Um amigo leitor, que há anos acompanha a fulgurante carreira do presidente eleito José Serra, me recomendou uma leitura dominical.
. "A Correspondência de Fradique Mendes", de Eça de Queiroz.
. Trata-se de carta ao Sr. E. Mollinet, diretor da Revista de Biografia e de História.
. Diz o Eça:
"Meu caro Sr. Mollinet. – Encontrei ontem à noite, ao voltar de Fontainebleau, a carta em que o douto amigo ... me pergunta quem é este meu compatriota Pacheco (José Joaquim Alves Pacheco)... E deseja ainda o meu amigo saber que obras ou que fundações, ou que livros, ou que idéias, ou que acréscimo na civilização portuguesa deixou esse Pacheco ...
Eu casualmente conheci o Pacheco. Tenho presente, como num resumo, a sua figura e a sua vida. Pacheco não deu ao seu país nem uma obra, nem uma fundação, nem um livro, nem uma idéia. Pacheco era entre nós superior e ilustre unicamente porque tinha um imenso talento. Todavia, meu caro Sr. Mollinet, este talento, que duas gerações tão soberbamente aclamara, nunca deu, da sua força, uma manifestação expressa, visível ! O talento imenso de Pacheco ficou sempre calado, recolhido, nas profundidades de Pacheco !"
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