O atual parlamento israelense (Knesset) é o mais racista de todos os tempos, segundo denúncia de uma organização de defesa dos direitos dos cidadãos árabes-israelenses feita por ocasião do Dia Internacional contra o Racismo. Segundo o Centro Mossawa, na legislatura iniciada em 2009 a Knesset estudou 21 leis consideradas "discriminatórias e racistas", o que representa um aumento de 75% em relação ao ano anterior.
A organização afirma que, em 2008, o parlamento israelense analisou 12 leis consideradas problemáticas nesse sentido, e que, em 2007, foram 11 as que chegaram à mesa dos legisladores com as mesmas características. Em seu relatório anual sobre a discriminação por racismo em Israel, o centro aponta que o fato de a atual câmara ser considerada a mais racista desde o estabelecimento do Estado, em 1948, é um fenômeno preocupante.
O documento também indica que as legislações com esse teor continuarão aumentando, a não ser que a Comissão Ministerial para Assuntos Legislativos intervenha rapidamente. "Nunca fomos testemunhas de uma Knesset tão ativa em leis discriminatórias e racistas contra os cidadãos árabes do Estado", afirmam os autores do relatório, Lizi Sagi e Nidal Ottman.
Deputados da Knesset com opiniões extremistas estão expressando seus pontos de vista sem nenhum tipo de vergonha nem oposição. Eles promovem legislações discriminatórias e racistas, que pintam aos cidadãos árabes do Estado de Israel como uma ameaça demográfica", declarou o diretor do Centro Mossawa, Jafar Farah.
Em 1966, a ONU aprovou o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial após o massacre de Sharpeville, na África do Sul de 1960, quando 69 manifestantes negros foram brutalmente reprimidos quando se manifestavam contra uma "lei de passes" para não-brancos. O Centro Mossawa advertiu hoje: "Já fomos testemunhas do massacre de cidadãos árabes nas mãos da Polícia em outubro de 2000 (no início da Segunda Intifada). Se esta tendência racista continuar, o que aconteceu em Sharpeville será um pequeno banho de sangue comprado ai o que sucederá aqui".
Comentário
¿O que fazer? Segundo o pensamento reinante nos EUA e em Israel, este último país pode tudo, tanto pelo fato de (seus descendentes) terem sofrido tanto no holocausto, quanto pelo fato de ser “o povo escolhido por Deus”, conforme escrito no velho testamento.
É uma lástima.
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