Entre os anos de 2000 e 2007, os gastos do governo federal com educação, saúde e investimentos correspondeu a 43,8% do total de despesas com juros, segundo estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quarta-feira.
Ainda no período analisado, o governo gastou R$ 1,267 trilhão com juros, que equivale a quase 54% da renda nacional do ano de 2006 (R$ 2,37 trilhões), enquanto que as despesas acumuladas nos oito anos com saúde foram de R$ 310 bilhões, com educação foram de R$ 149,9 bilhões e investimento, de R$ 93,8 bilhões.
O estudo do Ipea analisou a distribuição de renda do País e constatou que, entre 1990 e 2007, o rendimento médio mensal real dos 10% mais pobres cresceu 44,4% (de R$ 67 para R$ 97), enquanto dos 20% mais pobres aumentou 16,5%.
Já em relação aos 10% dos ocupados melhor remunerados, o rendimento médio mensal real registrou perda de 9,8% (de R$ 4.559 para 4.114). Para o 1% dos ocupados com maior rendimento, a queda foi maior, de 12,7% entre 1990 e 2007.
No período, a expansão média anual da renda nacional foi de 2,99%. Entre 1996 e 2001, a renda nacional cresceu, em média, 1,9% ao ano, fruto "das ações adotadas para enfrentar as crises financeiras da época, adicionadas à desvalorização do real e à contenção das importações", segundo o Ipea. Já de 2005 a 2007, a renda nacional aumentou 4,2% como média anual, estimulada pelo crescimento do mercado interno e das exportações.
Entre 2000 e 2006, a participação do rendimento do trabalho na renda nacional teve crescimento de 1%. De acordo com o estudo, a principal razão para o baixo desempenho da parcela do trabalho na renda nacional está relacionada à queda na remuneração dos trabalhadores ocupados nas empresas financeiras e nas famílias, com redução de 20% e 6,7%, respectivamente.
Comentário: Isto não deveria ser capa de todos os jornais e revistas?
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