terça-feira, 13 de julho de 2010

Mico em série da Cultura: "diretor informal" vira assessor – por Luis Nassif

TV Cultura oferece novo posto a jornalista - por Jotabê Medeiros, Malu Delgado (O Estado de S.Paulo)

A TV Cultura ofereceu ontem um novo cargo ao jornalista Gabriel Priolli após especulações de que ele seria afastado de suas funções por causa da produção de reportagem sobre o custo dos pedágios nas estradas de São Paulo.

Segundo informações de fontes da emissora, Priolli participou de reunião com a direção na qual lhe foi oferecido o cargo de assessor na vice-presidência de Gestão. Pela proposta, ele trabalhará diretamente com o vice-presidente da TV pública, Ronaldo Bianchi. Priolli não respondeu se aceitará ou não a proposta. Procurado pelo Estado, ele disse que não quer se pronunciar sobre os acontecimentos.

A assessoria de imprensa da TV Cultura informou que Priolli foi "remanejado" do cargo de coordenador de expansão de redes para o cargo de assessor da vice-presidência. A emissora considera a polêmica sobre rumores de ingerência política "caso encerrado e esclarecido".

Informal

O jornalista, segundo a assessoria, nunca exerceu oficialmente o cargo de diretor de jornalismo, apesar de ter colaborado de maneira informal com ao setor. O cargo de coordenador de jornalismo permanece vago desde o desligamento de Paulo Fogaça, em 14 de junho.

A TV Cultura exibiu, na noite de sexta-feira, a reportagem sobre os pedágios. Diante de rumores sobre censura prévia à reportagem, o PT de São Paulo anunciou que poderia pedir análise do caso ao Ministério Público Eleitoral. O episódio gerou protestos do candidato do PT ao governo, Aloizio Mercadante, que fora entrevistado para a reportagem, assim como o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. O candidato Fábio Feldman (PV), segundo sua assessoria, foi entrevistado às pressas na tarde de sexta-feira para a reportagem.

Com a transmissão na TV, o departamento jurídico do PT e a liderança do partido na Assembleia analisam se há sentido em fazer representação ao Ministério Público. A reportagem, de 3 minutos e 9 segundos, informava sobre o reajuste dos pedágios e as propostas dos candidatos.


Comentário – Luis Nassif

Ontem já tinha alertado que nem João Sayad, com toda sua bonomia e sutileza, escaparia do mico. Agora, o caso virou mico em série. Esse pedaço é ótimo: após "especulações de que ele seria afastado de suas funções" foi-lhe oferecido em cargo de aspone sem função definida.

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