A iniciativa de colocar na Folha um debate pelo Twitter entre Sérgio Guerra e José Eduardo Dutra visou exclusivamente dar visibilidade a uma tentativa de Guerra de me desqualificar. Ataque gratuito da Folha, na mesma matéria que endossa as revelações que fiz aqui no Blog.
A decisão foi da editora de Política Vera Magalhães, depois de críticas que fiz ao fato de sua editoria esconder o nome do repórter e do livro que serviu de base para o factóide do dossiê. Vera foi obrigada a aceitar a reportagem que veio de Brasília, mas resolveu dar o troco com esse ataque.
Não apenas isso. No episódio da matéria do meu contrato com a TV Brasil, deixou de lado apurações de repórteres mostrando que o processo de contratação era idêntico ao da TV Cultura.
Teve participação em outro episódio que expôs inutilmente a Folha: as supostas declarações de Dilma contra os que se exilaram, no comício de São Bernardo do Campo. A candidata não disse aquilo e a reportagem enviada não mencionava nada. A modificação do texto - com a inclusão da declaração falsa - foi feita na redação.
Nesse tempo todo, tenho sido bastante crítico do jornalismo da Folha - como fui, aliás, no tempo em que era colunista do jornal. Sempre mereci um tratamento respeitoso de todos os colegas - inclusive de muitos criticados - porque sabem que as críticas se restringem ao campo jornalístico.
A editora Vera Magalhães, no entanto, decidiu ser mais realista que o rei.
Se a Folha tivesse o bom hábito de ouvir os repórteres sobre o papel de determinados editores, evitaria uma grande quantidade de episódios desabonadores. O desgaste dessas iniciativas quase nunca é do editor, que se esconde atrás do jornal. É do próprio jornal.
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