Lula decide pelo afastamento definitivo de Lacerda
AE - Agencia Estado
BRASÍLIA - A revelação de que havia 52 agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, selou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de retirar definitivamente o delegado Paulo Lacerda do comando da agência. Lacerda foi afastado temporariamente no dia 1º, depois da divulgação do grampo de uma conversa telefônica entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Com Lacerda, outros três integrantes da cúpula da Abin foram afastados: o vice José Milton Campana, o chefe do Departamento de Contra-Inteligência, Paulo Maurício Fortunato Pinto, e o assessor especial da presidência, Renato Porciúncula. O Estado apurou que, como Lacerda, nenhum dos três voltará ao posto que ocupava na Abin. O Palácio do Planalto está certo de que, além da polêmica das maletas de fazer varreduras e grampos - levantada pelo ministro Nelson Jobim (Defesa), na reunião da Coordenação Política, na semana passada -, a Operação Satiagraha era uma investigação mais de Lacerda do que do delegado que a comandava, Protógenes Queiroz. Afinal, enquanto a PF mobilizou 23 profissionais, entre delegados, agentes, escrivães e peritos, a Abin liberou 52 agentes para trabalhar com Protógenes (continua).
Comentário
Há termos de cooperação, havia uma empreitada pesada e suspeitas de boicote na própria Polícia Federal. A questão central é se houve grampo ilegal ou outra forma de ilegalidade na atuação da ABIN e da PF. Se não houve, é apenas um jogo de varrer para baixo do tapete.
A Operação conseguiu unir Veja e o governo.
Por Luciano Prado
imprensa mente. Nenhuma novidade.
Do portal IG.
BRASÍLIA - O Palácio do Planalto negou, nesta sexta-feira, as informações do jornal "O Estado de São Paulo" de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria decidido retirar definitivamente do comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) o delegado Paulo Lacerda. Segundo assessores do Planalto, trata-se de uma informação improcedente e sem fundamento.
Por Luiz Eduardo
Eu tinha postado comentário no post "O jogo do abafa" sobre como a matéria assinada por Tânia Monteiro procurava desclassificar a operação Satiagraha, p.ex. comparando seu aparato com o utilizado na operação contra caça-níqueis e bingos, e adjetivando outras operações da PF (mega, grandiosas). Essa história da demissão do Lacerda, afirmada sem citar nenhuma fonte, fedia a notícia plantada. Agora a plantação está confirmada a mentira.
O artigo já entra mentindo:
"A revelação de que havia 52 agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)na Operação Satiagraha selou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva." Quem informou essa decisão? Mistério. Parágrafo seguinte:
"O Estado apurou que, como Lacerda, nenhum dos três voltará ao posto que ocupava na Abin." Apurou junto a quem? Mistério! Tem mais:
"O Palácio do Planalto está certo de que ... a Operação Satiagraha era uma investigação mais de Lacerda do que do delegado que a comandava, Protógenes Queiroz." Como a Tânia tem tanta certeza de que o Planalto está certo? Mistério!
Dá para perceber que essas certezas e revelações têm um alvo: o Paulo Lacerda. É ele a bola da vez do esquema.
A vergonhosa matéria está aqui: clique aqui.
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