Esta produção de auto-engano, baseada nos próprios preconceitos das "raposas" demotucanas e dos "analistas" da grande mídia é uma coisa que, um dia, vai precisar ser estudada pelo pessoal da ciência política.
Não faz sentido pensar na Dilma como um poste. Ela foi a pessoa mais poderosa do governo, depois do Lula, por pelo menos dois anos. Parece o mesmo preconceito idiota que cegou os políticos tucanodemos em relação ao Lula. Se o PT e a esquerda latinoamericana são seus inimigos, o pior erro que eles fizeram foi subestimá-los.
Agora essa turma tá chorando suas pitangas, dizendo que o país vai "ficar sem oposição"...Bom...Numa democracia, caso eles não saibam, é preciso o voto dos cidadãos para que os políticos possam ocupar postos eletivos (ehehehe). Sem voto, não tem deputado, senador ou presidente.
Acredito que estamos vivendo uma época extraordinária no Brasil. Está morrendo o Brasil gestado na ditadura militar. Ainda há muito do legado do período da ditadura por aí, por que as transformações qualitativas, em qualquer processo social, são sempre complexas e cheias de descontinudades. Não existe o novo sem o antigo. Mas, o que parece estar em curso é o debate sobre o que queremos do Brasil do século XXI. Como vencer os grandes desafios do Desenvolvimento (que voltou á agenda) reduzindo a desigualdade social. Lula, por aprendizado, convicções morais e escolha política, tem o grande mérito de ter conduzido, com cuidado e responsabilidade, o país para esta nova agenda.
Quem lê regularmente a imprensa internacional e as publicações especializadas, vê que a percepção global do processo que está acontecendo no Brasil é extremamente positiva. Fica claro para o olhar irônico de gente que escreve no Financial Times que, surpreendentemente, apesar do atraso institucional e das desigualdade, o Brasil está virando, rapidamente, uma robusta e pujante democracia moderna e começa a disputar espaço de influência global, com todos os custos em que isso implica. A imprensa brasileira com, honrosas exceções como este blog aqui, passa longe deste debate, bramindo slogans tolos e preconceitos, falando para um segmento cada vez menor da sociedade brasileira.
Esse discurso que combina soberba e interesse está fortemente desconectado da realidade, o que muita gente ja apontou por aqui. Mais que chavões repetidos à exaustão, os ditos "liberais" precisam meter a mão na massa e estabelecer quais as críticas responsáveis e as propostas concretas que eles tẽm para o desenvolvimento e para a nova agenda imposta a eles pelos prováveis 12 anos de governo do PT.
Sem isso, vai restar a esse povo amargar a derrota, atropelados pelo trem que eles, tolamente, tentaram não ver.
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