sábado, 29 de novembro de 2008

O empréstimo à Petrobras

Do Estadão:
“As dificuldades de geração da caixa da Petrobrás foram denunciadas ontem à noite pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), durante a votação de uma medida provisória. “A impressão que ficou é a de que a Petrobrás está sofrendo problemas de caixa seriíssimo e não teve condições de recorrer ao sistema financeiro privado”, disse Tasso. “É gravíssimo a empresa ter recorrido à Caixa e é gravíssimo ela está com problema de caixa, o que não tem nenhum explicação”, alegou”.

Faz parte da operação encontrar pelo em ovo.

Todas as grandes empresas brasileiras contrataram crédito no exterior. Até poucos meses atrás rolavam até 120% do crédito vencido (isto é, conseguiam rolar tudo e ainda receber créditos adicionais). Com a crise internacional, em outubro a rolagem caiu para 15%. A alternativa das empresas foi buscar crédito interno para suprir a interrupção do externo.

Todas fizeram isso, inclusive a Petrobrás. Antes havia um limite de endividamento da empresa no mercado interno por uma única razão: com seu tamanho, acabaria sugando grande parte dos recursos.

Com a crise internacional, foi liberada para tomar financiamento interno.

Do Blog do Ilmar Franco

Senadores do PSDB dizem que a Petrobras quebrou
Será que Tasso Jereissati e Arthur Virgílio são partidários do alarmismo?


Aconteceu na noite de quarta-feira numa sessão do Senado e foi protagonizada por dois senadores que vivem cobrando do governo federal maior responsabilidade diante da crise internacional e que acusam o presidente Lula de estar escondendo a crise do país.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), experiente empresário, e que portanto não pode alegar desconhecimento, ocupou a tribuna do Senado para colocar em dúvida a saúde financeira da Petrobras. Insinuou que a empresa estaria passando por uma gravíssima crise de caixa. Falou despretenciosamente de que tinha recebido informações sérias. O líder de seu partido, Arthur Virgílio (PSDB-AM), veio em seu socorro elogiando sua responsabilidade ao tratar daquele assunto quando a Bolsa de Valores tinha fechado (esqueceu-se do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos) e arrematou solene: "A Petrobras quebrou nesse momento".
O comportamento dos dois senadores precisa ser amplamente conhecido para que a opinião pública possa fazer um julgamento de seus atos e palavras. Não sou acionista da Petrobras nem apliquei FGTS em ações da empresa, como muitos trabalhadores humildes e de classe mádia fizeram, mas acho que a luta política precisa ter um limite, ainda mais num período de crise internacional, onde a desconfiança pode balançar reputações sérias e empresas sólidas.


Comentário meu: Seria demais, mas seria demais, mesmo, pedir o mínimo de comprometimento de um virgílio Neto ou de um Jereissati. Eles não têm o mínimo de compromisso com o país.

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