Serra; a ponto de FHC dar-lhe uma chamada e dizer para Serra abandonar o conservadorismo em que acabou caindo, em busca de ser o preferido do eleitor. O "Mensalão do PT" e todo o seu coincidente julgamento, concomitante com a eleição, não surte o efeito esperado. E de todo lado surge pessoas comuns, intelectuais, políticos, jornalistas, até a mídia aliada, mais os simpatizantes do PSDB, militantes de movimentos sociais, pró-homossexuais, etc. indignados com a postura de Serra. Serra se torna um candidato isolado.

Sabem! Estas pequenas coisas, de um candidato, a cada momento de sua campanha: indisposição com os repórteres, a fuga das respostas, o discurso que tudo é culpa do PT, o messianismo e a aparência de seguir todas as religiões ao mesmo tempo, a pauta conservadora: criminalizando o aborto, o Kit Gay e a negação de sua própria cartilha sobre o assunto, o pular de galho em galho, se candidatando a tudo, a incapacidade de sustentar a palavra (modificando-a conforme a situação dada), o mau-humor, o dizer que dorme quatro horas da manhã e ficar twitando até esta hora, fora o linguajar esdrúxulo, tipo: passa-moleque, falando de camisinha chinesa numa reunião com empresários, contando piadas, ao invés de falar de propostas, ou ainda, se fazendo de moderno, andando de skate, fazendo aula de Jump, histórias em quadrinhos, mais adesivo da família legal, a truculência de passar por cima de correligionários, os dossiês internos no partido e contra adversários, etc. lhe criam pequenas antipatias, que somadas criam a rejeição enorme do eterno candidato: José Serra.

Ninguém é a favor do Casamento Gay e ao mesmo tempo contrário a uma lei anti-homofobia. Ninguém é católico, pentecostal e maçom, ao mesmo tempo. Ninguém pode ganhar uma eleição, retirando de seus votos, a possibilidade do eleitor, cerca de 30%, cativo do PT e mais os milhões de simpatizantes dos governos Lula e Dilma. Ninguém pode ganhar uma eleição sem propostas de governo, elaboradas com critérios, ou é possível, criar do nada, a ideia de construção de escolas técnicas municipais? Ninguém vence uma eleição tendo como aliados, o mais retrógrado conservadorismo, passando até pela TFP ou uma ex-candidata, derrotada em primeiro turno, que chama o candidato adversário de Serra de "FDP". Ninguém ganha a eleição sendo truculento com a Imprensa, até com a Imprensa aliada.

A luta é diária, para que Serra seja uma página virada de nossa política. A virulência que vira uma campanha eleitoral, em que ele participa é assustadora! Os ânimos se acirram, as pessoas viram inimigas, alguns se tornam totalmente, violentos, para defender o candidato.

O Importante é no final das contas, ainda bem, parece que se chegou ao consenso, agora em 2012, com maior força, que Serra não tem mais espaço na política brasileira. Novos tempos virão se no domingo da eleição, o eterno candidato perder! Boa sorte para todos nós!

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