sexta-feira, 3 de junho de 2011

Protesto em Vitória

Hoje no fim da tarde participei aqui em Vitória do protesto dos estudantes pela redução no preço das passagens, transporte público de melhor qualidade, passe-livre, etc.
Por tudo que foi falado, a ordem das demandas era esta.

Bem, de acordo com a polícia militar eram 4 mil pessoas protestando. Não consigo mensurar quantas pessoas eram, ainda mais estando no meio da urbe. Só sei que, de fato, era muita, mas muita gente.

Foi notória a indignação dos manifestantes contra o governador Renato Casagrande (PSB), o autor da ordem para que a tropa de choque (aqui apelidada de BME – Batalhão de missões especiais) ontem massacrasse os estudantes, prendesse dezenas deles, atirasse com balas de borracha (vários tiros acertaram as costas dos manifestantes – o que implica dizer que eles não estavam enfrentando a polícia), utilizasse cavalos para espantá-los, jogasse bombas de gás, e de efeito moral, etc. em resumo: Casagrande (que estava passeando em Brasília) agiu como um ditadorzinho de merda em pleno ano de 2011. Isto no Brasil, país que se diz democrático e disposto a dar lições de moral – por exemplo, ao Irã – na questão dos direitos humanos. Lamentável.

Os estudantes também estavam indignados com a rede gazeta (retransmissora da globo), que criminalizou o movimento, contou mentiras, só mostrou um lado da história, mostrou como se só uma das demandas dos manifestantes fosse a única (o passe-livre), enfim, agiu de maneira coerente com a sua história: de modo horrível.

Creio que o recado dos manifestantes ficou dado.

Mais coisas acontecerão, e, em todos os protestos que eu puder participar, assim o farei, como bem me cabe.

Gravei alguns vídeos, que pretendia postar aqui, mas a qualidade deles ficou muito ruim.
De qualquer modo, posso garantir que o protesto foi muito bem realizado, pacífico e ordeiro.
Além, claro, de muito cheio – o que é sinônimo de sucesso de empreitadas como esta.
Parabéns a todos que exerceram sua cidadania no dia de hoje.

P.S: Ainda na UFES alertei algumas lideranças do movimento que pedissem aos estudantes para não utilizarem máscaras (na maioria feita com as próprias camisas), pois seriam exatamente estas imagens que iriam para a internet pelos portais de comunicação, visando criminalizar o movimento. Infelizmente não fui atendido, e, como pode ser visto nos sites de notícias daqui do Espírito Santo, foi exatamente o que eles fizeram. Paciência.

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