Quando a Fazenda manifestou intenção de atuar diretamente sobre o crédito, para reduzir o aquecimendo da demanda - reduzindo a pressão pelo aumento dos juros - foi um Deus nos acuda. Agora, o próprio Banco Central está tomando medidas diretamente sobre o crédito, a partir da constatação óbvia de que o prazo de financiamento tem mais efeito do que taxa Selic no ritmo de crescimento dos empréstimos.
Aqui matéria do caderno Dinheiro da Folha, do Tibu Aciaretta, sobre a questão. Lembra duas medidas do BC, uma recente (de instituir compulsório sobre leasing como maneira de evitar uma burla que o sistema financeiro vinha aplicando) e outra de se exigir mais capital próprio dos bancos na concessão de empréstimos.
Obviamente nem se fala na possibilidade de aumentar o compulsório. Segundo a matéria, a alegação é que aumentam os custos dos bancos, que são repassados para o crédito. Ué, se a intenção é reduzir o crédito, é natural que isso aconteça. Mas o BC prefere afetar o custo do Tesouro (aumentando a taxa Selic) do que dos bancos.
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